Aulas Presenciais na Pandemia. Não!

Para Apeoesp, Sindicato dos Professores do estado de São Paulo, o projeto que proíbe suspensão de aulas presenciais na pandemia é vergonhoso.

Redação

São Paulo, 26/04 de 2021.

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Presidenta do sindicato, professora Bebel afirma que a aprovação do projeto reforça o caráter genocida do governo Bolsonaro

Para a presidenta da Apeoesp e deputada estadual, Professora Bebel, a aprovação na Câmara dos Deputados, na madrugada desta quarta (21), do projeto que torna a Educação uma atividade essencial, com o claro objetivo de liberar a convocação de aulas presenciais durante a pandemia em todo o país, reforça o caráter genocida do governo Bolsonaro e de seus aliados.

Bebel lembra que decreto semelhante já havia sido assinado pelo governador de São Paulo, João Doria. “Isso demonstra que há mais em comum entre o governador e o presidente do que faz supor sua disputa eleitoral”, afirma a deputada.

Para ela, a Educação é, sim, um direito essencial assegurado na Constituição Federal. Como tal, deve merecer prioridade, financiamento, estrutura adequada, políticas para universalizá-lo em todos os níveis e assegurar sua qualidade e medidas efetivas para a valorização de seus profissionais. “Mas, em um momento de agravamento da pandemia, ela deve continuar remota“, reforça Bebel.

Apenas na rede estadual de ensino de São Paulo, segundo levantamento da Apeoesp, pelo menos 2386 pessoas se contaminaram em decorrência da volta às aulas presenciais, com pelo menos 73 mortes registradas, sendo três de estudantes.

Deputado chama professores de Vagabundos

“É vergonhoso que o poder legislativo, que deveria representar o povo e defender a vida, seja usado pelos interesses privatistas na Educação, abrindo o caminho para que milhões de brasileiros – profissionais da Educação, estudantes e suas famílias – possam ser colocados em risco, quando a pandemia continua sem controle, matando pessoas cada vez mais jovens”, declarou a presidenta da Apeoesp, que ainda afirmou: “É igualmente revoltante que durante os debates o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, tenha declarado que somente os professores não querem trabalhar na pandemia.

O deputado sabe, ou deveria saber, que os professores trabalharam e continuam trabalhando incansavelmente durante a pandemia em trabalho remoto – e muitas vezes também obrigados ao trabalho presencial – sem que o poder público lhes ofereça as mínimas condições para tal”.