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Day bike Day

Day bike Day, after day, every day…” Existe a sua saúde, a saúde da cidade, a do país e a do planeta. Da sua você cuida.

Redação

São Paulo, 10/07/2023

2,7 Minutos.

Quem cuida das doenças são os médicos. Aliás, ele as diagnostica, meio que diz o porquê delas estarem se manifestando. Geralmente, o desequilíbrio entre as células, órgãos e sistemas. O corpo expressa! Aí recomendam-se remédio e tratamento.

Na cidade quem deveria fazer isso são os prefeitos, os vereadores e a sociedade que, organizada manifesta as suas necessidades e escolhe quem as poderá atender. Por exemplo: cidade poluída, tráfego intenso, transportes urbanos deficitários, engenharia de tráfego estressada, falta de planejamento, profissionais ruins e desinteressados na coisa pública, politicalha. Dinheiro na frente e antes de tudo etc. A cidade está doente e mal cuidada. Erros sobre erros, e crise éticas, morais, uso e abuso de poder político e propaganda.

Asfalto, aço, concreto, tudo se corrompe, e tem quem ache que o capitão e seus sobrinhos resolvem. Que o bispo tem a solução. Que o cristão (o novo? o velho?) está certo e deve combater o resto. Crucifica-lo ou chicoteá-lo, prender ou resgata-lo da cruz? Que bagunça insana!

Por falar em insanidade, trânsito e poluição, andar de bike seria uma solução se o ar respirado fosse melhor cuidado. Assim como domesticamos a água, o fogo, e a terra em pequenos bocados, também podemos cuidar do ar. O organismo humano precisa de O2 – oxigênio – na quantidade adequada para sobreviver. O desequilíbrio provocado entre monóxido de carbono e outras partículas poluentes presentes e flutuando no ar ambiente, prejudica a saúde. Muito!

Mais árvores. Menos concreto.

Sabe-se que ao praticar esforço físico o corpo consome mais oxigênio. Ele alimenta as células que geram a energia liberada por substâncias produzidas pelos órgãos que constroem os sistemas. Se o O2 não chega em quantidade suficiente, e em vez dele entra pelas nossas vias respiratórias o monóxido de carbono, por exemplo, as células produzem pouca ou deixam de gerar energia. Imagina se entrarem bactérias e vírus?

Elas começam a desperdiçar a energia produzida no combate aos organismo invasores e estranhos.  Em vez de produzir para a saúde, elas se mobilizam para combater as “doenças” ou as manifestações das debilidades. Tentam compensar a provável falência dos órgãos e dos sistemas, acentuadas pela baixa produção energética. Por energia entenda-se a modificação eletroquímica no nível mitocondrial celular que alimenta o organismo.

Com o desequilíbrio o corpo se expressa. Falta ar? Água não é potável? Tem agrotóxico no alimento? Agudizam-se o cansaço, as dores, as tonturas, e ocorrem restrições ou liberações sempre excessivas de líquidos e outros produtos orgânicos expelíveis. A manifestação indica: mal funcionamento. Atenção. Cuidado. Tem médico, plano de saúde, SUS? Consulte. Use. Já!

Day bike Day
                                  Sampa – São 700 Km de ciclovias. É pouco para uma cidade sem verde e deste tamanho. (Img. CET)

Assim é o seu corpo. Assim é uma cidade. E você anda de bike na sua cidade, ou de carro, ou de ônibus e metrô, de trens. Não lava as mãos antes das refeições, não usa máscaras nos locais necessários; come em botecos sem higiene?

Escala de prioridades

Os cientistas estudam estas situações. Sabem que as relações são de corresponsabilidade. Se eu quiser cuidar de minha saúde tenho de cuidar da minha cidade, do meu bairro ou comunidade. Do menor para o maior. Cientistas sociais entendem que a cidade é um grupo de pessoas, interesses e regras, e que se algumas delas se quebrarem ou se inverterem, o sinal de alerta deve ser acionado. Não há saúde em locais poluídos.

O corpo humano recebe milhões de estímulos diários do ar, do som, visualmente, pressão atmosférica, raios de sol, naturalmente. Numa cidade grande, além dos fatores naturais com os quais estamos adaptados, sobrepõem-se todos os outros negativos acima citados.

Poluição é um dado da modernidade. Momento histórico, efeito da tecnologia e da engenharia agora obsoletas. O resultado claro é estresse – a máquina se estressa e quebra. Óbvio. Assim, não adianta ir para a academia e levantar pesos e músculos. Os efeitos serão, na maioria, estéticos.

Desta forma, se quiser pedalar a sua bike e aproveitar bem o ar consumido, fortalecer o corpo, e portanto, cuidar da saúde (a mental idem), comece a pensar no que consome diariamente. Na sua saúde, na saúde da cidade. Alimentos, oxigênio, luzes, sons, emoções. Inverta as ordens, as prioridades. E não se esqueça: embora indivíduo, você nunca está sozinho. Escolha bem!

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP