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Publicidade Antirracista – Pensar

“Não devemos atribuir a responsabilidade de tratar a educação antirracista exclusivamente para os professores negros. O engajamento deve ser
de todos. Sozinho, o professor não consegue fazer tudo”

Redação

São Paulo, 25/08/2022.

1 Minuto

Explica Janine Rodrigues, fundadora do Piraporiando – Educação baseada em diversidade. Pensando nisso, o Porvir e a Piraporiando disponibilizaram o Jogo da Lei 10.639, para ajudar a implementar projetos de educação antirracista e tornar o currículo da sua escola mais coerente com a lei que torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira para crianças e adolescentes brasileiros.

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Tabuleiro do jogo da Lei 10.639. (Img Web)

Baixe as cartas e o tabuleiro do Jogo da Lei 10.639 gratuitamente – Você se considera um educador antirracista? O currículo da sua escola é coerente com a Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira para crianças e adolescentes? O Porvir e a Piraporiando se uniram e criaram uma ferramenta gratuita em formato de tabuleiro para apoiar escolas e professores a construir projetos de educação antirracista, o Jogo da Lei 10.639.

O conteúdo é formado por um tabuleiro e sete cartas que podem ser impressas nas próprias escolas. O tabuleiro apresenta a história ilustrada em quadrinhos de um professor que deseja realizar um trabalho para implementar a Lei 10.639 e algumas situações que acontecem dentro de sua escola. As cartas trazem questionamentos disparadores de debates entre os participantes do jogo.

Veja o jogo aqui.

[N.E.: Dar aulas nas escolas públicas do Brasil tornou-se um verdadeiro desafio nas duas últimas décadas. Principalmente para professores com mais de 50 anos de idade. Após a crise pandêmica e o desmonte organizado do MEC e das estruturas convencionais da Educação (o sistema já fora reestruturado há pelo menos 20 anos em governos mais populares e à esquerda), diversas empresas se ocuparam em cobrir os espaços vagos deixados pelo ensino presencial pós reformas (implementadas pós impeachment presidencial de 2016) , e para ocupa-lo com alguma qualidade (interesses empresariais privados – dentre os quais a diminuição do estado – mas, ainda sem redução das cargas tributárias e os privilégios contumazes), estas passaram a focar e investir na informática e na indústria da microeletrônica, em edetechs, (Educação 4.0) desenvolvedoras de softwares e equipamentos, com grande incremento de startups e consequente movimentação econômica, saíram à frente – elite – fato que provocou uma substituição “gradativa” de mão-de-obra descartável – professores que não se adaptaram às novas tecnologias, e um impacto social enorme – desemprego na cadeia subsequente, com perda de qualidade na escolarização, e a criação de um gap de mais de 3 anos perdido que ressoará pelas próximas 2 ou 3 gerações (imagina-se que tecnologia e equipemos de linguagem de programação e IA poderão substituir estas lacunas psicossocioemocionais – um engano matizado pelo “capitalismo humanitário”). O número de crianças afetadas, jovens sem futuro e adultos já sem esperança é gigantesco, e reverteu os anos de progresso obtidos. Estas alterações, que provocaram mudanças de comportamento a partir do uso de linguagens ocorreram em um período de dez anos, no máximo, e sem a participação de um amplo debate envolvendo a sociedade, infelizmente mergulhada num turbilhão de informações, desencontros e ilusionismo criados pela máquina avassaladora do sistema dominante, criou uma categoria nova de pessoas distantes dos problemas sociais, fechada em seus próprios sonhos robotizados, não politizadas, e aparentemente, até prova em contrário, egoístas, exclusivistas. Novas empresas de segmentos diversos mas integrados nas cadeias produtivas, como nos moldes das grandes revoluções industriais e com repercussão imediata nos países de terceiro mundo, já se instalaram e revelam novos modelos comportamentais e de uso dos recursos naturais, do solo, dos espaços urbanos e das interações sociais. Os que constituíram fundos de reserva “satisfatórios” puderam resistir melhor, e manter certa atividade econômica, preservando parte de seu status, mas outros países e partes importantes de muitas sociedades foram à bancarrota e se endividaram profundamente. Levarão mais de século para se recomporem, isso se a bipolarização do mundo não se confirmar como realidade. O caminho da boiada estava assim aberto, mas encoberto pela poeira político ideológica que dominou o cenário midiático por muito tempo. O plano, contudo, funcionou e entramos na espiral geopolítica empresarial da indústria financeira mundial, deslocados na posição ou ranking socioeconômico. O país foi pensado para isso, e por isso não tem projeto próprio – o Brasil não pertence ao Brasil. Alguém duvida?]

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP