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O Vôlei do Brasil

Esportes são base para o desenvolvimento de bons cidadãos. Desde a Grécia clássica. Foi utilizado pelo império Roma como entretenimento associado à política. É como todas as atividades humanas carente de organização, métodos, planejamento, campo e ação. Tanto para os coletivos como para os individuais. 

Ricardo Guedes

Halifax – Nova Escócia- CA, 18/09/2023

1,9 Minutos.

Gosto muito de vôlei. Joguei muita dupla de areia em Ipanema quando lá morava e sigo os campeonatos nacionais e mundiais. O vôlei brasileiro, embora com excepcionais talentos, encontra-se em desempenho complicado devido a deterioração em sua base organizacional. É verdade que os outros países melhoraram, mas o nosso vôlei está a dever.

Todos os fundamentos do vôlei são hoje importantes. Mas destaco, como os principais, um bom saque, para quebrar a defesa do adversário, um bom bloqueio, para evitar o contra-ataque, e um eficiente ataque, para minar o outro time.

Desde as Olimpíadas de Tóquio, o Brasil não consegue organizar o seu bloqueio. Perdemos, recentemente, duas competições relevantes para a Argentina, na disputa do terceiro lugar em Tóquio, e a final do Sul-americano, pela primeira vez. O Brasil havia ganho o pré-olímpico na Itália com Carlos Schwanke, mas não teve boa sequência com Renan.

Hoje existem novos valores como Felipe, campeão brasileiro com o Cruzeiro, e Carlos Schwanke, que colocou o São José na quarta colocação no Brasileiro, assim como o levantador Matheus Brasília do São José. Como William, que foi seguidamente pouco utilizado na seleção. A demissão de Ana Mozer foi uma perda para o país. No vôlei, velhas formas para o mesmo problema.

Esporte e Sociedade se refletem

O esporte no Brasil não anda bem, espelho do que tem sido da nossa sociedade. Nas Olimpíadas de Tóquio, das 21 medalhas obtidas, somente duas foram de esportes coletivos, no vôlei feminino e no futebol olímpico. As outras 19 medalhas foram mais atributo do esforço individual de nossos atletas, do que da estrutura organizacional ou do apoio governamental, como no surf e no skate.

Nadar no Brasil é uma verdadeira odisseia. É encarar o frio, o sol, a falta de suporte financeiro, ter que conjugar o estudo e o esporte, dissociados que são. Muito diferente dos milhões de estudantes Norte Americanos, que desde o Ensino Básico têm o suporte para o exercício do esporte, individual e coletivo, que gera grandes atletas.

O Vôlei do Brasil
              Pé na bola – Futebol e fracassos corriqueiros (Img Web)

No futebol profissional, nossas esperanças sempre se renovam, como nos 5 x 1 sobre a pouco expressiva Bolívia. Na Copa do Qatar, tivemos o pior ataque de todas as Seleções Brasileiras em fase de Grupos, com 3 gols. Perdemos um jogo pela primeira vez desde 1966 na fase de Grupos.

Os profissionais de fora

Fomos eliminados pela segunda vez consecutiva nas Quartas de Final, na Rússia e no Catar. Sem falar nos 7×1 para a Alemanha.

No Bola de Ouro, de 1997 a 2007, fomos agraciados 5 vezes com o melhor jogador do mundo; de 2008 para cá, 7 Europeus e 7 Latino-Americanos, todos para Leonardo Messi.

Comemoremos o bicampeonato mundial de Felipe Toledo no surf e o título do juvenil do US Open de João Fonseca, vitórias do talento e da persistência. Como disse Euclides da Cunha, “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”, assim como nossos atletas que têm se destacado.

Ricardo Guedes Física pela UFRJ, Mestre em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro – CEO da Sensus

 

[N.E.: Diferentemente da Natureza, 90% de todos os tipos humanos no Brasil são invasores!]

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Redação

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