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Vôlei nas Olimpíadas

Gosto muito de Vôlei, e sigo os campeonatos nacionais, mundiais, e as Olimpíadas.

Ricardo Guedes

Belo Horizonte – MG, 01/07/2024
1,5 Minutos.

Morei no Rio de Janeiro das décadas de 60 e 70, onde jogava duplas na Monte Negro, hoje Vinicius de Morais, em Ipanema. Lá vi o vôlei brasileiro, em sua versão atual, nascer com Bernard no masculino, e Isabel no feminino. Estive no Maracanãzinho em 1970, assistindo a primeira vez que o Brasil ganhou da Rússia, com o “jornada nas estrelas” do Bernard. Fiz duplas com muita gente, por exemplo, com o Vantuil, que veio a ser o técnico da Sandra e da Jaqueline na primeira medalha de ouro do vôlei feminino em dupla ne areia nos Jogos Olímpicos de Atlanta (EUA).

José Roberto é um excelente técnico, outstanding por sua excelência. Na Liga das Nações, a semifinal Brasil x Japão foi, certamente, um dos melhores jogos que já vi na vida, feminino e masculino. Avalio que ambos os times cansaram, física e mentalmente, sem tempo de recuperação para os jogos do outro dia. Júlia Kudiess, se presente, teria, possivelmente, adicionado à exímia seleção.

Já o vôlei masculino está a ratear.

Na Liga das Nações na Itália, antes dos Jogos Olimpicos de Tóquio, ganhamos tendo como técnico Carlos Schwanke. No retorno de Renan, grande jogador a quem tanto agradecemos, fracassamos em Tóquio ficando em quarto lugar, atrás da Argentina. Perdemos para a Argentina o Sul-americano deste ano, pela primeira vez.

Vôlei nas Olimpíadas
Brasil x Servia – Vôlei Masculino. (Img.: FIVM)

E agora, na Liga das Nações, fomos eliminados nas quartas de final, ficando atrás da Argentina na classificação geral. Sem querer desmerecer a Argentina, certamente, que expressivamente cresceu no cenário internacional, tendo por técnico o também incomum Marcelo Mendes, o maior técnico campeão no cenário nacional com o Cruzeiro.

Temos hoje um conjunto de jogadores de excepcional qualidade no mundo, como Lucarelli, Darlan, Leon, Bergmann, Lucão e Eduardo. Porém, há algo que não está funcionando na seleção.

Devemos muito ao Bernardinho e ao Bruninho, pelo que fizeram, com êxito nos campeonatos nacionais e mundiais. Entretanto, no grupo em que tenho conversado sobre vôlei, certamente restrito em sua representatividade, há o consenso de que os melhores levantadores atuais são o Cachopa e o Brasília.

Na Liga das Nações, o time foi, na minha opinião, excessivamente ‘rotacionado’ em sua fase classificatória. Chegou às quartas de final sem ter sido adequadamente treinado para a otimização de seus resultados.

O nervosismo à beira da quadra, também, não colabora com a estabilidade do time.

Mas o Brasil sobra no vôlei, feminino e masculino. Torcendo pelos nossos times, na esperança e certeza de nossas chances e realizações.

Ricardo Guedes – Formado em Física pela UFRJ

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Redação

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