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Quem Nasce na Inglaterra é?

Das coisas que tenho escutado. “Se você respondeu inglês, errou! Quem nasce na Inglaterra não recebe a cidadania inglesa. Mas, se quiser o custo é alto!” De fato, pode ser assim em muitos países do mundo…

Redação

São Paulo, 22/02/2023

2 Minutos.

Se não pagar será registrado como filho do país no continente de onde veio. América do Sul, do Norte, África, Ásia. Mesmo os que nascem no continente da Oceania – australianos, neozelandeses sofrem os reflexos desta distinção, claramente racista, ou é coisa de ‘mercado’? A coroa tem seus negócios.  E cidadania não é visto de permanência. Ao que tudo indica tem umas diferenças.

Os filhos da terra, da ilha, os puros (na verdade uma mistura!) devem ter, no mínimo uns 350 anos de sangue puro, não britânico, ou seja, escocês, irlandês, galês…Tem de ser inglês, ou ter muito dinheiro, terras e propriedades para ter uma representação no parlamento.

Chique, não? Azar seu! Já quem nasce no Brasil é brasileiro. Quem nasce no Chile é chileno, na Argentina argentino. É latino, ibero-latino, caso seja misturado com portugueses ou espanhóis e os locais da América do Sul ou central, se conseguir comprovar. Isso serve para entrar legalmente nos EUA, onde racismo é coisa séria. Lá eles preservam, e ‘disfarçam’ bem essas coisas: a pele e o tom, tipo de cabelo, cor dos olhos, lá isso conta. É estrutural mesmo! A exceção de Portugal, qualquer outro país europeu (do mundo, quiçá!) fará as mesmas exigências.

Quem Nasce na Inglaterra
Passaportes que não causam problemas na Europa (Img. Web)

Tipos creoulos, mulatos, mamelucos, cafuzos, caboclos, mestiços e outros nomes usados para identificar os não ‘puros’, são os resultados comuns das misturas entre as diversas etnias que povoaram as colônias europeias dos séculos XIV, XV em diante.

 ex patria

Penso que estes preconceitos ganharam reforço mesmo na idade média, e se repetiram pelo resto do planeta, nas diversas culturas locais, predominantes ou não. Na antiguidade gregos e romanos, se odiavam e odiavam todos os outros. Persas, mongóis, chineses…

Lá na Bíblia já se pode ler estas diatribes, e os conflitos resultante entre judeus, cananeus, hititas, egípcios, babilônicos, árabes, aztecas, incas etc., até hoje!

O medo é só uma arma?

Isto se estendeu inclusive com o reforço de doutrinas religiosas. A luta sempre pelo poder. Coisas de tribos: do Japão à América do Norte.
Civilizados ou não. No continente africano, as atuais 54 nações e 9 territórios (muitos dos quais sossegados e tranquilos em seus torrões e limites geográficos) entraram em guerra com a presença europeia.

Contra os colonos, claro, inicialmente. Mas, depois, com o tempo mudaram as estratégias e as puseram umas contra as outras, porque os
colonialistas europeus perceberam a enorme vantagem de tirar o foco de si e espalha-lo entre os outros, como inimigos entre si. Enquanto vendiam armas para os “amigos” das coroas europeias. Linda história, não?

O mesmo ocorreu com as diversas tribos ameríndias – no Brasil e América do Sul, nos EUA e Canadá, e óbvio, nos países da América Central, tão logo chegaram aqui. Em seguida a ideia foi importar escravos e também, de certa forma, os transformar em inimigos dos colonizados locais, a fim de tirarem o foco dos reais invasores. “Que lutem entre si. Fornecemos as armas!” Já assistiu este filme ultimamente? Parte da produção/direção é norte-americana, europeia, ucraniana. Os atores são também são multinacionais.

O que podemos depreender disso é que a democracia republicana, já bem diferente daquela grega, e hoje como bem valioso para a nossa liberdade, esconde esta mancha que precisa ser lavada, removida para que se chegue, finalmente ao equilíbrio. Se é que a humanidade, sob a ótica de seus deuses, um dia percebeu esta oportunidade. Parafraseando um cantor popular brasileiro que parafraseou um pensador anglo-europeu: “O homem é lobo do homem!” Bichos estranhos!

 

 

 

 

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Redação

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