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Neuroeducação

Neuroeducação é abordagem transformadora no processo de aprendizagem. Contudo, exige muito dos professores o que demanda uma série de adaptações e formalizações na profissão e carreira.

Mara Duarte

São Paulo, 13/05/2024
1,6 Minuto.

Em abril passado comemoramos o Dia Mundial da Educação. É importante dar luz às abordagens transformadoras que acontecem nesse campo. Uma delas é a Neuroeducação, nascida da intersecção entre a neurociência e a educação.

A Neuroeducação é um campo emergente destinado a desvendar os mistérios da mente humana. Visa aplicar os novos conhecimentos para melhorar os métodos de ensino e aprendizagem. Essa abordagem reconhece que cada cérebro é único e funciona de maneira distinta, buscando compreender os processos cognitivos subjacentes à aprendizagem, incluindo memória, atenção, motivação e emoção.

Uma das suas principais contribuições é a ênfase na individualidade dos estudantes. Em vez de adotar uma abordagem única para todos, os educadores podem personalizar o ensino de acordo com as necessidades e os estilos de aprendizagem de cada um. Portanto, isso significa reconhecer e respeitar as diferenças individuais, oferecendo suporte adicional quando necessário e promovendo um ambiente inclusivo e acolhedor para todos.

Mas, o professor não é máquina de ensinar

Além disso, a neuroeducação destaca a importância do ambiente de aprendizagem no processo educacional. Ambientes enriquecedores, que estimulam os sentidos e promovem a curiosidade, podem ter um impacto significativo no desempenho acadêmico dos alunos. Deste modo, inclui desde a disposição física da sala de aula até o uso de tecnologias educacionais inovadoras que despertam o interesse dos alunos e facilitam a compreensão dos conceitos.

Outro aspecto que precisa ser mencionado é o reconhecimento do papel das emoções na aprendizagem. Estudos mostram que o estado emocional de um aluno pode influenciar sua capacidade de absorver e reter informações. Portanto, os educadores são incentivados a criar um ambiente emocionalmente seguro e positivo, atuando com estratégias práticas a fim de ajudar os alunos a se sentirem motivados e confiantes para explorar novos conhecimentos.

Assim, além de melhorar as práticas de ensino, a neuroeducação também pode informar o desenvolvimento de currículos mais eficazes. A partir disso, ao compreender como o cérebro processa e organiza informações, educadores podem projetar materiais de estudo mais acessíveis e significativos para os alunos. Envolver o uso de estratégias de ensino baseadas em evidências, como a aprendizagem baseada em problemas ou a aprendizagem ativa, incentiva os alunos a participar ativamente de sua própria educação.

Cada aluno uma abordagem. Mas, a disciplina é a mesma.

O professor terá de praticar e desenvolver diversas abordagens, a fim de atender as demandas individuais de cada aluno. Será que ele pode ministrar aulas em mais de um período, em mais de uma classe e em níveis (séries) diversos. Quais são os limites de um(a) professor(a)? O que é ser bom(boa) professor(a)?

Mara Duarte da Costa – Neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional.

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Redação

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