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O Desmatamento Destrói a nossa Saúde.

Covid-19 e outras doenças chegam até nós como consequência da degradação ambiental. A preservação do meio ambiente nunca esteve tão em voga quanto ultimamente.

Rafael Zarvos

São Paulo, 13/07 de 2021.
1 Minuto

O assunto é de extrema importância, não só pela vida dos seres vivos que ali habitam, mas também para a saúde ambiental do planeta e do ser humano. Esta discussão só é possível porque temos a consciência do que estamos fazendo, e está mais do que claro que o desmatamento destrói a sua saúde.

A degradação ambiental ocorre há anos, e cada vez mais vemos de perto como esse descaso com as florestas interfere diretamente na vida da população. Estudos científicos já atestaram que o desmatamento gera uma cadeia de acontecimentos complexos, criando meios para que diferentes patógenos mortais se espalhem entre os humanos.

Doença de Lyme e a malária, por exemplo, surgiram a partir daí.

São 40 mil espécies de plantas, milhões de insetos e 400 mamíferos que estima-se ter na Amazônia, floresta que ocupa sete milhões de quilômetros quadrados e faz parte de nove países da América do Sul. O especialista em Gestão
de Resíduos Sólidos e fundador da Oceano Resíduos,  Rafael Zarvos, alerta a necessidade das pessoas entenderem que desmatamento e doenças estão relacionados. AEscolaLegal já apresentou diversas matérias sobre o tema.

“Infelizmente, somos a única espécie capaz de destruir e de ameaçar a nossa própria sobrevivência. A forma como a sociedade está transformando o meio ambiente e reduzindo os habitats naturais, faz com que animais silvestres e seres humanos se aproximem. Isso potencializa o risco de transmissão de variados patógenos da espécie deles para a nossa”, explica Zarvos. Isto deixa bastante claro que o desmatamento destrói a nossa Saúde.

O problema é a ação do ser humano no ambiente. A solução também resulta dela!

Doenças como a zika, que somada a dengue e chikungunya contabilizaram um aumento de 248% do número de casos no ano de 2019, é exemplo de enfermidade que veio da cena rural para a urbana pelo avanço do desmatamento em áreas florestais. “A destruição da natureza coloca em risco a nossa própria existência.

O coronavírus, por exemplo, responsável pela pandemia que vivemos, é fruto do contato de humanos com morcegos”, destaca Rafael. Em relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), é possível ver que a cada quatro meses o ser humano tem uma infecção originária de problemas relacionados ao meio ambiente, e que 75% das doenças são de origem animal.

Corona vírus no microscópio eletrônico - arte
Vírus SarsCOV2 (Img: Internet)

O consumo de carne crua de animais silvestres, o desmatamento, as mudanças climáticas e o tráfico ilegal de animais silvestres são fatores que contribuem para facilitar o contágio de seres humanos por patógenos que vivem na natureza e nas espécies que ali habitam.
[N.E. – Some-se a isso os crimes ambientais autorizados por autoridades que visam lucros financeiros, unicamente, embora tenham perfeita noção de que o desmatamento destrói a nossa saúde.]

“Cientistas especulam que o vírus que desencadeará a próxima pandemia já está em circulação, é só uma questão de tempo até sermos atingidos. Isso prova que está mais do que na hora de prestarmos atenção no consumo de produtos, além de pequenos hábitos do dia a dia que podem ser cruciais para ajudar o meio ambiente e a nós mesmos”, finaliza o especialista.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP