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Supercomputadores no Brasil

O mais poderoso supercomputador da América Latina está no Brasil e tem tecnologia AMD embarcada no processamento.

Redação

São Paulo, 02/03/2023

2 Minutos.

A contribuição da computação de alto desempenho para atividades domésticas já é muito conhecida graças aos serviços e armazenamento em nuvem. Mas o uso dos supercomputadores é também essencial para a indústria – metade de todos os supercomputadores do mundo são usados para aplicações industriais. Mais especificamente, mais de 10% do total de supercomputadores é dedicado à indústria energética, que tem no Brasil forte investimento e que alimenta praticamente tudo o que fazemos.

No mais recente ranking dos 500 supercomputadores mais potentes do mundo, organizado pela organização TOP500, o Pégaso, da Petrobras, impulsionado por Processadores AMD EPYC, ficou na 33ª posição – o que o torna o computador mais potente do Brasil e da América Latina.

Os processadores são desenvolvidos para lidar com grandes conjuntos de dados científicos e de engenharia com melhor desempenho – ideal para modelagem intensiva e técnicas de análise, e alimentam os servidores x86 com melhor eficiência energética, gerando um desempenho excepcional e reduzindo os gastos de energia, sendo também etilizado por muitos dos maiores e mais dimensionáveis data centers e supercomputadores do mundo. Segundo a Petrobrás, para montar o Pégaso com mais de 233.856 cores de processamento e  foram necessários mais de três meses de trabalho, além do transporte de mais de 30 toneladas de peças e componentes para o bairro de Vargem Grande, no Rio de Janeiro.

Supercomputador no Brasil
Pégaso. Bilhões de cálculos processados por segundo. (Img. Web)

De acordo com a Supermicro, responsável por produzir os nós de computação do Pégaso, o computador tem como objetivo permitir que os geocientistas e engenheiros da Petrobras localizem e planejem a extração de petróleo e gás de maneira muito mais eficiente e assertiva.

Um super poder para uma super empresa global

A perfuração do solo sem resultados, por causa de análises e mensurações equivocadas pode custar milhões de dólares para a companhia.

O aprimoramento das tarefas de estudo de superfície e localização de possíveis reservas de gás e petróleo requer o armazenamento e análise de uma quantidade inimaginável de dados para que possam ser geradas imagens, simulações e predições sobre o ambiente a ser explorado.

Com sua capacidade de processamento super avançada, o Pégaso agilizará esse tipo de investigação e permitirá análises mais complexas.

Ainda segundo a lista divulgada pela TOP500, o Brasil conta com outros 7 supercomputadores na lista dos 500 mais potentes do mundo – e outros três deles também são da Petrobras.

Além de estar na 33ª posição dentro os mais potentes supercomputadores do mundo, o Pégaso é também o 39º mais “verde”, ou seja, com melhor eficiência energética – vale lembrar que esse tipo de computador ocupa salas ou prédios inteiros e, além de precisar de energia para funcionar, precisa de uma grande capacidade de resfriamento. Pégaso tem o poder de processamento equivalente à soma de seis milhões de telefones celulares ou de 150 mil laptops modernos interligados. São 678 TB de RAM.

Super poder para múltiplas utilizações

A indústria petrolífera não é a única que se beneficia do alto desempenho computacional. Temos grandes investimentos na área de pesquisa, saúde e educação mundialmente, por exemplo. Tarefas de alta precisão e complexidade são as que mais avançam com os supercomputadores, dado o número de micro-operações por segundo que precisam para serem realizadas.

Supercomputadores no Brasil
Centro de operações da Petrobrás no RJ . (Img. Web)

Desde mapear e analisar a cadeia de DNA de uma população inteira a simular o voo de aviões e foguetes, a computação de alto desempenho só é possível graças ao avanço da capacidade de processamento de processadores de última geração como os destes processadores.

Mas, até o final de 2023 a Petrobrás pretende colocar em operação algo bem mais potente. O supercomputador Gaia.

[N.E.: Não foi à toa que vários governos, ditos nacionalistas e patrióticos já pensaram em vender a Petrobras para outros governos e empresas particulares. De fato, já a fatiaram em unidades menores de negócios possíveis dentro da cadeia energética de combustíveis fósseis.

Mas, Petrobras não é só petróleo. É uma importante plataforma complexa de inúmeros produtos, dentre os quais, os super atraentes que estão “bombando” no recém, cobiçado e necessário mercado das energias limpas e renováveis.]

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP