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Vida de Universitário – Dureza!

Pesquisas em Faculdades particulares norte-americanas mostram números importante, e geram alertas relativos à qualidade dos cursos, interesses dos jovens egressos, os seus valores éticos e econômicos.

Redação

São Paulo, 14/01/2023.

2 Minutos.

As faculdades particulares optaram por oferecer taxas de desconto para os alunos, em vez de taxas de matrícula gerais mais baixas. Os relatórios foram feitos por institutos de pesquisa, imprensa especializada e pelas próprias faculdades. Os estudos também mostram que 40% dos alunos e suas famílias escolheriam uma instituição mais cara, com taxas com descontos, em vez de outra faculdade com custos de matrícula mais baixos para começar.

As percepções em torno da correlação entre custo e qualidade da educação parecem prevalecer, onde uma instituição que custa mais inicialmente é considerada como oferecendo uma educação de melhor qualidade.

Nem sempre, porém, esta relação é consistente. As questões pertinentes aos motivos das escolhas pedem estar associadas à infraestrutura oferecida o que, em tese, reforça a necessidade do aspecto presencial. Uma motivação de caráter psicossocial importante – jovens gostam e precisam de agrupar-se. Para professores e profissionais dos setores educacionais, isto também é importante. Ou seja, os aspectos relacionais sociais estão no topo das considerações da natureza humana. Para isso existem as comunidades estudantis.

Vida de Universitário - Dureza!
Alunas se confraternizam no corredores universitários – Conviências .

Entretanto, os números mostram que pouco menos de 60% dos graduados do ensino médio entre 18 e 20 anos frequentam uma instituição de ensino superior.

Estes dados (BestColleges, 2020), abriram questões importante na discussão não só sobre qualidade dos cursos oferecidos pelas instituições, bem como as relacionadas aos problemas sociais dos países, estados e cidades onde estas escolas se localizam.

Cada escola um país

Basta lembrar que no Brasil, por exemplo, nos últimos 4 anos do último governo 2018/ 2022, diversos ministros (5) ocuparam as pastas da Educação no MEC, todos envolvidos em denúncias e atos de corrupção, desvios de verbas, desmonte de programas, favorecimentos ilícitos, entre outros desmandos. Como aqueles senhores que disseram: “faculdade é coisa pra rico!” Ou “Universidades públicas são plantações de maconha!

Além disso, os dados mostraram que sete em cada dez alunos trabalham em período integral para sobreviver, o que levou várias faculdades a adaptarem os currículos dos cursos oferecidos, ora reduzindo ou dinamizando-os estrategicamente, a fim de contemplarem as necessidades e demandas dos estudantes. Às vezes exercícios de retórica (ou erística?) criam fachadas atraentes. Veja estes indicadores da Georgetown University em 2018 – aqui.

Distorções na linha de aprendizado tradicional – Com ou sem prejuízos?

Obviamente, os líderes da área reconheceram essa tendência e diversificaram as ofertas educacionais. Na melhor concepção do que seja o mercado da educação, tornaram os conteúdos dos cursos mais acessíveis para alunos não tradicionais, ou seja, para aqueles que não trilharam a jornada comum, iniciada desde o básico, fundamental, médio, superior até as pós-graduações, preferencialmente nas universidade públicas, e portanto, “gratuitas”. Uma condição notoriamente diferenciada e acessível para reduzida parcela da população.

A mudança para o aprendizado online também deu às instituições a oportunidade de otimizar suas plataformas digitais, tornando seu conteúdo mais móvel e fácil de usar. Vários sistemas de gerenciamento de aprendizado digital entraram no mercado à medida que a educação on-line decolou. Tecnologias facilitadoras, resultantes do avanço da informatização. Educar é basicamente comunicar, e as TICs ocuparam enormemente estes espaços, na esteira da indústria 4.0.

Apesar disso, uma constatação veio à tona: o aluno deve assumir mais responsabilidades? Esta parece certa – estudar sozinho exige mais concentração e dedicação – treino em administração de tempo e recursos. Você tem um bom computador e acesso on line estável em casa, não tem? Talvez uma sala, ou um quarto para isso. Uma mesa e uma cadeira, pelo menos, perto de uma tomada elétrica!? Paga tudo sozinho ou tem apoio familiar?

As instituições estão priorizando a reconstrução de suas ofertas de cursos on-line para que possam atender a todos os tipos de alunos e permanecerem competitivas. Há uma vantagem geográfica implícita neste pressuposto. Deslocar-se por mais de 40 minutos em transporte público, coletivos ou particulares até a escola, consome tempo e recursos. Até 50 anos atrás, isso não era problema. Ainda assim, lembre-se, foram aquelas pessoas que construíram, bem ou mal, o país. Então, deixe o medo de lado e vá à luta!

A sua presença ainda é fundamental! Tudo está sempre em construção, inclusive você.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP