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Causas de Terremotos e Dor

Professor de Geografia explica como a magnitude do tremor considerado um dos mais mortais do mundo pode intensificar os problemas sociais da região. Considere seriamente a ação humana sobre tais fenômenos naturais.

Redação

São Paulo, 14/02/2023

2 Minutos.

Três dias depois do abalo as equipes de resgate da Turquia e da Síria conseguiram retirar mais de 8 mil pessoas dos escombros dos terremotos e o número de  mortos já passou dos 37 mil. É como se toda a população de uma cidade paulista como Barra Bonita, ou Aparecida sumissem em uma semana! Os países se encontram em uma verdadeira corrida contra o tempo. As primeiras 72 horas após uma destruição como essa são consideradas críticas para encontrar pessoas com vida. Por isso, cada salvamento é muito comemorado pelos socorristas e pelos parentes.

Na madrugada de segunda-feira, a Turquia registrou mais de 280 tremores secundários e outros abalos mais fortes. As autoridades turcas estimam que a quantidade de prédios destruídos pode ultrapassar 12 mil. O presidente Recep Tayyip Erdogan decretou estado de emergência em 10 províncias pelos próximos 3 meses. Também abriu os hotéis para receber desabrigados e agradecer o apoio da comunidade internacional(?) Na Turquia e na Síria, mais de 23 milhões de pessoas foram afetadas. Destas 1.400.000 eram crianças.

O que causa o terremoto?

7.8 de magnitude, é numero que levanta dúvidas sobre como esses tremores se manifestam e as consequências para a região afetada. Os terremotos acontecem devido ao encontro das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre. As regiões próximas destes encontros possuem terremotos ou maremotos (nos oceanos) com maior intensidade e maior frequência.

Não é só uma a causa. Mas, as consequências recaem sobre toda a humanidade.
Causas de Terremotos e Dor
Placas tectônicas – Turquia / Síria – Terremotos. (Arte AEL)

De acordo com Marcos Dihl, Professor de Geografia do Colégio Adventista de Santo André, os terremotos ainda não são possíveis de se prever ou antecipá-los, para que haja um plano de evacuação com antecedência, como ocorre no caso de eventos climáticos como furacões ou tempestades.

“Mortos e feridos não estão relacionados com a intensidade dos tremores, mas sim a fatores como tipo do relevo da região, qualidade das construções, horário em que ocorre o tremor e se a região possui planos emergenciais”, explica.

Localize as falhas nas placas tectônicas – Jogue bombas por lá. Para que mesmo?

Turquia e da Síria, estão no encontro das placas tectônicas.  O terremoto desta segunda-feira teve o seu epicentro próximo das placas de Anatólia e Arábica. “As construções da região, que não são preparadas para enfrentar este tipo de tremor, levam a um maior número de desabamentos. O fato de o tremor ter ocorrido de madrugada enquanto muitos dormiam também aumenta a tragédia. O clima frio agrava e dificulta as buscas ao diminuir a expectativa de se encontrar sobreviventes a cada minuto que passa”.

Por ser uma região subdesenvolvida e com problemas de infraestrutura nas construções e serviços de saúde, a população terá grandes problemas para se restabelecer, destaca. “Muitos podem se deslocar para outros locais na própria Turquia. Buscar refúgio em outras áreas enquanto os lugares atingidos sejam reconstruídos. Isso não costuma ser rápido e amplia as diferenças sociais na região”, aponta. “A Síria, por exemplo, enfrenta uma grande crise de refugiados desde 2011 com a Primavera Árabe e com a invasão do grupo terrorista Estado Islâmico. Este terremoto provocará o numero de refugiados deslocados das regiões afetadas”.

Quando abordado em sala de aula, o tema vai muito além do ensino e traz ao aluno um olhar empático sobre as diferentes realidades presentes nos outros países. “Além de mostrar imagens sobre as placas tectônicas para ajudar na hora de contextualizar, é sempre importante fazer uma comparação com outros tremores para explicar que a infraestrutura dos diferentes lugares é o fator decisivo na hora de salvar vidas”, finaliza.

 

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