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Educação Ambiental – Complemento Pedagógico

Programa Clorofila, realizado em Bertioga (SP) há quase 30 anos, trabalha junto com professores e grupo de educadores para prover uma educação ambiental – complemento pedagógico ambiental nas escolas.

A pandemia da Covid-19, que surgiu no mercado de Wuhan, na China, reforça a necessidade de se preservar o meio ambiente e zelar pela segurança alimentar. Por isso, educação ambiental torna-se elemento de extrema necessidade.

Em Bertioga, Litoral Norte Paulista, o Programa Clorofila criou uma ampla rede para formação e integração com professores, educadores, diretores e pedagogos, destinada ao ensino ecológico nas escolas para crianças e jovens.

“Nós identificamos que a melhor forma de se criar reflexão e consciência ambiental e social era na escola, onde as crianças e jovens começam a desenvolver esse pensamento crítico”, explica Beatriz Almeida.

A diretora adjunta de marketing da Sobloco, empresa responsável pelo programa completa: “Por isso, damos grande atenção aos professores e diretores, pois são eles que conseguem transmitir essa reflexão para os jovens”.

O Programa Clorofila foi idealizado pela empresa em 1992, inspirada na Conferência Mundial do Meio Ambiente ECO 92, que a mantém até hoje. No início, eram apenas algumas palestras, plantio de árvores e um concurso anual chamado Prêmio Atitude Ambiental, onde as escolas inscreviam-se para participar.

Ação do estado com parceiro privado

Mas, conforme a adesão escolar aumentava, o projeto foi crescendo e criando novas frentes. Em 2009, sua importância e abrangência levou a Prefeitura de Bertioga a formalizar uma parceria entre ele e a Secretaria de Educação e Desenvolvimento Cultural. A parceria mostrou ser fundamental para o município na obtenção e renovação do Selo Verde Azul, conferido pelo governo do Estado.

O dirigente regional de ensino da Baixada Santista, João Guimarães, ressalta a importância do Clorofila no ambiente educacional. “O programa permite que o aluno construa protagonismo juvenil, isso é muito raro nos projetos. Geralmente, os projetos já vêm prontos e engessados, já o Clorofila não, pois funciona como Educação Ambiental – Complemento Pedagógico.

Ele se manifesta de uma maneira em cada unidade escolar, seja por meio da horta, da confecção de alimentos ou mudanças de hábitos alimentares; é um programa completo, ele trabalha a questão da intra-escola e externa-escola”, destaca.

Formação escolar

O Clorofila se destaca pela diversidade das frentes de trabalho, que compreendem cursos e aulas, como “Ecologia no Dia a Dia”, “Carta da Terra”, “Agenda 21 na Escola”, “Jogos Cooperativos”, entre outros, com diversos especialistas.

A aposta é que o professor seja o grande agente disseminador de novos conceitos de sustentabilidade para o público que o programa espera formar.

Cristina Peres, educadora ambiental da Sobloco e coordenadora do Clorofila, reforça a aposta no educador como o grande parceiro. “Ao adquirir maior consciência ambiental, participando dos cursos oferecidos, o professor ganha mais embasamento para incrementar seus conteúdos pedagógicos. Com isso ele incentiva os alunos às mudanças de comportamento esperadas pelo trabalho do Programa Clorofila”, explica.

Outras frentes incluem as hortas nas escolas, a culinária saudável, oficinas de reciclagem, cursos para jovens, plantios e compostagem. Atualmente, 577 professores e diretores, de 24 escolas, entre estaduais, municipais e privadas participam do Programa Clorofila, envolvendo mais de 12 mil crianças e jovens.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP

2 thoughts on “Educação Ambiental – Complemento Pedagógico

  • Muito interessante esse conteúdo, isso só nos reforça a importância dos projetos pedagógicos terem uma interdisciplinaridade, pois não podemos desvincular o ensino da relação do homem com a natureza!

    Adorei a forma simples e didática como esse tema foi abordado, parabéns aos envolvidos!

    • Sim, Gleycon. É preciso e necessário chegar ao homem simples e explicar a todos, ter abordagens coerentes e adequadas para explicar e praticas as relações com o planeta e suas manifestações. Infelizmente, o homem parece se distanciar cada vez mais e criar a sua própria natureza!

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