Economia PolíticaNotíciasRecentesSociedade

Os Negócios da Educação

Educação é um dos setores mais quentes para Fusões e Aquisições em 2023. Enquanto fusões e aquisições seguem em alta, investidores buscam pelos atalhos ideais em setores com maior potencial.

Redação

 

 

São Paulo, 21/02/2023

2 Minutos.

A chegada de um novo ano traz excelentes oportunidades para investidores analisarem o mercado e contemplarem as expectativas para o futuro. Com base em pesquisas e estudos, bem como na expertise própria e anos acompanhando M&As no Brasil e no mundo, os economistas e o engenheiro de produção, sócios na boutique de investimentos L6 Capital Partners, reuniram importantes informações para quem está buscando entender o cenário de fusões e aquisições em 2023.

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer o crescimento do número de M&As ao longo dos últimos anos e o modo como esse tipo de operação se tornou essencial no mundo dos negócios. Só no primeiro semestre do ano de 2022, o Brasil registrou 807 transações, contra 706 no mesmo período de 2021, segundo dados da PWC Brasil. Isso ocorre mesmo em meio a diversas instabilidades econômicas e políticas ao redor do mundo, seguindo uma onda ascendente que vem sendo registrada desde 2017 e passou a subir ainda mais após a pandemia.

Contudo, para saber onde investir, é necessário apurar o olhar. “Observar o mercado como um todo é fundamental”, destacam. “Mas existem áreas com mais potencial que outras. Essas são as minas de ouro que o mercado deve ficar de olho daqui para frente”. Os especialistas informaram cinco dos setores mais quentes para M&AS no próximo ano.

Os Negócios da Educação
Educação e negócios lutam desde a Grécia antiga. (Img. Web)
Educação

Outro setor impactado pela pandemia foi o da educação. Soluções tecnológicas se tornaram essenciais para que professores e escolas continuassem a dar aulas e, de lá para cá, mais possibilidades foram se formando.

No primeiro trimestre deste ano, a KPMG registrou 19 M&As no setor, uma alta de mais de 70% em relação ao mesmo período de 2021. “Um exemplo neste caso é a compra da Eleva pela Cogna, operação que foi avaliada em R$ 580 milhões.

A Cogna é, inclusive, a maior compradora do segmento na última década, com 15 negócios concluídos”, contam os especialistas.

“Todos esses setores estão sendo impulsionados por um motor comum: a tecnologia. Vale para praticamente qualquer outra área, na verdade. As grandes empresas seguem em busca de inovação e market share, e é mais frequente encontrar ambos onde há tecnologia aplicada de maneira firme e inteligente.

De forma geral, nossa dica é focar nos setores mais relevantes e, dentro deles, nas empresas mais inovadoras. É aí que pode estar verdadeiramente, um pote de outro”, concluem os analistas.

Alimentação saudável

Segundo as consultorias Statista e Mintel, o segmento global de alimentos saudáveis tem uma taxa média de crescimento anual estimada em 5,3% que deve se manter até 2025, pelo menos. O valor fica acima da própria categoria geral de alimentos, que cresce 3,6% ao ano.

No Brasil, o sucesso do setor não fica atrás. Em 2020, o mercado movimentou R$ 100 bilhões, segundo a Euromonitor. “Temos visto algumas transações importantes, como a compra da Jasmine, que possui a maior parte de sua linha vegana e orgânica, pela M. Dias Branco, uma das maiores empresas alimentícias do país”, lembra o engenheiro sócio da L6 Capital. O valor da operação em questão, apesar de não divulgada, é estimado em torno de R$ 350 milhões pelo Pipeline.

Saúde

“O boom da saúde em 2020 fez com que muita gente acreditasse que era uma ocorrência pontual”, comenta o economista, “mas se trata de um exemplo pontual de um mercado continuamente forte. Não há um futuro em que a saúde não seja imprescindível na sociedade e, portanto, no mercado”.

Os fatores que mais indicam o potencial para crescimento da área são o aumento gradativo da população idosa, que naturalmente possui mais gastos com saúde, e da empregabilidade, o que, por sua vez, aumenta também a penetração dos planos de saúde nas mais diversas regiões e classes. A expectativa do IBGE é que as despesas com saúde cheguem a representar 1,5% do PIB até 2038. (carece de fontes confiáveis).

Agronegócio

“No ano passado, o agronegócio representou cerca de 26% do PIB. É um mercado historicamente fundamental para a nossa economia. Por si só, isso já resulta em mais crédito para a área”, aponta o economista “Além disso, também estamos vivendo uma busca considerável por inovações, especialmente com foco em sustentabilidade e soluções financeiras, o que leva mais crédito especificamente para agtechs”, completa o economista.

As agtechs, empresas de base tecnológica que atendem diferentes pontos da cadeia produtiva do agro, são o destaque para 2023. O Radar Agtech, estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), SP Ventures e Homo Ludens, com apoio da plataforma Distrito e do Sebrae, identificaram as principais tendências de atuações dessas startups: Insumos Biológicos, Agfintechs, Marketplace para o agronegócio e Climatechs.

Telecomunicações

O telecom é um mercado que está se consolidando continuamente, de acordo com o engenheiro. É uma área com muitos players e, por isso, o volume das transações pode não chamar tanta atenção a princípio — mas a quantidade de acordos sendo fechados costuma só aumentar. “O telecom é conhecido por seus ciclos de injeção de capital ao longo dos anos. Mundialmente, tivemos picos de fusões e aquisições em 2016, 2018 e 2021. Entre eles, e agora também, este ano, houve algumas quedas relevantes. É provável que 2023 seja o retorno do crescimento neste ciclo”, afirma o especialista. Os dados são da Bain & Company.

 L6 Capital – Boutique de investimentos e consultoria independente – Assessoria em Fusões e ­­Aquisições (M&A) e
Crédito/Produtos Estruturados.

Compartilhar

Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP