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Museu dos Eletrônicos

Museu de eletrônicos reúne relíquias que a Geração Z desconhece. De fato, urge uma análise mais profunda, por parte da academia, do que sejam os componentes materiais, tecnológicos, espirituais e culturais que diferenciam as tais gerações, atualmente definições nas mãos de ‘mercadólogos‘ de plantão e muito achismo. 

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Redação

São Paulo, 12/03/2024

2 Minutos.

Os nascidos entre 1995 e 2010, a indefectível geração Z (GenZ) sabe tudo de internet mas não sabe usar computador de mesa, CD-ROM e outros avanços que já se tornaram passado

Parece pegadinha, mas os modernos computadores já se tornaram antiguidade para a Geração Z. Dados da pesquisa TIC Domicílios de 2023 mostram que, embora imersa em um mundo conectado, a GenZ, domina os dispositivos móveis, mas não os computadores e os softwares profissionais utilizados nas empresas. O fato é que a tendência ilustra uma questão simples: toda novidade um dia se torna obsoleta.

Outra constatação é que não cabem todos numa única e mesma caixa.

Em São Paulo, a cooperativa de lixo eletrônico, Coopermiti mantêm um museu de antiguidades tecnológicas, para ensinar às novas gerações e reviver com as gerações passadas. O museu traz um pouco da história do consumo de bens eletroeletrônicos e cultura digital. Mas, principalmente, sobre a importância do descarte consciente destes aparelhos que, um dia, já foram sonho de consumo para muitas famílias, assim como os smartphones são hoje.

Diariamente, a cooperativa recebe diversos aparelhos descartados. Entre eles, muitas vezes encontram-se verdadeiros tesouros que ajudam a remontar a história da tecnologia – tanto que viraram peça de museu. Atari 2600, Telejogo, Máquina de Datilografia e Telefone Telesp, são velhos conhecidos de quem viveu os anos 80, mas para as crianças e adolescentes são novidades.

Consciência educacional e ecológica

Todo o acervo fica localizado no galpão da Coopermiti, em São Paulo. A cooperativa leva a exposição itinerante para escolas, eventos e empresas, para alertar sobre as práticas de descarte consciente.

Museu dos Eletrônicos
                            Tecnologia do passado estão no museu dos eletrônicos. (img. cedida)

“Muitas pessoas se assustam em como a tecnologia se transforma rapidamente. Contudo,  queremos destacar que essa velocidade significa mais lixo eletrônico. A cada lançamento, os modelos antigos são descartados, mas o real problema é que isso raramente é feito de maneira regular e sustentável. O e-lixo é nocivo à natureza e não deve ser jogado no lixo comum, tem local certo para o descarte”, afirma Alex Pereira, presidente da Coopermiti.

Tecnologias do passado

Para Alex , o mais surpreendente é perceber que as crianças e adolescentes quando têm acesso às peças do museu não fazem ideia do que são alguns aparelhos. Entretanto, assim que descobrem para que servem, acham a tecnologia supermoderna. “Elas entendem o funcionamento de um programa digital de música, mas é difícil explicar como a agulha da vitrola faz tocar a música de um disco de vinil”, conta.

A garotada entende que toda tecnologia vira passado em determinado momento. Por isso, é importante conscientizar toda a família que componentes eletrônicos expostos em aterros sanitários. Mesmo em pontos de descarte irregular elas podem liberar substâncias tóxicas no solo e impedir o reaproveitamento de materiais pela indústria.  Isso diminuiria o impacto ambiental e a extração de elementos, como ferro, alumínio, ouro, utilizados nos sistemas eletrônicos.

Museu Itinerante

Para conhecer as relíquias guardadas no museu, a Coopermiti oferece o Museu Itinerante. Ele passeia por creches, escolas, feiras e eventos, e promove a conscientização sobre a importância de descartar corretamente eletrônicos. É um material que não pode se misturar ao lixo comum. “O legal é que os visitantes acabam se tornando agentes de transformação em casa e na vizinhança, aliados de um futuro sustentável”. É o que aponta o presidente da cooperativa que atua na cidade de São Paulo desde 2010.

O serviço oferecido pela Coopermiti ainda utiliza a arte para sensibilizar sobre a importância dos temas da sustentabilidade e reciclagem. Através de uma oficina com materiais que antes iriam parar no lixo, a Cooperativa ensina que com um pouco de atenção e cuidado, os objetos podem ser reaproveitados. A cooperativa também disponibiliza fotos das peças no Museu em seu site. Clique aqui

 

[N.E.: De fato, urge uma análise mais profunda, por parte da academia, do que sejam os componentes materiais, tecnológicos, espirituais e culturais que diferenciam as tais gerações, atualmente definições nas mãos de tecnólogos e  ‘mercadólogos’ de plantão com muito achismo. Afinal , atualmente ocorre uma evolução a cada minuto. E tudo fica antigo assim que surge…]

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