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Enfraquecimento da Democracia

Livro mostra as consequências em escala global do enfraquecimento da democracia frente ao crescimento do novo autoritarismo. O acadêmico internacionalmente conhecido Moisés Naím faz uma análise sobre o cenário político e social contemporâneo diante do crescente poder dos autocratas que ameaçam a liberdade no mundo contemporâneo.

Redação

São Paulo, 31/03/2023

3 Minutos.

Brasil, Estados Unidos, Peru, Ucrânia. São muitos os países que, em pleno século XXI, precisaram dar um passo atrás para lutar pela liberdade e pela democracia, diante do surgimento de forças que querem o oposto: a concentração do poder a quase qualquer custo. Em seu novo livro, A Vingança do Poder (Editora Cultrix), Moisés Naím, escritor venezuelano, faz uma análise notável das tendências, condições, tecnologias e comportamentos que estão contribuindo para este movimento e que ameaçam as instituições democráticas, citando exemplos de estratégias de líderes autoritários, inclusive de Jair Bolsonaro, no Brasil.

Naím se concentra nos (3) três P’s: populismo, polarização e pós-verdade. Os três não são exatamente uma novidade, porém, quando combinados pelos autocratas de hoje, minam a vida democrática de um modo novo e assustador. Segundo ele, o poder não se transformou, no entanto, a maneira como as pessoas o enxergam e o exercem é que se deturpou de forma perversa e ambígua. A Vingança do Poder conecta os pontos entre eventos globais e táticas políticas que, quando olhados em conjunto, mostram uma transformação profunda no poder e na política contemporânea.

“Cada época tem visto uma ou mais formas de malignidade política. O que estamos vendo hoje é uma variante revanchista que imita a democracia enquanto, indiferente a qualquer limite, continua a miná-la. É como se o poder político tivesse feito um balanço de todos os métodos que as sociedades livres inventaram ao longo dos séculos para domesticá-lo e tivesse decidido contra-atacar. É por esse motivo que penso nisso como a vingança do poder”, diz o autor.

Perguntei ao ChatGPT. E…

Enfraquecimento da Democracia
As democracias sofrem ataques de autocratas perigosos. (Img. Web)

Este é um livro atual e urgente, que esmiúça a origem e o desenvolvimento dessa nova forma maligna de poder político ao redor do mundo, e mostra como ela corrói os fundamentos de uma sociedade livre – tanto em governos de direta quanto de esquerda.

O autor analisa também como esta força autoritária se apoia em um núcleo compacto de estratégias para enfraquecer os alicerces da democracia e cimentar seu domínio, nas mais diversas regiões, além de dar exemplos de lutas para proteger a democracia e, em muitos casos, para salvá-la.

Ao fazer esta análise, ele disseca as abordagens de diversos autocratas como Donald Trump (EUA), Hugo Chávez (Venezuela), Viktor Orbán (Hungria), Rodrigo Duterte (Filipinas), Narendra Modi (Índia) Jair Bolsonaro (Brasil), Recep Tayyip Erdoğan (Turquia) e Nayib Bukele (El Salvador), entre muitos outros.

Naím detalha como as mesmas estratégias para consolidar o poder de forma autoritária brotam repetidas vezes em circunstâncias políticas, econômicas e sociais muito diferentes de tempos anteriores.

O que há de comum entre os autocratas?

Um livro importante para entender o futuro da democracia que, entre outras questões procura responder: Podem as democracias sobreviver aos ataques de aspirantes a autocratas dispostos a destruir os pesos e contrapesos que limitam seu poder? Como? Por que razão o poder está se concentrando em certos lugares enquanto em outros está se fragmentando e deteriorando? E a grande pergunta: qual é o futuro da liberdade?

Elogios ao Livro:

“Naím oferece uma visão convincente e acessível do novo autoritarismo. Os leitores concordarão que o assunto desperta um interesse imediato.” – Publishers Weekly

“A Vingança do Poder me vem à memória porque considero Moisés Naím um dos mais empolgantes e singulares pensadores políticos do mundo. Este livro envolvente explora as tendências muitas vezes contraditórias que vêm remodelando o poder político e explica que nosso futuro depende de como elas são resolvidas. Leitura essencial.” – Madeleine Albright, ex-secretária de Estado dos EUA

“Se quer realmente entender a atual ameaça global à democracia, você deve ler AVingança do Poder. Moisés Naím escreveu uma obra prima.” – David Rubenstein, copresidente executivo do The Carlyle Group, presidente do The Kennedy Center e do Conselho de Relações Exteriores

“Como o ‘fim da história’ se transformou no renascimento da autocracia? Moisés Naím apresenta uma análise incisiva e uma perspectiva global para a questão mais perturbadora do século XXI, mostrando como o populismo, a polarização e as políticas de ‘pós-verdade’ impulsionaram a ascensão de líderes como Berlusconi, Bolsonaro, Orban e Erdogan, assim como Duterte e Donald Trump. Qualquer um que se preocupe com o futuro da verdade e da democracia deveria ler este livro.” – Alan Murray, CEO da Fortune

“Um retrato confiável e inteligente da disseminação global do autoritarismo e seus riscos… Uma singular e ampla gama de fatos que vem ocorrendo nas últimas duas décadas com líderes autoritários… quer ditadores da velha guarda, como Kim Jong-un, ou presidentes eleitos pelo povo, como Vladimir Putin.” – Kirkus

Moisés Naím – Acadêmico do Carnegie Endowment for International Peace  – Colunista no The New York Times, The Washinton Post, Newsweek, Le Monde e O Estado de São Paulo. Ex-editor-chefe da Foreign Policy, ministro do Comércio da Venezuela e diretor-executivo do Banco Mundial – Ph.D em Economia pelo MIT – Doutor em Assuntos Internacionais pela American University. Membro do Conselho de Relações Exteriores e da Academia de Ciências Econômicas da Venezuela.

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Redação

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2 thoughts on “Enfraquecimento da Democracia

  • Esdras

    Eu entendo que a defesa das democracias vem dos paradoxos impostos pela oposição. Imposições, mas paradoxais. Paradoxos existem, mas quando colocados em prática não se sustentam senão pela força. Para toda força, no entanto, surgem contra-forças.
    Na volatilidade da contra verdade, estas contra forças demoram muito para reagirem, mas estas reações também, logo após começarem vão adotando um crescimento de ordem progressiva, ou seja, numa velocidade cada vez maior. Até que chegará o momento de superarem a velocidade d”a vingança do poder”.

    • Obrigado Esdras. Bem colocado. Fisicamente as leis da Termodinâmica se estendem para as questões da “Metafísica”. Aquelas que não compreendemos de momento, mas que acabam se confirmando nas ações relativas ao tempo/espaço envolvidos e envolventes. Mas, se formos considerar ação e reação temos o moto contínuo, ou a anulação. E o que acha disso?
      Grande abraço.

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