Sustentabilidade

São Paulo – festival de robótica do Brasil

Evento reuniu 1.500 estudantes de todo o país e foi aberto ao público.

Ludmilla Souza – Agência Brasil – SP

São Paulo, 22/07 de 2020.
3 Minutos

Os desafios do dia a dia nas cidades foram a inspiração de mais de 1.500 jovens de escolas públicas e particulares de todo o país que se encontraram nas arenas do maior festival de robótica do país, o Festival SESI de Robótica (São Paulo Festival de robótica) , que ocorreu em 6/03 até o dia 8/03 no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. O evento foi aberto ao público durante todos os dias.

Os estudantes participantes, de 9 a 18 anos fazem parte de 168 equipes que aplicaram em seus robôs conhecimentos de ciências, matemática e outras disciplinas ligadas à tecnologia. Eles estão distribuídos por 21 mil metros quadrados em três andares do espaço, onde participam da competição em três diferentes modalidades: a FIRST LEGO League, a FIRST Tech Challenge e a F1 in Schools (Fórmula 1 nas escolas).

Organizado pelo Serviço Social da Indústria (SESI), o Festival SESI de Robótica classifica as melhores equipes para torneios internacionais. Entre eles, o World Festival, a copa do mundo de robótica que será realizada em abril, em Houston (EUA). O Festival é dividido nas seguintes categorias:

FIRST LEGO League

Reunidos em equipes de dois a dez participantes, os estudantes elaboraram um projeto na busca por soluções para problemas do dia a dia da sociedade moderna. O tema da temporada, City Shaper (Cidades Inteligentes), desafiou os jovens a pesquisar formas de melhorar a vida das pessoas nas cidades.

Além do projeto de inovação, os participantes precisaram construir um robô de LEGO, programado para realizar uma série de missões, e também foram submetidos a outras categorias de avaliação como Design do Robô, que envolve Programação e, conceitos de trabalho em equipe, respaldadas pelos valores e princípios da competição.

Ao todo, 100 equipes de todos os estados do Brasil participaram da competição nesta categoria. Elas foram selecionadas após a realização de diversos torneios regionais, que vêm sendo realizados desde dezembro do ano passado. Os quatro primeiros colocados representaram o Brasil no torneio internacional, realizado em abril, em Houston (EUA).

A estudante Anna Clara, de 14 anos, aluna do 9° ano SESI de Taguatinga (DF) fez parte da Equipe Albatroid: “Planejamos cada parte do motor, onde ficam os sensores, os motores, para que ele seja mais eficiente. E montamos uma estratégia para ele cumprir cada missão”. Os robôs devem ajudar um deficiente pela cidade, por exemplo, ou limpar uma rua.

O professor André Alcântara da Silva, técnico da Equipe Albatroid explicou sobre a utilização da robótica na educação. “Essa é uma metodologia nova que trata algo muito antigo , exigido na educação como as metodologias ativas. A robótica trabalha todo esse âmbito e criatividade, matemática, ciências, engenharia, em que o aluno é o criador e o protagonista do ensino.”

Além das competições nas arenas, as escolas também apresentaram projetos de inovação da temporada City Shaper Cidades inteligentes e sustentáveis.

Um deles é o Nanomasters, da Escola Internacional de Goiânia. Os alunos criaram um sensor de alagamentos. O projeto Notifify é um sistema de sensores medidores de níveis de água nas vias com risco. “Ele funciona com um conjunto de sensores que vai transmitir as informações para aplicativos de trânsito e placas inteligentes no começo da via e em pontos estratégicos“, explicou o estudante Tomás Pereira Valsecchi, um dos participantes da equipe que, além do festival, garantiu vaga no Internacional Tournament of Robotics 2020, que acontecerá em junho na Argentina.

FIRST Tech Challenge

O SESI é o operador oficial da modalidade desde 2019, a FIRST Tech Challenge, que vem desafiando estudantes do ensino médio a projetar, programar e construir um robô que seja capaz de realizar tarefas. Para isso, eles precisaram aprender a trabalhar com máquinas e circuitos, como se fossem engenheiros de verdade.

Participante da Equipe Geartech, do SESI de Goiânia, o estudante Eduardo Lemos Ribeiro, de 17 anos, explicou que nesta competição o trabalho é diferente da First Lego League. “Aqui a gente tem que fazer cada peça de acordo com a necessidade do nosso robô e da nossa estratégia. É um trabalho mais manual na criação do robô e também contamos com patrocínio para a montagem.”

Ao todo, 35 equipes de 18 estados brasileiros participaram da disputa este ano.

Siga a íntegra no site:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-03/sao-paulo-recebe-o-maior-festival-de-robotica-do-brasil

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Redação

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