Ferramentas Facilitadoras de Aprendizagem.

            No ensino de qualquer disciplina o aluno pode apresentar dificuldade de aprendizagem e ver as aulas como algo difícil, sem despertar a sua participação e interação na sala de aula.

Tatiana de Oliveira Ramos / Gleycon Velozo da Silva

Belo Horizonte, 23/06 de 2021.

2 Minutos

Contudo, dependendo da estratégia adotada pelo professor, as aulas tornam-se interessantes, atraentes e os alunos passam a ter maior consciência do tema que está sendo abordado. Isso mostra que é fundamental que os professores utilizem ferramentas educacionais, que facilitem a compreensão de conceitos, fórmulas, processos e fenômenos, que em uma explicação rotineira foge do entendimento dos alunos.

A elaboração de infográficos, mapas mentais, cruzadinhas, vídeos curtos e elaboração de projetos são ferramentas didáticas que assumem papel importante como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem na sala de aula. Ao introduzir esses recursos nas aulas de Biologia do ensino médio, nas disciplinas do curso superior de Licenciatura em Ciências Biológicas e no curso de Zootecnia do IFSULDEMINAS, Campus Machado-MG, os alunos mostraram-se mais motivados, participativos e compromissados com as aulas.

A participação dos alunos nas atividades reforça a importância das ferramentas facilitadoras durante as aulas remotas, uma vez que permite o melhor entendimento dos conceitos.

Na disciplina de Entomologia geral os alunos elaboraram infográficos, trazendo informações gerais e sobre o ciclo biológico da mosca-dos-chifres, pulgas, ácaros, percevejos, formigas, abelhas, carrapatos, joaninhas e cigarras. Após avaliação percebi que os alunos conseguiram fazer uma síntese do assunto, associando imagens e hiperlinks e transmitindo as informações do tema abordado de forma criativa. 

O mapa mental e a cruzadinha, foram atividades desenvolvidas com os alunos do ensino médio. Para os alunos do 2^o ano do ensino médio o mapa mental foi abordado com o tema Sistema nervoso, e para os alunos do 1^o ano do ensino médio foi abordado o tema Água na cruzadinha. Muitos relataram dificuldades de acesso à página e durante o preenchimento do material, mas todas as dúvidas foram tiradas pelos monitores da disciplina.

Aprender e Apreender

Outra dificuldade ocorreu devido à falta de computadores e acesso à internet. Muitos alunos participavam das atividades através do celular que era compartilhado com outras pessoas da família. Apesar disso, a avaliação final das duas atividades demonstrou que os alunos tiveram uma maior compreensão do assunto abordado o que tornou a aula mais significativa. 

A elaboração do vídeo foi denominada de “vídeo minuto”, nesta atividade os alunos tinham que elaborar um vídeo de no máximo 1 minuto sobre o filme “O Desafio de Darwin”. Inicialmente os alunos assistiram ao filme e após essa aula deu início a atividade em grupo. O vídeo minuto apresentado pelos alunos trouxe uma síntese do filme, focando nos pontos fortes das cenas que falavam sobre a vida pessoal e anseios de Darwin.

Muitos alunos deram foco na viagem de Darwin pelo navio Beagle, na morte da filha de Darwin, na relação de pai educador que mantinha com seus filhos e de seu drama antes da publicação das suas pesquisas.

Essa atividade permitiu que os alunos buscassem no filme as melhores informações para ser abordado no vídeo minuto, o que permitiu a aprendizagem e um meio de divulgação do cinema como plataforma educativa deixando de lado atividades tradicionais de sala de aula.

A aprendizagem baseada na elaboração de projetos foi realizada na disciplina de Evolução e Paleontologia com os unos do curso de Ciências biológicas e foi um recurso que estimulou a criatividade dos grupos. Nesse período de isolamento social e do uso de plataformas digitais os temas dos projetos foram variados e relacionou o estudo da evolução por meio da elaboração de histórias em quadrinhos, gravação de aulas e através da construção de fósseis.

Dessa forma, levando-se em conta todas as ferramentas facilitadores do ensino-aprendizagem citadas, é valido salientar que o uso desses recursos didáticos incrementam as aulas remotas, aprimoram a qualidade do ensino, da aprendizagem, permite a compreensão das explicações dos professores durante as aulas e incentiva a interatividade entre aluno e professores.

Além disse todos esses recursos contribuem para o trabalho do docente que deve estar preparado para incorporar no ambiente educacional favorecendo a construção do conhecimento.

Tatiana de Oliveira Ramos – Bióloga – Doutora em Entomologia Agrícola pela UNESP
Gleycon Silva – Gestor Ambiental – Mestre em Ciências Ambientais pela UNIFAL