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SUS x Tuberculose

No combate à tuberculose, SUS avança e adquire 52 mil testes IGRA, sob recomendação da OMS para identificar a doença em fase assintomática. O exame é fornecido pela multinacional QIAGEN desde 2021.

Redação

São Paulo, 30/08/2023

2 Minutos.

A luta travada contra a tuberculose ganha um novo capítulo no Brasil. SUS x Tuberculose tem o objetivo de diagnosticar e tratar os infectados de maneira precisa e efetiva. O Sistema Único de Saúde (SUS), adquiriu cerca de 52 mil testes Interferon Gamma Release Assay (IGRA)Ele age como um meio de testagem complementar e avançado, capaz de identificar a presença da doença em pessoas que ainda não apresentam sintomas. A solução, conhecida como QuantiFERON-TB Gold Plus, é fornecida pela multinacional QIAGEN desde 2021.

A medida faz parte dos planos do governo para eliminar a doença até 2035. “A tuberculose é responsável por uma epidemia um tanto quanto silenciosa, mas que segue fazendo vítimas no país. Em 2021 o Brasil bateu o recorde de cinco mil mortes pela doença e, no ano passado, 78 mil novos casos foram identificados. Tivemos um aumento de quase 5% em relação ao ano anterior”, lembra Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN.

O que é o novo teste de tuberculose do SUS

No IGRA, já presente em unidades de saúde pública e privada, o sangue do paciente é coletado em quatro tubos e levado para análises laboratoriais que levam até 24h para dar o resultado. Anteriormente, o SUS oferecia apenas o PPD, onde se aplica uma injeção administrada de forma subcutânea. A reação do organismo é observada dentro do período de até 72 horas após a aplicação. Se for formada qualquer reação superior a 5 mm, o exame é considerado positivo — mas o paciente precisa voltar ao hospital para as medições.

Já no caso do IGRA, o diagnóstico rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais, está entre os mais recomendados pela OMS. Ele consegue identificar a tuberculose em sua fase latente, quando a contaminação já existe, mas sem sintomas no indivíduo.

SUS x Tuberculose
                    Raio X de pulmão. (Img Web)

Essa fase assintomática pode se estender por anos, até que a pessoa tenha uma queda de imunidade e a doença se manifeste. Por isso, é essencial que se faça o diagnóstico de maneira precoce e se inicie o tratamento o quanto antes.

Estima-se que cada paciente contaminado seja capaz de transmitir a tuberculose para outras 15 pessoas. Portanto, é para conter esse gargalo que precisamos agir”, explica o gerente da multinacional alemã.

Quem tem direito ao teste IGRA

A testagem da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) é essencial para pessoas do grupo de risco. A fase inicial assintomática da doença, pode durar muito tempo até que a imunidade do paciente seja afetada. No SUS, o IGRA está disponível para crianças maiores de dois anos e menores de dez.

Também aos que tiveram contato com pessoas com tuberculose ativa, candidatos a transplantes de órgãos e pacientes com HIV. Estes últimos são algumas das maiores vítimas dessa enfermidade. Pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas, incluindo a psoríase, doença de crohn e artrite reumatoide também estão no rol do programa SUS x Tuberculose

Considerada uma doença bacteriana (bacilo de Koch), a tuberculose ataca principalmente os pulmões. Seus principais sintomas são tosse crônica, febre, perda de peso inexplicada e sudorese noturna em casos graves. É fundamental procurar ajuda médica rapidamente, pois a doença é tratável e curável, mas a cura depende do diagnóstico e tratamento precoce.

“Após sua fase latente, a doença pode evoluir de forma grave e rápida. Portanto, se agora temos ferramentas mais eficazes, continuaremos trabalhando para que a doença tratável e curável, deixe de fazer tantas vítimas todos os anos. O tratamento pode ser longo, mas é de extrema importância que as pessoas o façam até o final para que a bactéria possa ser combatida e não crie resistência”, conclui o executivo de empresa.

QIAGEN – Multinacional alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares.

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Redação

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