De tudo que entra e sai do comércio internacional, e talvez de mais algum lugar, as “sobras” formam as reservas. Além disso, alguns valores provêm do que o Brasil investe (em dólar) nos papeis de outros países, como os EUA, por exemplo. Quando o dólar sobe temos algumas vantagens.

Campinas, São Paulo – 15/01/2025
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O nível das reservas internacionais atingiu o maior patamar em cinco anos, fechando setembro em US$ 372 bilhões, segundo o Banco Central (BC). Em dezembro do ano passado, esse valor era de US$ 355 bilhões. Especialistas atribuem o crescimento à valorização no preço dos títulos públicos americanos, que compõem boa parte das reservas brasileiras, e das receitas com juros.

Portanto, as reservas internacionais funcionam como um “colchão” de segurança para a economia brasileira em momentos de choques, como crises cambiais. Assim, esse “colchão”, segundo o BC, ajuda a atenuar oscilações bruscas do câmbio e a manter a funcionalidade do mercado, “dando maior previsibilidade e segurança para os agentes”.

Como se contabiliza a soma dos fatores

Os dados do Banco Central mostram que os três principais fatores do crescimento das reservas em 2024 foram o ganho de preços (quando há mudança nos preços de ativos que compõem as reservas), em US$ 6,7 bilhões; a receita de juros, US$ 6,4 bilhões; e as variações por paridade (impactada pelas taxas de câmbio das moedas que compõem as reservas), US$ 3,6 bilhões. A política de investimentos da autarquia segue um tripé de segurança, liquidez e rentabilidade, nessa ordem.

Nível das Reservas Internacionais

O BC informou que, apesar de não haver consenso sobre a melhor métrica para avaliar o “nível ótimo” das reservas em um país, “avaliações internas periódicas indicam que o Brasil está alinhado à prática de outros países semelhantes”.

Fernando Nogueira da Costa – Doutor Professor Titular IE UNICAMP

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