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Dia do Trabalhador

O 1º de Maio tem um nascimento histórico, reivindicativo, de luta… Manifestação de força e expressão psicossocial das necessidades de uma classe que só tinha (e ainda só têm) a força de seu trabalho como moda de troca. Historicamente submetida, por forças fenomenológicas e circunstanciais da economia, pela política e das forças opressores e defensivas do estado no capitalismo nascente, contrariamente àqueles que detinham o poder e os meios de produção (máquinas, fábricas, terras, transportes, recursos financeiros e materiais etc) .

Enquanto escuto a marcha imperial de Dart Vader (StarWars) que divide as forças em tela entre império x república numa luta sem trégua, lembro-me que a história contada pelos humanos também as chamou de Esquerda x Direita, socialismo x capitalismo, pobres x ricos, predadores x presas, patrões x empregados etc.

Percebi também, após estudos, debates, discussões e pesquisas, independentemente dos nomes dados pelos analistas e pesquisadores a esta dicotomia entre seres humanos, os animais racionais de uma própria espécie, ela é também comum entre outras espécies, como leões, chimpanzés entre outras. Nas quais inclusive, entre os de um mesmo bando se disputa ferozmente liderança, dominação, violência, sendo as guerras entre grupos também comuns. Suas armas são pele grossa, unhas e dentes e são os machos os que mais as usam nas disputas.

Dentre os humanos mais evoluídos ocorre o exercício da Política, no dizer do filósofo Karl Jaspers, em franca oposição à guerra. Deste modelo organizado e pensado de exercer o poder e/ou de manter a espécie sobre controle na construção da sociedade, sua cultura e a distribuição das riquezas produzidas produzem-se as contradições, dialeticamente capazes de (des)organizar as associações, as instituições que embatem e sustentam-se nas sociedades.

O mundo das necessidades e a confusão do que realmente importa

O contexto dos confrontos atuais, entretanto, vão além da divisão binária explicitada no início deste texto. A evolução se deu com a língua e as linguagens decorrentes do jogo das contradições, da dialética natural, e também artificializada da humanidade, perseguindo de forma material os objetos de suas necessidades. Mas, a existência não pode ser o objeto deste pensar. Foram-se criando necessidades. Surgiram diversas formas de organizar, comunidades, associações, sindicatos de trabalhadores se relacionando com o patronato, proprietários, os donos dos meios de produção etc.

Da terra saiu o alimento, no pós domínio da agricultura e da inteligência que se desenvolveu a partir daí. Criaram-se os instrumentos facilitadores. A produção aumentou o que facilitou o crescimento populacional, mas o cálculo não foi bem feito. A população excedeu e os alimentos não foram suficientes. Crise. Chamaram de Economia aos processos, métodos e sistemas para balancear a questão: alimento – pessoas.*¹

Quem gera a riqueza fomenta a miséria se não souber dividir

Ocorreu, paralelamente àquele crescimento da produção uma consequente geração de riquezas (excedentes). Elas poderiam ter sido distribuídas e a crise amenizada, mas uma noção equivocada, cruel e baseada no medo e no egoísmo deu origem a acumulação pela acumulação, e ao cenário da ópera tragédia : “ganância é boa”. Coisa antiga. Sumérios, babilônios, egípcios, gregos, judeus, romanos já disputavam o posto de acumuladores de tesouros.

O cientista Carl Sagan disse uma vez: “com a riqueza pode-se promover bem estar e, a partir disso o desenvolvimento da arte, das ciências, do progresso material e espiritual!” Graças a isso ele entendeu e vaticinou: “Olhem de novo esse ponto. É aqui, é a nossa casa, somos nós. Nele, todos a quem ama, todos a quem conhece, qualquer um sobre quem você ouviu falar, cada ser humano que já existiu, viveram as suas vidas. (…) Não há, talvez, melhor demonstração da tola presunção humana do que esta imagem distante do nosso minúsculo mundo.

“Para mim, ele continua, destaca a nossa responsabilidade de sermos mais amáveis uns com os outros, e para preservarmos e protegermos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos até hoje.” Mas, não nas mãos de um punhado de gananciosos e egoístas, que pensam em criar uma fundação para abrigar um punhado de crianças pobres em diversos lugares do mundo. Onde podem vender suas quinquilharias tecnológicas, feitas a partir da exploração irracional e exaustiva dos recursos naturais do planeta e das pessoas menos favorecidas. Um jogo desprezível, para não pagar impostos e posar de benfeitos da humanidade como solução para graves problemas sociais. Não é!

Divisões e somas necessárias para o equilíbrio mínimo necessário

Sindicatos patronais deveria funcionar como uma espécie de fomentadores, criativos mantenedores de programas sociais em apoio às iniciativas populares e suas demandas. Debatendo, propondo, incentivando e financiando ações governamentais e políticas públicas. Em vez de criarem sistemas de defesa jurídica antitrabalhadores, e apelarem para polícia militar todas as vezes que um grupo de empregados – trabalhadores – fazem greve.

Se o problema está no aumento da população*, e os conflitos dali resultantes, então atuem diretamente com um punhado de famílias na construção de uma consciência familiar e sua programação. Porém, e ao mesmo tempo, apoiem políticas públicas que tratem do assunto de forma coerente e humana.

Por sua vez, o truque do empreendedorismo numa sociedade, embora rica mas ruim na distribuição das riquezas, incapaz de produzir justiça social em termos aceitáveis, tem um enorme quê de desprezo. Uma maldade embutida em discursos inebriantes de equilíbrio fiscal. Da meia verdade do combate a inflação, déficit primário, do equilíbrio entre as balanças comerciais. Das alterações e sobe e desce nas bolsas e no câmbio, porque o ministro, o empresário, o consultor X e Y disseram bla, cré ou lé! Algo que pouco diz da população trabalhadora, aquela que gera e gira a economia.

Quem é quem no dia do trabalhador/trabalho – De classes sociais e categorias profissionais – Das divisões de poder em exercícios hierárquicos

Sindicatos existem para manter acesa esta chama e, se afinam suas práticos com discursos de determinados partidos político o fazem em defesa dos interesses da classe trabalhadora como um todo, muito mais do que da categorias às quais estão adidos. Então fica a dúvida, e é aqui que a porca torce o rabo: “Empresário é trabalhador? Sim, ele trabalha. Mas, ele defende o trabalho, o trabalhador ou o seu negócio”?

Eis que surge a pegadinha cruel do empreendedor, uma subcategoria de trabalhador que se diz patrão e empregado de si mesmo. Ou seja, um dilema ambulante preso a uma enorme confusão conceitual concentrada, vítima ao mesmo tempo de truques da economia e do poder do capital. Ele tem um sindicato que, no mínimo, possa celebrar um dia ao ano, o seu dia? O dia do empreendedor é bem pior do que o do trabalhador… Por que ele se cobra do rendimento do trabalho e do salário que tem de conseguir pelo próprio esforço. É isso? Honestidade…

O que será que Eu quis dizer com este texto? Viva o dia do Trabalhador, do Trabalho. Por falar nisso, remeto-os ao pensamento de Aristóteles que disse uma vez em seus estudos de Ética, lá na Grécia antiga – “a felicidade só é alcançada pelo homem que realiza bem o seu trabalho!”

Macha Imperial – Darth Vader: O poder do império contra a Republica e a Democracia da sequência Star Wars.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP

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