Abordagem STEAM no Brasil
Levantamento realizado com profissionais da educação revela que 39% nunca utilizaram método de ensino em sala de aula ou usaram poucas vezes.
Redação
São Paulo – 15/06/2022.
1 Minuto.
As escolas brasileiras estão passando por um momento de adaptação dos currículos à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um documento que regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a serem trabalhadas com os alunos durante a Educação Infantil,
o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Diversas abordagens pedagógicas podem auxiliar neste processo. Mas o pouco uso de uma específica, amplamente difundida no exterior, chama a atenção aqui no país
Uma pesquisa elaborada pela , em parceria com a Fundação ArcelorMittal, no fim de 2021 e início de 2022, analisou as respostas de cerca de 800 profissionais da educação das cinco regiões do Brasil. “Educação STEAM: reflexões sobre a implementação em sala de aula, conexões com a BNCC e a formação de professores” identificou que quase metade da amostra não conhece bem o STEAM, método que integra as áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, e tem como objetivo formar alunos com conhecimentos diversos para que eles desenvolvam diferentes habilidades.
47% dos entrevistados revelaram que entraram em contato com o termo pela primeira vez ao responder o questionário ou afirmaram não saber do que se tratava. 39% informaram que nunca utilizaram a abordagem ou utilizaram poucas vezes em sala de aula.
Países como Estados Unidos, China, Austrália e Reino Unido usam a abordagem de educação STEAM. Ela gera bons resultados quando o assunto é valorização do protagonismo dos estudantes e busca para resolução de desafios reais.
Metodologia abrangente
A pesquisa identificou que o principal desafio para a implementação desse método pedagógico no país é a capacitação docente.
Por isso, a Fundação ArcelorMittal, em parceria com a Tríade Educacional, lançou a Liga STEAM para promover a formação de professores.
O projeto-piloto irá capacitar professores da rede pública de Piracicaba (SP), que tem cerca de 62 mil alunos em aproximadamente 110 escolas, e de Serra (ES), com cerca de 60 mil alunos em aproximadamente 160 escolas.
“Investir na formação do professor é o objetivo do projeto. A ideia é que o educador estimule o aluno em sala de aula a desenvolver um pensamento crítico, a criatividade e a responsabilidade, fortalecendo a construção de cidadãos atuantes em diferentes aspectos de nossa sociedade”, diz o diretor-superintendente da Fundação ArcelorMittal.
“Queremos que os participantes dessa iniciativa sejam multiplicadores da abordagem na sua comunidade escolar, para contribuirmos cada vez mais com a educação no país”, conclui.
A Fundação ArcelorMittal é uma instituição do grupo ArcelorMittal que, há mais de 30 anos, contribui para a formação cidadã de crianças e jovens, e busca trazer para a área social as melhores práticas de gestão. Sua proposta é transformar a vida das pessoas de forma coletiva e participativa, compartilhando conhecimento e inovação em três eixos prioritários de atuação: educação, cultura e esporte.
