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Jogos Virtuais e Valores

Quanto tempo seu filho passa à frente de um computador, um console ou um celular jogando, divertindo-se distraidamente? E você também curte?

PATROCINADO
Filipe Gouveia

São Paulo, 17/01/2024

2.4 Minutos.

O mundo em que vivemos já é digital, dinâmico e poderoso com a tecnologia. Não precisamos esperar mais alguns anos para descobrir que as telas já são uma presença constante desde o nascimento das crianças. Por isso, gosto de provocar uma reflexão com a seguinte pergunta: se a inovação tecnológica já é uma realidade para a nova geração, por que não usá-la a favor de seus objetivos?

Segundo um levantamento do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), mais de 85% dos estudantes brasileiros jogam videogame de forma excessiva, sendo que 28,17% sofre do Transtorno de Jogo pela Internet (TJI).

Diante desses números, maiores do que a média mundial, é compreensível que pais, escolas e responsáveis enxerguem a tecnologia como a inimiga da saúde mental e física dos jovens. Porém, afastá-los das telas nunca será a solução. Apesar de parecer contraditório, é nesse momento que as telas são essenciais para uma relação saudável com a tecnologia.

Crianças e adolescentes se encantam com os aparelhos eletrônicos não apenas pelos conteúdos consumidos na internet, mas principalmente pela possibilidade de se conectar com seus amigos, assistir a vídeos e competir em jogos virtuais.

Sendo assim, a nossa missão, como pais e educadores, é encontrar maneiras de transformar esse tempo nas telas em produtividade e desenvolvimento. E, para a felicidade dos adultos, estratégias não faltam hoje em dia.

Crescer com elas

E, por falar em estratégia, os aplicativos pedagógicos são as soluções mais promissoras, porque, integrando jogos virtuais populares entre os jovens a conteúdos educacionais. Portanto, essas plataformas propõem uma experiência que alia a diversão dos games com o aprendizado.

A diferença é simples, mas expressiva. Jogos com fins recreativos são projetados para desviar a atenção da criança para outros aspectos, como a imersão na narrativa do game. Já os educativos são cuidadosamente desenvolvidos para estimular o desenvolvimento de habilidades específicas dos estudantes, ainda no ambiente do game.

Comparados um ao outro, ambos até podem ter formatos semelhantes. Mas, ao final do dia, os jovens terão aprendido de forma contínua e engajadora com os jogos pedagógicos e, conforme cumprem as missões, progridem para conteúdos mais complexos.

Para os pais, o uso dos aplicativos pedagógicos na rotina dos filhos pode ser uma estratégia eficaz para gerar valor no tempo de tela. Afinal, como já comentado, não há como reverter a presença da tecnologia na vida das crianças. Essa é uma luta perdida, porém não é a única.

Jogar com objetivo definido: Educar.

Por isso, a melhor maneira de vencer os aparelhos eletrônicos é adaptá-los para a rotina dos jovens.  Incentiva-los a consumir jogos educativos, participar das atividades e incentivando a reflexão sobre os conceitos aprendidos durante cada missão.

Além disso, os benefícios dos games também são feitos para as escolas. As suas interfaces chamativas e trilhas de missões, são ferramentas com o potencial de fixar a atenção das crianças. Isso aumenta o seu interesse pelos conteúdos escolares. Além de desenvolver habilidades como interação, memória, raciocínio lógico e planejamento.

Deste modo, jogos também podem, de forma lúdica e prazerosa, potencializar as matérias estudadas em sala de aula. Imagine só um joguinho que, para mudar de fase, incentive os alunos a correrem até o professor para debater, tirar dúvidas e aprender?

Essa já é uma realidade no nosso país, com diversos aplicativos brasileiros. Além de misturar educação com entretenimento, ainda podem disponibilizar rankings mensais ou prêmios e brindes para quem se dedicarem a aprender. Bons exemplos são o Mundo Abacus, que ensina Tecnologia, a Mooney, que oferece Educação Financeira, e a Árvore, que fomenta a leitura.

Portanto, a tecnologia não deve ser vista como uma vilã, mas sim como mais uma oportunidade que pode ser modelada, quantas vezes for necessário, para atender ao desenvolvimento das crianças e adolescentes.

O universo digital é a nova linguagem dos estudantes desta geração, e aprendê-la é fundamental para uma educação enriquecedora, que foge dos métodos tradicionais assim como dos perigos excessivos da liberdade e do entretenimento. Concordo com os pais e educadores que não podemos nos tornar reféns da tecnologia.

Mas repreendê-la nunca mais será uma opção tão valiosa como adaptá-la.

 

Filipe Gouveia –  Administrador de empresas. Co-fundador da Abacus

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP