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Alienação Parental

O impacto da alienação parental nas crianças. Especialista explica como esses casos podem afetar a saúde mental dos pequenos por longos períodos.

Redação

São Paulo, Dezembro de 2023

1,7 Minutos.

De acordo com o Datafolha, estima-se que cerca de 80% dos 20 milhões de filhos de casais separados no Brasil sejam afetados por situações de alienação parental. Este dado revela uma realidade alarmante, destacando a urgente necessidade de abordar e enfrentar esse desafio complexo.

Segundo Paulo Akiyama, advogado que atua com direito de família no Brasil, “a alienação parental é mais do que uma disputa entre pais. É um fator impactante no bem-estar emocional e psicológico das crianças envolvidas. Nesse contexto delicado, diversos casos ilustram vividamente como a questão pode afetar negativamente o desenvolvimento delas, deixando marcas emocionais duradouras,” acrescenta.

A Lei 14.340/22, promulgada em março de 2022, representa um passo na luta contra a alienação parental no paí­s. Ao modificar a Lei 12.318/10, a legislação reforça a importância da abordagem interdisciplinar nos processos que envolvem o problema. Esta mudança legislativa busca assegurar uma maior participação de profissionais como psicólogos e assistentes sociais. Portanto, com isso, se oferece às crianças ví­timas dessa prática, um suporte mais amplo e especializado durante o processo.  Assim, visando a proteção e o bem-estar emocional desses indivíduos vulneráveis.

Alienação Parental
                 O mal que causa na criança, e na família, é duradouro. (Img. Web)
Um mal e seus efeitos

Já houve casos em que a alienação parental levou a um impacto devastador nas crianças envolvidas. A manipulação, a desinformação e o afastamento forçado de um dos pais resultaram em problemas de ansiedade, depressão e dificuldades de relacionamento para os pequenos afetados.

É o que comenta o especialista, que destaca a necessidade urgente de abordar a questão não apenas como um conflito entre os adultos, mas sendo algo que pode ter consequências devastadoras para o bem-estar emocional e mental das crianças.

Para o advogado, a situação fragmenta relações familiares e deixa cicatrizes profundas nas crianças, e minam sua confiança e estabilidade emocional. Portanto, é necessário que a sociedade e o sistema jurídico se unam para proteger o bem-estar desses filhos. A fim de priorizar o desenvolvimento saudável deles, mesmo em contextos familiares desafiadores”, pontua.

Especialistas concordam que a alienação parental exerce um impacto importante na saúde mental das crianças. Assim, gerando consequências graves. Os transtornos recorrentes desse tipo de exposição e manipulação podem ainda resultar em problemas de insegurança e afetar o senso de identidade dessas crianças.

O ambiente de constante tensão e a pressão para escolher um dos pais podem trazer dificuldades emocionais duradouras, comprometendo seu desenvolvimento psicológico e social. A questão não envolve problemas apenas durante o ocorrido, mas pode gerar resultados negativos na saúde mental também a longo prazo.

 

Paulo Akiyama– Economista e Advogado – Akiyama Advogados Associados – Direito empresarial e de famí­lia.

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