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Toda Pessoa é Especial

Toda pessoa é especial, mas nem todos fazem parte da educação especial. A educação especial é o processo que atende crianças com deficiência e dificuldades de aprendizagem.

Natalie Schonwald 

São Paulo, 05/03/2024

2 Minutos.

A Educação Especial é destinada a pessoas com deficiência e dificuldades de aprendizagem. OLIVEIRA (2022) cita a lei 7.853/89 que define deficiência como toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividades dentro do padrão considerado normal para o ser humano e pode ser permanente ou não.

Neste artigo falarei destas crianças no ambiente escolar. A educação inclusiva, ou educação especial desde seu surgimento passou por diversas transformações. Atualmente a nomenclatura utilizada é aquela que está presente nos documentos e políticas públicas, principalmente a Política Nacional de Educação que deve abranger desde a Educação Infantil até o Ensino Superior.

Hoje esse público deve fazer parte da educação regular, e cabe ao professor pensar nas adaptações necessárias para que o estudante possa se desenvolver.

Durante a evolução da legislação e das políticas públicas da Educação Especial o público foi se modificando. Inicialmente a Educação Especial abrangia somente questões orgânicas. Portanto,  incluía somente questões físicas, sensoriais e mentais. Com o tempo, outras categorias foram inseridas como público-alvo da Educação especial e passaram a ser atendidos nesta categoria.

Público diverso em salas multifuncionais

É importante citar que algumas necessidades não estão incluídas na Educação Especial como por exemplo a Dislexia, o Transtorno de Déficit de Atenção e Discalculia.

Toda Pessoa é Especial
          Para perceber crianças com altas habilidades é preciso ter algumas habilidades… (Img. Web)

Apesar de ter algumas características relativas à deficiência não é ela que define este sujeito. É importante lembrar que o desenvolvimento da Educação Especial percebeu que a deficiência está cada vez mais relacionada às barreiras impostas pelos ambientes que ao próprio sujeito. Isto é, quando ‘quebramos estes obstáculos’ o sujeito tem possibilidade de realizar as atividades dentro da sociedade.

OLIVEIRA (2022) ainda cita que a pessoa com deficiência é aquela que possui impedimento a longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. A que encontra barreiras para interagir plenamente com a sociedade de forma igualitária. Atualmente, o público que faz parte da educação especial são crianças com deficiência mental, visual, auditiva, física e múltipla, assim como Transtornos Globais de Desenvolvimento e Superdotação, que atualmente é denominado Altas Habilidades.

Esforços e adaptações

Com a diversidade dos alunos, é importante que o professor tenha a oportunidade de receber uma formação capaz de atender o aluno da forma mais ampla possível. Entretanto, o professor não é obrigado a saber tudo, porém quando não souber deve reconhecer que não sabe e sempre buscar a informação.

Outro aspecto que o professor deve ter muito cuidado é o modo como se refere aos alunos.  Estudante incluído, estudante com laudo entre outras, são adjetivações que aos poucos vão mudando em nosso vocabulário. Isso se deve ao aumento do conhecimento e transformação da sociedade.

Desta forma, não precisamos ter medo de não saber nos referir a pessoa com deficiência. Podemos e devemos assumir essa dificuldade, e assim questioná-la sobre qual é a melhor forma de trata-la. No caso de ser uma criança, conversamos com pessoas que responsáveis por ela.

Assim como no ambiente escolar, a rede de apoio também deve ser instruída a lidar adequadamente com as necessidades da Educação Especial. Entre diversos outros procedimentos destaque-se a formação continuada de toda a equipe.

Pequenos com grandes capacidades

Um dos novos públicos da Educação Especial são as crianças com altas habilidades. Elas  têm alto grau de desenvolvimento em questões intelectuais, acadêmicas, liderança, psicomotricidade ou artes. Além de alta criatividade têm muito potencial para aprender assuntos de seu interesse. Para identificar estas altas habilidades algumas características devem aparecer nestes estudantes. Assim, notamos as habilidades acima da média, o comprometimento com suas tarefas e alto grau de criatividade.

Estes alunos, assim como os outros públicos devem ser identificadas já que também precisam de um programa especial para seus estudos focado normalmente em seus temas de mais interesse. Estes educandos normalmente apresentam estes conhecimentos antes do período esperado, mas nem toda criança que apresenta algum conhecimento precoce tem altas habilidades.

As crianças que têm altas habilidades têm maior facilidade de aprendizado em relação aos outros estudantes. Em alguns casos as altas habilidades se apresentam em uma única área,  enquanto em outras crianças apresentam-se em mais áreas. Estas crianças precisam de atividades diferenciadas que sejam de enriquecimento curricular.

Responsabilidades da profissão

Estas atividades devem ser desafiadoras na medida exata e sempre voltadas para área de interesse destes estudantes, de forma que eles possam aplicar os conhecimentos na vida real. Por isso é importante que o professor sempre busque informações para atender a diversidade de alunos de forma mais ampla possível, e quando não tiver determinado conhecimento ir em busca das respostas.

Natalie Schonwald – Psicóloga e Pedagoga

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP