15 minutos de Potencial Infinito

Breve reflexão sobre um excerto do documentário Infinite Potencial
The life and ideias of David Bohm

Volmer S. do Rêgo

São Paulo, 17/05 de 2020

2 minutos

Excelente! A teoria de Tudo – uma busca pelo Graal da realidade da natureza e da vida – uma fusão muito curiosa do Materialismo científico dialético com o Idealismo , numa extensão contínua e autoreplicante que vem das dualidades e das multipolaridades entre Platão e Aristóteles, tendo os pitagóricos como pano de fundo, mais os elementos constituintes e consistentes das místicas egípcia, hindu, o pragmatismo zen budista do Tao chinês, do zoroastrismo persa…

Dá uma sopa cósmica bastante consistente, com Einstein e sua relatividade geral, com o princípio da incerteza de Heisenberg, do big bang e a singularidade quântica de Stephen Hawkings, as explicações bioastronômicas de Carl Sagan, das cordas de Michio Kaku, o que poderá desembocar na evolução das pesquisas com o supercomputadores quânticos, e a partir daí em postos estratégicos, mas não evidenciados pela mídia nacional (as explicações das pequenas razões que as guiam são desnecessárias aqui), podemos localizar dois brasileiros que valeria a pena citar, por acaso gente com quem converso: Marcelo Gleiser, e Miguel Nicolelis que procurei atrair para AEscolaLegal, ambos envolvidos com pesquisas do universo e das forças físicas que o movem (as leis e as regências (in)determinantes do enarmonioso movimento cósmico), imbuídos da fé racional, um movimento interior só possibilitado pelo experimento científico, que nos impulsiona atrás destas respostas e suas prováveis explicações.

Marcelo do lado macro, procura explorar com profundas reflexões os mistérios das leis da Física com uma linguagem, de um certo modo, cheia de atrativos religiosos, poéticos (no sentido único de religação com o código inicial, a inteligência da criação), e pelo lado do mapa micro humano Nicolelis busca com suas concepções experimentos computacionais das funções neuroeletrofisicoquímicas para desvendar as funções secretas do cérebro.

Eis como resumo os complexos paralelos em que eles se debruçam e se baseiam para orientar seus estudos que, de certa forma, complementam-se e a ideia de que o micro reflete o macro, no mesmo grau de importância.

De fato, ambos introduzem “novas” considerações humanas buscando sondar a extensa cartografia ideogramática universal, construído pelos séculos a fim de resumir numa sintaxe palpável, palatável, audível e compreensível ao humano médio uma interessante atração pela Filosofia.

A partir daí as derivadas do pensamento – sociologia, política, ética, economia, biologia, medicina, tecnologia, artes (uma expressão/interpretação da ciência que tem linguagem própria), a própria física e a matemática, a química, a história, a geologia e sequencialmente, numa taxonomia ilustrativa em graus de importância e que geram este jardim de conhecimentos, com profundas raízes históricas (de 8 a 10 mil anos de humanidade), as derivadas das derivadas (todos os galhos sustentando as folhas e os frutos “proibidos” deste tronco), cada uma buscando simplificações do entendimento maior do cosmo, na tentativa de manter a ligação, a religação, o experimento sensível religioso que a infelicidade da degeneração temporal e fenomenológica vem nos proporcionando.

E, pelo que abstraio e entendo, desde as duas explosões atômicas no Japão, em meados do ano de 1945 que pôs fim a segunda guerra, e em que os átomos foram sacudidos, fissurados, talvez fundidos, a imensa energia liberada (ainda que há enormes distâncias) foi suficiente para se dissipar e abrir caminho em todo o planeta para causar grandes e incontáveis níveis de interferências e, inclusive, provocar o rompimento de diversas cadeias moleculares e celulares conduzindo os elementos e suas propriedades ao descontrole em direção ao caos, cada um ao seu tempo, trazidas pelos ventos, no sentido em direção do sol poente, aquecida pela posição do Sol na linha do Equador, entre os dois trópicos no processo inegável de ligação e interdimensionalidade que atrai, liga, condensa e repulsa os corpos, visíveis e “invisíveis”, desconformando suas estruturas vigentes e, ao mesmo tempo, numa perspectiva dialética, ensejando novas e improváveis harmonias.

Também, no ano de 1963 o assassinato de JFK, e estes são apenas 2 marcos dentre as referências possíveis encontráveis, já no novo Novo Continente (a terra ‘plana’ gira?),  vimos o surgimento do neopentecostalismo, com implicadas conexões no território do racismo que uns dizem cultural, outros estrutural – e nos preconceitos consequentes nascidos do New Deal, a base do American Way of Life, que desembocou (por plataforma política incendiária) em uma busca patológica pelo sucesso material, baseado na acumulação do capital com lastro, desta feita, na indústria bélica, na especulação e na exploração de mão de obra barata que gerou a indústria financeira do segundo quartel do século XX , ainda hoje provocando enormes distorções e fazendo estrago em diversos países do mundo.

Volmer Silva do Rêgo – Publisher, Jornalista, Professor e Escritor