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Diagnóstico Precoce do Câncer de Testículos

A importância do autoexame para diagnóstico precoce do câncer de testículos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, esse tipo de problema afeta 5% do total de canceres que atinge o homem.

São Paulo, 28/04/2022

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Recentemente, o caso do jogador do Grêmio, Jean Pyerre, chamou atenção ao ser diagnosticado com a doença, aos 23 anos. O meio-campista é um dentre os mais de 150 mil casos registados anualmente no Brasil, sendo mais comum atingir jovens na faixa de 15 a 35 anos. A boa notícia é que, diagnosticada em fase inicial, pode ser tratada e curada.

No mês em que se lembra a prevenção ao câncer de testículo – o tipo mais comum de neoplasia em homens de 20 a 40 anos nos EUA -, a Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo alerta para a conscientização do público leigo e das autoridades públicas de saúde.

Os testículos estão localizados dentro da bolsa escrotal e são fundamentais para a produção de espermatozoides e testosterona, o hormônio sexual masculino. Existem alguns fatores de risco bem definidos e que, portanto, aumentam a chance do surgimento desse tipo de câncer. São eles:

  • Criptorquidia (quando o testículo não desceu para bolsa escrotal), principalmente se operado tardiamente;
  • História familiar de câncer de testículo em parentes de 1º grau (pai e irmãos)
  • A própria história pessoal, ou seja, quem já apresentou tem maior risco de ser acometido novamente.

“O principal sinal do câncer testicular é a presença de um nódulo (caroço) no testículo ou mesmo o aumento de volume dele. Geralmente isso ocorre sem causar dor, o que pode atrasar o diagnóstico”, diz o urologista, Carlos Eduardo Garcia Westin, do Departamento de Uro-oncologia, da SBU-SP. Segundo o médico, quando a pessoa notar esses sinais é muito importante procurar o médico urologista, que irá examinar o testículo e, muitas vezes, solicitar uma ultrassonografia e exames de sangue, chamados de marcadores tumorais, para confirmar ou afastar o diagnóstico.

“O tratamento de um câncer de testículo baseia-se na sua retirada cirúrgica por meio de um corte feito na região inguinal (virilha) e, de acordo com exames de sangue e tomografias realizadas, pode ser necessário o complemento do tratamento via quimioterapia”, explica o especialista. Felizmente, na grande maioria das vezes, o médico ressalta que tumor pode ser curado, mas é importante que se faça o diagnóstico precocemente. Umas das maneiras de encontrar a doença no início é fazendo o autoexame, que pode ser realizado da seguinte maneira:

  • Após um banho quente, palpe os testículos e procure principalmente por caroços e endurecimentos
  • Familiarize-se com o epidídimo, que é uma estrutura contornando o testículo e responsável pelo amadurecimento dos espermatozoides e não confundi-lo com nódulos.


SBU –
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é uma entidade médica, com 90 anos de fundação, que congrega mais de 4.500 médicos associados em todo o País. A seccional São Paulo tem mais de 50 anos e cerca de 1.500 médicos associados.

 

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Redação

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