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Guerra Genérica – Pb-ESG

A guerra é o estado da arte, da cultura, da fome, da sobrevivência elevada às suas estruturas máximas, no terreno plano da razão e da inteligência, antíteses da abundância e do esgotamento, sob o disfarce morno da paz. Sua função é aguçar a sensibilidade, pela metodologia da supressão. Pena que seja tão feia! Qualquer coisa fale com os intelectuais, pensadores e os artistas vivos; desde antes do Egito antigo é assim…Eles sempre buscaram a beleza e Paz! Para isso precisamos todos evoluir.

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São Paulo, 20/08/2022

3 Minutos.

Guerra é tirar do outro, de algum modo, seja pelas armas (destruição ou inutilização da carne-sangue-concreto do outro). Quer seja pela Cultura, pela Arte (ataque a alma, ao espírito), estas duas últimas são as formas preponderantes e aceitáveis socialmente de (des)animalisar as relações entre povos e pessoas, eleva-las a status aceitáveis de convivência pacífica. São normalmente utilizadas pela espécie humana. O que deixam em troca?

Esta “coisa” humana, e portanto, fruto do planeta e suas injunções/características naturais, biológicas, básica, primária-primitiva entre as espécies (no que nos cabe, a ideia dos deuses em sobreposição, uns aos outros entra aqui com força avassaladora, – egípcio-grego-hebraico-romano, razão, sensibilidade, inteligências etc, fiquemos no mix Ocidente, sem ser muito cristão,, dado que, essencialmente, este último pilar da nossa Cultura contradisse as anteriores, embora mantivesse daquelas algumas bases . O conteúdo, todo psicossociológico, continente, avançou sobre os dois estados (status) aceites.

Cultura e arte são os vernizes oportunos de varias demãos aplicados nos momentos da civilização, só possíveis graças à presença e ao acúmulo de recursos – saque-butim – de povos e sentidos centrados neste signo-conteúdo formal, quais sejam, guerra/recursos/cultura/arte/ e porque, contraditoriamente, os recursos naturais diminuíram. Em que pese a onda verde e sua poderosa máquina publicitária – art/cult – atacando e demonstrando o fracasso do sistema e de suas ferramentas, neste caso específico, usado contra si mesmo – suicídio ou qualquer outro instinto?

O espaço da Paznem só de pão! Podemos conversar? Deus é bom!

O fenômeno da experiência humana e sua improvável capacidade de superar-se evidencia-se pela leitura simples destes fatos em si. Ao mesmo tempo a população mundial cresceu (por conta da distribuição e sua capacidade de readaptação predatória a estes recursos, ou à falta deles). Muita gente junta aumenta a competição por sobrevivência. E a confusão só aumenta com a entrada na cena das diferenças (“imperceptíveis”) entre o básico para viver (a enganosa sensação de dignidade cabe aqui), o consumo de itens de conforto, o supérfluo das necessidades inventadas. Concomitantemente, acelerou o acúmulo dos mesmos recursos nas mãos de poucos, nas camadas sociais que se miram nas culturas dominantes, muitas por sua vez e extensão racional, excludentes.

Guerra Genérica - Pb-ESG
Tudo o que você vê nesta foto, e passa por você nas ruas, todos os dias, nasceu da feiúra da guerra. Você aprova? (Im. Web)

G8, G20, Davos e WEF discutem, nos postos das lideranças globais, ao sabor das melhores safras de vinhos e champanhes como sair deste ‘imbróglio’ sem mudar o status quo: o que interessa é suprimir do outro, manter e recuperar aspectos perdidos deste simbólico ato (estilo) de vida, reforçando a estrutura verde em voga, crescente mas, anda assim, temporária (o planeta não sobreviverá, dizem). Caso contrário a palavra guerra retomará seu sentido histórico (e já o faz) mais básico e visceral: na natureza é assim que as forças existentes operam, embora lá o conceito de violência se aplique de forma diferente em diversas situações. Pode ser um ataque físico frontal, drones e mísseis, indistintos, dilacerando e pondo abaixo as estruturas, pela via do vírus, pela propaganda, real, virtual – através da linguagem: “roubar com arte.” Daí a necessidade imperiosa de relações institucionais, internacionais, interpessoais – eis o porquê da Política. Sem ela há guerra.

Para muitos humanos, por exemplo, não é violência ter cães e gatos em casa (mais de uns) com planos de saúde e portando joias, ainda que se incomodem um pouco ao ver um grupo de pessoas, mulheres, velhos e crianças, perambulando nas ruas, descalços, pedindo comida ou dormindo sob jornais na madrugada. É sempre uma razão para conversas, encontros, bate-papos…Numa leitura pragmática: estado de guerra, de competição desenfreada e destruição, animais caseiros podem ser uma última fonte de refeição e sobrevivência. Já vimos isto nas duas grandes do passado (não distante). Vemos em imagens recorrentes nos noticiários atuais. Não faz 80 anos.

Guerra Genérica - Pb-ESG
A ciência diz que houve evoluções. Na aparência? (Img. Web)

Uma nova guerra os teria como primeiros alvos a serem eliminados, assim como combatemos ratos. Se imagens realmente importam teríamos caído duros desde que tais conflitos começaram a ser vistos nas TVs. Mas, são tratos culturais – homos adaptabliis . Quem bem notou esta diferença e a descreveu, poeticamente, foi Manuel Bandeira, em um dos seus poemas durante a pré – post geração modernista. Ah, ele morava no Rio de Janeiro, mas era de Recife, viu duas guerras mundiais à distância, mas pisou, passeou e se comoveu entre a miséria e a riqueza em solo brasileiro.

Guerra é Cultura, se retroalimentam, como Ciência, como Tecnologia, Medicina, vestuário, alimentação e técnicas de conservação; servem-se e não podem ser dissociadas. Podem ter o selo de arte, e temos aqui diversos exemplos, sem ter de recorrer aos grandes pensadores europeus (só puderam pensar porque tinham as barrigas cheias), mas que também e só tiveram tempo e recursos para as divulgarem porque fizeram , incentivaram e participaram de muitas. Exportaram guerras. Por isso fazem jantares atualmente – querem aumentar o acúmulo de seus recursos e usarão de todos os expedientes à mão. Só devemos a ela um não com a mesma intensidade.

Grande parte da classe média e um tanto da burguesia parou de comer carne animal – eles dizem: “fazemos este sacrifício pelo planeta!” Sabedoria e o medo da miséria se dão as mãos, e para tanto já foram adquiridas. O resto é crise na colônia! Quem precisa de um capitão?

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP

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