Manifesto Anti Facebook
Diretora do Distrito Escolar de Toronto apresenta manifesto exortando a comunidade da cidade, próxima à capital do Canadá – Ottawa – a banirem o Facebook de suas redes sociais. Seria interessante para a Educação e outros setores estruturais do país se o Brasil entendesse a profundidade desta informação. Mesmo porque não se sabe o que a rede social traz de benefícios reais para a população?
Gisele Cristina
Toronto, CA. – 30/04/2024
1 Minuto.
Reconhecendo os impactos nocivos das redes sociais sobre os estudantes, o TDSB, juntamente com outros conselhos escolares, abriu recentemente um processo contra as empresas de redes sociais Meta Platforms Inc. dona do facebooke do Instragram por perturbação do sistema educacional. Acreditamos que estas empresas conceberam e comercializaram de forma negligente produtos viciantes que corromperam a ordem de nosso Conselho de melhorar o desempenho e o bem-estar dos alunos. Iremos implementar a orientação do Governo de Ontário, restringindo ainda mais a utilização das redes sociais nas nossas redes de ensino. No entanto, acreditamos que também é essencial que as empresas de redes sociais tornem estes produtos mais seguros para os estudantes.
Em resumo, espera-se que, em repercussão aqui no Brasil ocorra algum movimento que atraia uma devolutiva positiva, prática e saudável destas empresas. BigTechs são poderosos conglomerados financeiros-industriais de comunicação e mídia para as comunidades (países, estados, cidades). Sabemos que onde atuam recolhem e têm faturamento expressivo de recursos financeiros . Por exemplo Meta: US$22,64 bilhões no primeiro trimestre de 2024.
O fato de serem privadas não significa que não devam algo a sociedade. Por exemplo: além dos impostos, a construção e a manutenção de escolas, creches, postos de saúde bibliotecas, teatros, centro de cultura etc. Além disso, elas podem e devem às populações o acesso aos equipamentos, manutenção e atualização das tecnologias das quais dispõem e com as quais capturam dinheiro e as mentes dos usuários.
Na íntegra, eis o que diz a professora Colleen Russell-Rawlins
Prezados Pais, Responsáveis e Cuidadores,
“O governo de Ontário anunciou mudanças na forma como os alunos podem usar os celulares nas escolas e novas regras em torno das mídias sociais e da vaporização a partir de setembro. Saudamos o anúncio e o endosso das questões levantadas pela equipe e pelo Conselho de Curadores e nossos esforços contínuos para abordar o vaping, o uso inadequado de celulares, a civilidade e a segurança nas escolas.
Embora acolhamos com satisfação quaisquer medidas que abordem o uso de celulares na sala de aula e o impacto negativo que podem ter na aprendizagem, precisaremos revisar os detalhes do anúncio para determinar como ele impacta o desenvolvimento da política de telefonia celular do TDSB, que foi anunciada em o final de janeiro.
Como parte deste processo de desenvolvimento de políticas, o TDSB planeou amplas consultas com estudantes, funcionários, famílias e especialistas. Bem como juntamente com uma revisão das melhores práticas de todo o mundo, para compreender melhor o que funcionará e o que não funcionará.
Também queremos garantir que qualquer política tenha o menor impacto negativo na participação nas aulas, na frequência, no desempenho e nas relações importantes com educadores e diretores/vice-diretores.
Pela alma e cérebro dos alunos – união da comunidade
Reconhecendo os impactos nocivos das redes sociais sobre os estudantes, o TDSB, juntamente com outros conselhos escolares, lançou recentemente um processo contra as empresas de redes sociais Meta Platforms Inc. por perturbação do sistema educativo. Acreditamos que estas empresas conceberam e comercializaram de forma negligente produtos viciantes que perturbaram o mandato do nosso Conselho de melhorar o desempenho e o bem-estar dos alunos. Iremos implementar a orientação do Governo do Ontário, restringindo ainda mais a utilização das redes sociais nas nossas redes. No entanto, acreditamos que também é essencial que as empresas de redes sociais tornem estes produtos mais seguros para os estudantes.
No que diz respeito à vaporização, os curadores do TDSB têm defendido a adoção de medidas adicionais há vários anos – seja restringindo ainda mais a venda de produtos de ‘vaporização‘ ou restringindo a publicidade e apelando ao financiamento para detectores de ‘vaporização’ nas escolas . Isto complementa os esforços contínuos dos funcionários das escolas e da saúde pública para educar e parar de fumar. O TDSB proíbe a ‘vaporização’ nas propriedades escolares, no entanto, iremos rever as novas orientações provinciais para determinar as melhorias práticas na nossa política e as nossas respostas para prevenir e responder à ‘vaporização’ na escola. Estamos felizes por trabalhar com todos os parceiros, incluindo pais, tutores e cuidadores, para apoiar hábitos e relacionamentos mais saudáveis entre os jovens.
Continuaremos a fornecer atualizações à medida que essas respectivas políticas forem desenvolvidas e implementadas. Além das informações acima, solicitamos a todos os conselhos escolares que partilhassem a seguinte carta do Ministro da Educação com mais informações sobre estas mudanças.
Sinceramente
Colleen Russell-Rawlins
Diretora de Educação
