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Os Riscos dos Professores

Quais os riscos de professores com a saúde mental vulnerável sofrerem burnout? Mas, em seguida o que vem:  depressão, ansiedade, impulsos autodestrutivos?…

Marcos Mendanha

São Paulo, 02/08/2023

1,3 Minutos.

A pandemia abalou o psicológico de milhares de pessoas ao redor do mundo. Durante o surto da COVID-19 diversas categorias de profissionais foram obrigados a não exercer as suas funções, porém houve uma categoria que precisou se adaptar totalmente ao isolamento social para exercer seu papel, os professores. Além da sobrecarga de trabalho devido à necessidade de adaptação rápida, houve a preocupação com a própria saúde e também a de seus alunos.

Os educadores sempre enfrentaram uma série de fatores de estresse em seu trabalho. A grande responsabilidade na formação dos alunos, cargas horárias extensas, grande número de alunos em sala de aula e lidar com as situações diversas do ambiente escolar. A transição para o ensino online e a adaptação às novas tecnologias foram estressantes e desgastantes para os educadores. Essas mudanças podem ter sido fonte de pressão emocional, levando a um aumento do risco de burnout e adoecimento mental em alguns profissionais.

“Entretanto, embora não seja uma doença mental, o burnout se assemelha a um quadro de fadiga e se caracteriza por exaustão ou esgotamento, distanciamento mental do trabalho e das pessoas do trabalho – uma espécie de “frieza”, e sensação de ineficácia. Se não for bem tratado, pode dar lugar a um adoecimento mental verdadeiro, por exemplo: depressão, transtorno de pânico, entre outros. Os professores são um grupo de profissionais que constantemente enfrentam desafios e pressões em suas carreiras. Assim, esse estresse crônico pode torná-los vulneráveis ao desenvolvimento do deste ou de outras doenças mentais”, explica o médico.

Como se mede a “produtividade” de um professor?

Desta forma, para lidar com o problema e promover a saúde mental dos professores, é essencial que as escolas e instituições educacionais forneçam um ambiente de trabalho com apoio, ofereçam programas de bem-estar que incentivem práticas de autoconhecimento e autocuidado. Além disso, o apoio psicológico e a formação em habilidades de gerenciamento de estresse podem ser valiosos para ajudar os educadores a enfrentar os desafios do trabalho e preveni-lo.

Marcos Mendanha – Médico, diretor e professor da Faculdade CENBRAP

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Redação

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