CiênciasDestaquesSaúdeSociedade

Sociedade x Autismo

Uma distância a ser diminuída, em que todos ganham. 5 dicas essenciais para uma interação respeitosa – Por um especialista.

Redação

São Paulo, 05/06/2023

2.7 Minutos.

Especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA) destaca comportamentos a evitar no convívio com crianças e adolescentes autistas, visando promover uma convivência saudável e inclusiva.

Em um mundo cada vez mais diverso, é fundamental aprender a conviver com as diferenças e respeitar a singularidade de cada indivíduo. No contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA), onde o número de diagnósticos tem aumentado significativamente, a educação sobre o tema e a busca por uma convivência harmoniosa e inclusiva tornam-se ainda mais relevantes.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estimam a existência de cerca de 70 milhões de pessoas com diagnóstico de autismo em todo o mundo. No Brasil, calcula-se,aproximadamente, dois milhões de pessoas com algum grau do transtorno.

Com o objetivo de auxiliar nessa conscientização, a clínica TatuTEA, referência no cuidado de neurodivergentes, especialmente autistas, traz valiosas orientações. A especialista responsável por compartilhar essas dicas é Lívia Aureliano, psicóloga, doutora em Análise do Comportamento Aplicada (ABA).

Sociedade x Autismo
Aliar o amor com técnicas e conhecimentos científicos e estudados, ajudam muito. (Img. Web)
Melhorando o a compreensão.

“Com o aumento de diagnósticos de TEA, é inevitável que tenhamos contato com pessoas no espectro autista, em diferentes contextos da vida.

Portanto, é responsabilidade de todos buscar o conhecimento adequado e adotar atitudes inclusivas, buscando cmoreender e aceitar as particularidades de cada pessoa autista, a fim de promover uma convivência respeitosa e inclusiva,” destaca a especialista.

Uma orientação importante, por exemplo, é evitar questionar os autistas em filas prioritárias ou qualquer situação que exija comprovação.

De acordo com a especialista, é importante compreender que eles não precisam provar sua condição. “É necessário proporcionar um ambiente de inclusão e respeito para todos. Essa postura contribui para a promoção da autonomia e da igualdade de oportunidades dessas pessoas em todas as esferas da vida,”explica.

Ela traz 5 dicas essenciais para um convívio respeitoso com pessoas que fazem parte do Espectro Autista:

Não faça suposições ou estereótipos: Evite generalizações ou estereótipos sobre o autismo. Cada indivíduo no espectro autista é único, com suas próprias características e necessidades. Portanto, não assuma que todos os autistas compartilham as mesmas habilidades ou desafios.

Não ignore suas necessidades de comunicação: Respeite e valorize as diferentes formas de comunicação utilizadas pelos autistas. Alguns podem preferir a comunicação não verbal, enquanto outros podem utilizar a fala, a escrita ou a tecnologia assistiva. Não ignore ou desvalorize essas formas de expressão, mas esteja aberto e receptivo a elas.

Não force a interação social:

Cada autista tem seu próprio conforto e limite em relação à interação social. Evite pressionar ou forçar um autista a se envolver em situações sociais que lhe causem desconforto. Respeite seu espaço e permita que ele decida quando e como deseja se envolver socialmente.

Não faça comentários ofensivos ou depreciativos: Não faça comentários depreciativos, ofensivos ou que desvalorizem as habilidades dos autistas. Estes ou julgamentos, podem causar danos emocionais e prejudicar sua autoestima. Em vez disso, foque em valorizar suas conquistas e reconhecer suas habilidades únicas.

Não minimize suas experiências ou desafios: Evite minimizar as dificuldades enfrentadas pelos autistas. As lutas e os desafios que eles enfrentam podem ser diferentes dos de pessoas neurotípicas. Portanto, não menospreze suas experiências, mas esteja disposto a ouvir, entender e oferecer apoio quando necessário.

A convivência respeitosa com pessoas no espectro autista é um desafio que requer conhecimento e empatia. “Respeite os limites pessoais de pessoas no espectro autista. Esteja atento aos sinais de desconforto e, sempre que possível, crie um ambiente tranquilo e acolhedor para eles.

Modos de falar e agir 

Utilize uma linguagem objetiva, evite metáforas ou ironias, e dê tempo para que eles processem as informações e respondam. Evite mudanças bruscas e, caso necessário, informe-as antecipadamente, possibilitando que eles se preparem para a transição. Por fim, mas não menos importante, ajude a criar oportunidades em que crianças e adolescentes autistas possam participar de atividades em grupo, respeitando suas necessidades individuais.” – complementa.

O conhecimento é a chave para o respeito e a valorização da diversidade, contribuindo para que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenham oportunidades igualitárias e uma vida com mais autonomia. A educação e a sensibilização são ferramentas poderosas para derrubar estigmas e preconceitos, permitindo que todos os indivíduos sejam reconhecidos e valorizados em sua plena capacidade.

TatuTEA – Espaço e atendimento às crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

 

Compartilhar

Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP