Fisioterapia Esportiva
Há anos atrás fui assessor de imprensa da DMR do HCUSP. Lá funcionava a unidade de Fisiatria, ligada a SBMF&R (então presidida pela Prof.ª. Drª. Linamara Rizzo Battistella.) Uma equipe de especialidades médicas atendia diversos pacientes, desde pessoas comuns a atletas de alto rendimento, acometidos por lesões permanentes/temporárias de diversas causas, de comprometimento por acidentes, pela poliomielite, até as comuns de esportes de fim de semana.
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São Paulo, 11/04/2023
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Posso citar 4 exemplos de atletas e desportistas que passaram por lá durante a minha estada. Fernando Meligeni, tenista ranqueado de nível internacional, com problemas no cotovelo esquerdo. Geovanni Gavio, jogador de vôlei da seleção brasileira com problemas de tornozelo e joelho. Ayrton Senna da Silva, corredor de F1, acometido de dores musculares, e seu colega de “esporte” Emmerson Fittipaldi, ambos doadores de recursos para a melhoria dos equipamentos no laboratório de análises e procedimentos de recuperação. O local tornou-se, assim, o maior e mais bem equipado da América do Sul, e diversas equipes de futebol profissional, basquete e voleibol a frequentam semanalmente.
Fisioterapia e Fisiatria. Diferenças.
“Para atletas, em fases iniciais, a fisioterapia pode ser indicada com sessões até três vezes ao dia, para acelerar o processo de recuperação. Com a evolução do tratamento, podemos evoluir para uma frequência de 3 vezes semanais, chegando até mesmo a acompanhamentos, apenas para orientar o retorno aos treinos.” Há uma relação dos principais exercícios de fisioterapia para um atleta, de acordo com a professora Bernardes, docente do curso de Fisioterapia da FSG.
Dentre os mais utilizados destacam-se aqueles voltados ao ganho de mobilidade global, flexibilidade, força muscular e controle neuromuscular. “A eletroterapia é fundamental para acelerar a resposta cicatricial. Sobressai-se a utilização da laserterapia e a corrente russa como forma de auxiliar no processo de reabilitação. As faixas elásticas, bolas suíças, halteres, caneleiras, plataformas proprioceptivas e até mesmo equipamentos de musculação ou aparelhos utilizado nos estúdios de pilates tem sido utilizado como recursos nos tratamentos”, analisa a docente.
Já a Fisiatria é um complexo de certa forma generalista, mas com foco na recuperação e na qualidade desta, por oferecer e orientar diversas modalidades médicas de apoio, como a fisioterapia, claro, a psicologia, a nutrição e cardiologia entre outras.
O profissional que deseja atuar na fisioterapia esportiva pode sugerir a prática de esportes e outros exercícios físicos.
O intuito é prevenir o surgimento de doenças. A professora salienta os benefícios da prática fisioterapêutica para o rendimento do esportista.
Estratégias de recuperação
“O tratamento é fundamental na prevenção de lesão e para acelerar e melhor orientar a recuperação do atleta.
Um fisioterapeuta experiente nesta área é capaz de conduzir o tratamento sem afastar o atleta por completo das atividades que envolvem a sua preparação física. Assim, minimiza os déficits que podem ser apresentados pelo tempo excessivo de afastamento.”.
“Entretanto, lesões malconduzidas ou não tratadas pelo atleta podem se tornar crônicas e desencadearem um processo de recuperação mais longo ou tardio. Isso afeta o rendimento e desempenho do atleta, que poderá ficar mais tempo afastado da sua atividade esportiva”, diz a professora da FSG.
Por fim, a docente reitera que é cada vez mais comum ver atletas agradecendo e valorizando o profissional de Fisioterapia após grandes conquistas esportivas. “Alguns esportistas vêm contratando fisioterapeutas esportivos para atuar consigo, exclusivamente, levando-os para seus países de atuação esportiva, muito comum no futebol. Isso é um reflexo da importância deste profissional na equipe multiprofissional e da qualificação necessária, quem vem sendo buscada, pelos profissionais que atuam nesta área.”
FSG – Centro Universitário da Serra Gaúcha.
