Para Recuperar a Paz
Urge dar uma basta às políticas intervencionistas e militaristas que predominam, às vezes silenciosa, às vezes declaradamente dos tratados bélicos disfarçados em acordos de paz. A OTAN está forçando uma novo grande conflito mundial e o pior sempre pode acontecer. Os Progressistas globais devem se pautar por regras que evitem conflitos em vez de fazer propaganda. AEscolaLegal reforça esta pauta!
Redação
Vermont, EUA – 28/07/2023
1,8 Minutos.
Em 1947, o Bulletin of the Atomic Scientists estabeleceu o Relógio do Juízo Final, que mede a probabilidade de que a humanidade possa destruir o mundo com tecnologias de sua própria fabricação – uma metáfora para o holocausto nuclear.
O Bulletin moveu o ponteiro dos minutos do relógio 25 vezes desde a sua criação, mais recentemente colocando-o em 90 segundos para a meia-noite. Os “perigos crescentes da guerra na Ucrânia”, disse o Boletim em um comunicado, colocam o relógio “mais próximo da catástrofe global que já esteve”.
Em nosso 28º Briefing deste ano, alertamos sobre os perigos da nova agenda global da OTAN. Seguindo a ambição dos EUA de restringir a ascensão da China e deter o processo de integração da Eurásia. Com isso a OTAN está buscando um papel maior no Pacífico e expandindo sua presença no norte da África e no leste da Ásia. Ela considera estas partes do mundo como sua “vizinhança”. À medida que os países do chamado Ocidente avançam em uma agenda de guerra cada vez mais agressiva, os povos e nações do Sul Global enfrentaram grande tensão por buscar articular um caminho alternativo para a humanidade.
Em resposta, os membros da Progressive International de todo o Sul lançaram um apelo entusiástico. Que os movimentos populares em todo o mundo se comprometam com o projeto de não-alinhamento e paz. “Somos a maioria do mundo, a voz dos vulneráveis e os mantenedores do consenso global”, diz o comunicado. “Nossa posição é pela paz, soberania e não-alinhamento de princípios.”
No More War – Chega de Guerra
Ecoando os apelos à paz que soaram no Sul Global no ano passado, a declaração defende o abandono da lógica do antagonismo em favor de uma política de cooperação:
“O Sul Global representa mais de 80% da população mundial e mais de 70% do crescimento econômico global. No entanto, enfrentamos exploração econômica implacável, exclusão política e apagamento cultural.
Do Saara à Sierra Maestra, de Bandung a Yan’an, nossos povos travaram uma longa luta pela libertação das indignidades dessa ordem.
Por ousar buscar nosso próprio caminho, nós também enfrentamos sanções, intervenções e invasões – e a demanda repetida de nosso envolvimento em conflitos que não são de nossa autoria.
Nossa história exige que escolhamos um caminho diferente – um que seja pragmático, que traga prosperidade para nossas sociedades e que recupere a paz dos atritos do antagonismo geopolítico”.
Convidamos você a ler e compartilhar suas reflexões sobre a declaração – e, se você representa um movimento do Sul Global, a adicionar seu nome à convocação e se juntar à luta para tirar a humanidade da beira da catástrofe.
