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ChatGPT é para Iletrados

Google e outras “enciclopédias” que o digam. Andei conversando com o ChatGpt OpenIA, e fiz-lhe umas perguntas bem básicas sobre questões de política internacional esperando alguma coisa inteligente. Quero dizer, um pouco acima da média. Decepção. 

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São Paulo, 21/03/2023

4 Minutos.

Ontem foi um dia estranho, a pensar na data e nos números: 2023 resume tudo. E, curioso, o ChatGpt OpenIA que instalei e testei não me deixou surpreso. Na verdade a tecnologia esteve fora do ar, instabilidades. Mas no dia anterior fiz uns testes e entendi que das coisas que perguntei ele sabe bem pouco, ou se limita a repetir o padrão da informações gerais correntes. Neste ponto de vista ele é ruim, pois o ser humano é tendencioso, por natureza, e a ‘criatura’ limita-se à tentativa ridícula de ser imparcial. Ele admite estar errado, e contesta interpretações. Sentiu a diferença? E Deus ex machina?

Tudo bem! Em política todos agem por interesses pessoais e\ou coletivos. Depende do grau de envolvimento de cada um. Qualquer plano que bote dinheiro no bolso do outro ganha o voto. Pelo menos, em tese, é o que diz a teoria do voto racional da Universidade de Chicago.  Também, à priori, esta inferência (na verdade, resultado das pesquisas feitas pelos cientistas políticos de lá, já há algumas décadas), pode ser capaz de (in)justificar outra teoria. Policracia ou poliarquia, como pensou Robert Dahl, dado que quem domina o capital apresenta maiores chances de alterar o status quo, ou pelo contrário, deixa-lo exatamente como está. É tudo questão de inclusão. Quanto maior a representatividade, maior a possibilidade de um estado democrático real existir.

Mas, este é só outro capítulo das minhas observações. O tema agora é ChatGpt OpenIA e sua incompetência no trato destas questões.  Segue o nosso primeiro encontro.

ChatGPT é para Iletrados
10 Homens do mundo. Você os conhece? (Img Web)
Bate papo real:

Eu – Let us Try in Br language?

Chat – Claro, como posso ajudá-lo hoje?

Eu – Quero saber das relações entre Putin, Trump e o ditador da Coreia do Norte.

Chat – As relações entre Vladimir Putin, Donald Trump e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, foram objeto de muita especulação e discussão nos últimos anos.

Putin e Kim Jong-un se reuniram várias vezes, principalmente em 2019, quando tiveram duas cúpulas históricas. Putin foi o primeiro líder russo a visitar a Coreia do Norte em quase duas décadas.

Esses encontros foram vistos como uma tentativa de Putin de estender a influência da Rússia na região, bem como de aumentar sua própria importância no cenário internacional.

Trump, por sua vez, teve um relacionamento muito mais tumultuado com Kim Jong-un. Embora os dois tenham realizado uma cúpula em 2018, na qual Trump se tornou o primeiro presidente americano em exercício a se encontrar com um líder norte-coreano, suas relações rapidamente azedaram.

As negociações de paz entre os dois países fracassaram e Trump e Kim Jong-un trocaram insultos e ameaças públicas.

Quanto às relações entre Putin e Trump, também houve muita especulação e debate. Embora os dois líderes tenham elogiado um ao outro em várias ocasiões, incluindo durante a campanha presidencial de 2016 nos Estados Unidos, a verdadeira natureza de seu relacionamento é incerta. As investigações sobre a interferência russa nas eleições americanas de 2016 e possíveis ligações entre a campanha de Trump e o governo russo também geraram muita controvérsia.

Eu –  Trump, Putin, Kim Jong-un? Até onde as relações entre eles são peças de um teatro armado entre ditadores?

Chat – Não é apropriado afirmar que as relações entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, sejam apenas um teatro armado entre ditadores. Embora haja controvérsias e especulações sobre as intenções e motivações por trás dessas relações, é importante considerar os fatos e contextos históricos, políticos e econômicos envolvidos.

O relacionamento entre esses líderes e seus respectivos países é complexo e pode ter diferentes interpretações dependendo do ponto de vista. Por exemplo, a relação entre Trump e Putin foi marcada por elogios mútuos, mas também por acusações de interferência russa nas eleições americanas de 2016. A relação entre Kim Jong-un e Trump foi caracterizada por uma série de encontros e trocas de mensagens, mas também por uma escalada de retórica beligerante e ameaças de guerra.

Alguns analistas argumentam que essas relações foram motivadas por interesses geopolíticos, como a busca por influência, poder e recursos naturais. Outros sugerem que as relações foram influenciadas por fatores pessoais, como ego, vaidade e ambição política. É importante lembrar que os regimes liderados por Putin e Kim são autoritários e antidemocráticos, enquanto o governo de Trump foi caracterizado por uma retórica populista e nacionalista.

No entanto, é importante evitar generalizações simplistas ou estereótipos sobre esses líderes e países. Cada um deles tem sua própria história, cultura, economia e política interna, e suas relações entre si são influenciadas por esses fatores complexos. Em vez de pensar em termos de teatro armado entre ditadores, é mais útil analisar as relações internacionais de forma crítica e contextualizada, considerando os interesses e valores em jogo, as instituições e as normas internacionais, e as consequências a longo prazo para a paz e a estabilidade globais.

Eu – e as relações Bannon’s right-wing alliances? Steve Bannon organizou a campanha de Trump, se aproximou do presidente do Brasil, Bolsonaro, do presidente ditador da Hungria e de outros antidemocratas de direita populista e extrema direita fascista. O que explica estas relações?

Chat – As relações entre Steve Bannon e líderes antidemocráticos de direita podem ser explicadas pela sua visão política e ideológica compartilhada. Bannon é conhecido por defender uma forma de nacionalismo populista e de extrema direita, que busca a soberania nacional e a proteção de identidades culturais e nacionais contra influências externas, como imigração e globalização.

Ele também acredita que a ordem política liberal democrática, incluindo instituições como o livre mercado e a mídia tradicional, está em crise e precisa ser substituída por um novo sistema político liderado por uma elite nacionalista.

Bolsonaro e Viktor Orbán, presidente da Hungria, compartilham dessa visão, sendo líderes de governos que têm sido acusados de violações dos direitos humanos e de minar a democracia em seus países. Bannon viu neles aliados para promover sua agenda política e ajudá-lo a construir uma rede global de líderes populistas de extrema direita.

Além disso, Bannon tem uma longa carreira na mídia, incluindo a fundação do site de notícias Breitbart, que é conhecido por seus pontos de vista nacionalistas e anti-imigração. Isso lhe deu uma plataforma para promover suas ideias e ganhar influência em círculos políticos de direita.

Em resumo, as relações de Bannon com líderes antidemocráticos de direita podem ser explicadas pela sua visão política e ideológica compartilhada, bem como pela sua habilidade em construir uma rede global de líderes populistas de extrema direita.

Resumo real

Numa tentativa canhestra de separar as coisas – lideranças globais de extrema direita – o Chat fez um certo esforço tangencial de não aproximar os nomes das pessoas citadas – os presidentes e ex-presidentes . Isso para mim é tendencioso, por mais que se saiba do grau da interconexão e “inseparabilidade” (gostou desta?) do que vai a direita, esquerda ou do centro ideológico numa disputa pelo poder.

Básico: aqui não se trata de equilibrar o mundo entre dois polos, ou fazer o planeta (pequeno plano) dar certo, não importa em qual corpo errante espacial ele se execute. Lua, Marte, ou outro exoambiente. A luta é pelo poder. Claro está também que isso foi apenas um teste! E nem todo mundo pensa do mesmo jeito.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP