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BlackBerry e os Vírus

Marca icônica norte-americana de telefonia celular mobile –  BlackBerry, produz um catálogo com lista de vírus, malwares, ransonware e cavalos de tróia que ameaçam a vida “tranquila” dos computadores das empresas e dos indivíduos.

Redação

São Paulo, 12/04/2023

3,4 Minutos.

O tempo todo nos deparamos com notícias de ataques de hacker, vingadores, ladrões, bandidos e malfeitores na Internet, ameaçando nossos computadores e sistemas operacionais, roubando senhas bancárias, documentos particulares, ou apenas (tão ruim quanto) detonando nossas máquinas e arquivos.

Logo no começo da era da informática, ali pelos 1947, talvez um pouco antes,  os militares norte-americanos em luta contra a Alemanha nazifascista (na verdade já se armando contra a Rússia socialista) estavam às turras contra a inteligência germânica ou saxônica (só uma questão de língua). Espiões infiltrados de todos os lados, em busca de informações valiosas para derrotarem seus inimigos. Russos, ingleses, alemães, franceses etc…

Os espiões enviavam e trocavam as informações coletadas em códigos cada vez mais complexos. Registravam estes códigos em pedaços de papeis e os transmitiam em Morse, signos e símbolos carregados de segredos. Por que facilitar para o inimigo o íntimo de suas estratégias de ataque e defesa? Surgem, então, na esteira das tecnologias pós-guerra as primeiras máquinas de codificação eletrônica, com base nas já conhecidas mecânicas, anteriormente construídas.

A ideia de criptografia é antiga. A Teoria da Informação que deságua na Comunicação (cada uma na sua corrente específica de análises) avança em direção ao futuro na mesma medida em que perscruta o passado. Códigos ou codificações existem às dezenas, ou centenas, desde as primeiras tribos que desenhavam nas paredes, usando signos e símbolos. E cada dia surge um novo. Usam letras,  números, símbolos, compressores, processamento, desvios, fórmulas em qualquer alfabeto vivo ou não.

O segredo é a chave e como transmiti-la

Quando um banco usa uma chave criptografada para proteger valores, documentos ou interesses, seus programadores e experts mergulham em pesquisas com computadores potentes para esconder os segredos, as chaves que podem acessá-los. Imagine um cofre forte com uma chave de 256 números em uma sequência não linear, embaralhada e tente descobri-la qual é, exatamente. Difícil até de imaginar, certo?

BlackBerry e os Vírus
E quando construíres um castelo no Céu, Eu te derrubarei…!” Disse o anjo do Senhor. (Img Web)

Agora imagine não usar apenas números, e aproveitar-se de seu conhecimento de Sânscrito para compor algumas frases como elos desta combinação. Um TGCA complexo, na tentativa de ser inviolável. A corrida está apenas começando, e é contra o tempo.

Assim, estas frases em Sânscrito, ou alfabeto cirílico, ou qualquer outro – mesmo a utilização fonética de um termo iroquês ou kren-a-karôre serve – misturadas a números e outros símbolos podem ser apenas a chave para abrir um código: da chave.

É em camadas. Códigos sobre códigos. 10 camadas, 100 camadas, 256…

Supondo que a sua organização seja poderosa e detenha enormes somas de recursos materiais e humanos e está no topo da cadeia produtiva de competição.

O ecossistema econômico-social é cruel como qualquer outro na natureza.  Aqui também o maior corre atrás e devora o menor.  Leis e regulamentos procuram mediar e minimizar os estragos que predadores tresloucados, e mesmo os insuspeitos, causam em sua sede e destruam tudo, chegando ao fundo do poço. Equilíbrio se busca com astúcia, inteligência, e às vezes, confrontos diretos, no limite. Solução radical quando não há mais saída. Daí os sistemas de proteção e das neuroses.

Para cada problema criado uma ou mais soluções vendáveis

Mas, elas existem. Sempre. A paciência é uma das estruturas mais sólidas que erigem as virtudes. E é assim que os grandes detentores de recursos econômicos, financeiros, materiais, humanos, procuram se defender. Atacando. Cuidar do país, por exemplo, não deveria caber apenas aos seus governantes. É dever de toda uma sociedade, mas ela só alcança este nível de satisfatória presença quando é devidamente educada. Achar que votou e fez a sua parte é deixar que uma gaivota assuma o leme do transatlântico.

Tio Sam e seus seguidores foram além da ideia básica de que a liberdade exige 98,9% de atenção. Por isso, vigiam o mundo todo. Têm espiões por toda a parte. Até exportam problemas. Alguns deles estão lendo este texto, junto com você. Mas, não se preocupe, se você não é nocivo à sociedade, não quer destrui-la nem aos seus valores fundamentais, tem o direito de reclamar. Posicione-se e vote. É o mínimo aceitável. Pode até correr nu pela avenida, mas terá de pagar o preço. Alguém vai te filmar tascar lá no Instagram. Buscar a fama! Do you like it?

Desta forma, pensar um pouco pode ajudar na defesa contra os ataques dos amadores e chatos, mas não dos grandes. Simplesmente, porque os grandes são os donos dos processos da informação, e quem detém a informação, detém o poder. Isso foi amplamente discutido em congressos nos anos de 1970. Teve um em Paris.

Note: você usa o celular. Escreve numa busca qualquer – amarelo. Dez segundos após a sua pesquisa, centenas, talvez milhares de robôs estarão bombardeando seu celular para te vender tudo o que puder imaginar na cor amarela. De cuecas a escovas de dente, de carros à decoração de sua casa, ou unhas.

Vírus, robôs, códigos…mercados

As máquinas aprendem. É praxe da quarta revolução industrial. São bilhões de cálculos por segundo no mundo todo. Pesquisas dizem que o brasileiro médio – dono de um celular conectado a rede – gasta muito tempo na internet. Umas dizem 1 hora por dia, outras 10 horas diárias. Já outras extrapolam e em seus experimentos matemáticos, apontam números estimados em 41 anos de vida. Como chegamos a isso?

Sem alardes desnecessários, já passamos da fase de viciar a bateria do celular com cargas elétricas, e adentramos no cálculo base de estarmos viciados em máquinas. Assim, fica fácil para um hacker, um aventureiro esforçado, sem regras morais e contrárias às leis atacar quem ele quiser, desde que seja mais fraco, menos capaz de se defender. Faz parte da covardia inerente ao ser humano. Lições de um capitalismo acanalhado.

Quem o faz não se abate com críticas, se acha inviolável, coberto por camadas e códigos de proteção. Ele deixa a sua máquina ligada, aprendendo a se virar no novo ecossistema, e vai comer um sanduíche na lancheteria de grife, farejando a próxima vítima. Mas, o (in)defectível vampiro, por mais astuto que seja, sabe que sempre haverá um doutor Van Helsing na sua cola.  “Olha, o sol está nascendo!

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP