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Varejão da Informação

Cuidados com as informações em épocas de eleição. Fora delas também. As redes sociais estenderam um pano no chão e lá expõem as suas mercadorias. Livre escolha. As pulgas. Como o mercado sempre apregoou, deixem que se regulem, mesmo sem se autorregularem, afinal é “selva”, competição…Brancos, bem nutridos, com recursos à disposição, e diversas armas, tendem a sair e chegar na frente! Entretanto, organização e números também contam.

Redação

São Paulo, 21 de Novembro de 2023

1.8 Minutos.

Redes sociais competem indiscriminadamente com noticiário telejornalístico. Novidade! Não precisa ser jornalista para analisar a informação, deter conhecimentos de fontes, juntar e analisar dados, estudar as origens e circunstâncias, passar pelo crivo de pares antes de expor a notícia ao escrutínio público, para que este forme a sua opinião. Em babel o debate é livre.

Pelo contrário! Na bacia das mídias tem de tudo, e você, o consumidor, reina incólume. Ou pensa que. Aperta o botão, faça a sua escolha, simplifique, vista uma cor e está tudo certo. Você é livre! Se pagou tem o direito de usar e o faça do jeito que lhe aprouver. Não precisa pensar muito, está dentro do rol de suas preferência e crenças. Mesmo que a realidade à sua volta esteja mostrando o contrário, não importa. Você já montou e bloqueou o seu quadro de referências, nada entra. O que está é guardado com fervor e reverência, afinal é a verdade, ela o libertou! Conheceu?

Óleo, fritura e massa – bloqueio!

Pensando em jornalismo televisivo, você já deve ter notado que nos horários, embora não coincidam no período considerado nobre – das 19:45 às 21:30 – as emissoras estão alinhadas para funcionar com as mesmas pautas.  Foram escolhidas a partir de conceitos e generalizações, para funcionar como um bloco indigesto de fatos, notícias e (des)informações, fornecidas por repórteres, assessores de imprensa e setoristas, editores locais, pauteiros, produtores etc… Uma ‘fábrica’ de assuntos ao lado de bons pagadores no varejão da informação…

Varejão da Informação
Alimentos para o corpo e para o espírito (Img. Web)

Estes últimos organizados para causar aquela sensação de que a emissora é poderosa e está em diversos lugares do mundo, fazendo a cobertura dos que é importante, novidade, up todate. Diretores locais abençoam o bolo e o dividem.

É assim que o Mcdonalds concorre com Burger King, Giraffa’s, KFC (o famoso frango frito do Kentucky) e outros. A substância é padronizada, pasteurizada, aquela cara de gibi, divertidos, descontraídos, fáceis, descomprometidos…

“Nem só de pão viverá o homem”

Nada de errado com as palavras do Cristo, mas depois dos celulares e das redes sociais a qualidade, a substância do alimento espiritual, da informaçã0 que gera conhecimento e se consolida em sabedoria, perdeu 95% da suas propriedades orgânicas.

Saúde comprometida. Junk food. Os corpos caem em decomposição, adoentados. Conflito das opiniões mal formadas, desnutridas. Espírito perdido.

No caminho único, de manada, como soldadinhos numa marcha, a corrente nefasta da imbecilidade se orienta pelo berros e barulhos do líder e de seus coligados próximos. “Um homem é o que faz não o que diz.” Mas, a imagem sempre pode ser trabalhada, produzida, pintura e reparos, molduras e cenários. Música e luzes, fechou. Diga o que quiser, tem público. Eles adoram. Mas, quem paga a festa?

A produção de lixo acumulado deixará muita gente ocupada, distraída, enquanto a boiada passa. Só se recicla o descartável.

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Redação

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