Sustentabilidade

Tecnologia e Sustentabilidade – Simplifique.

5 dicas para preparar sua rede para a demanda do futuro: somar mais equipamentos físicos, entretanto, pouco contribui para que as empresas e os provedores de serviços permaneçam competitivos no longo prazo.

Francisco Domínguez Moussier

São Paulo, 28/10 de 2020.

3 Minutos

Em muitas salas de servidores na América Latina, acrescentar racks de hardware para lidar com a crescente demanda por largura de banda continua a ser o procedimento habitual.

Mais equipamentos levam a custos mais altos de energia e espaço e torna as redes desnecessariamente complexas em um momento em que a simplicidade é fundamental.

Preparar redes para as oportunidades comerciais geradas pelo 5G, IoT e Multi-access Edge Computing (MEC) envolve repensar a arquitetura de rede, especialmente com os serviços que demandam uma largura de banda maior e baixa latência, o que colocará à prova até mesmo as redes mais rápidas, escaláveis ​​e inteligentes.

Um relatório elaborado pelo CAF e UN CEPAL sugere que a pandemia está exigindo uma reavaliação das capacidades de rede na América Latina.

Dada a importância da necessidade de uma forte conectividade na grande maioria das atividades econômicas e sociais, recomenda-se para a região uma infraestrutura de rede mais robusta e escalável.

Isso nos conduz à pergunta: como acompanhar o ritmo das demandas de tráfego, evoluir e dimensionar sua rede para maximizar a eficiência e o desempenho? Confira as minhas cinco dicas a seguir:


1. Mude a abordagem de ‘acrescentar capacidade de rede’ para ‘escalar a rede sob demanda’

Na era do 5G e IoT, a única maneira de acompanhar o ritmo do crescimento do tráfego envolve mudança de estratégia.

Em vez de aumentar a capacidade de rede, o melhor caminho para o sucesso é criar uma infraestrutura mais moderna, ágil e programável, pareada com orquestração inteligente de rede de ponta a ponta e conduzida por automação de loop fechado orientada a dados.

Esta poderosa combinação de tecnologias permite que você amplie simultaneamente e em tempo real a capacidade disponível, tanto na camada óptica, como na camada de pacotes (Ethernet, MPLS, IP e Roteamento de Segmento), oferecendo largura de banda onde e quando for necessário para acomodar e entregar rapidamente uma infinidade de novos serviços geradores de receita futuras.


2. Migre para uma infraestrutura aberta e programável para entregar novos serviços ao mercado rapidamente

Os processos manuais não são apenas ineficientes e complexos, mas também geram atrasos dispendiosos na implantação, configuração e provisionamento de serviços.

Em um ambiente tecnológico caracterizado por inovação e competição constante, tais atrasos são inaceitáveis​​para os clientes. Infraestruturas programáveis e software de automação de rede ​​de ponta facilitam significativamente a implantação de novos serviços, eliminando os processos manuais complexos desnecessários que levam muito mais tempo para configurar, e são suscetíveis a erros.

A redução da dependência de processos manuais sujeitos a erros traz benefícios tangíveis para os operadores: diminui exponencialmente os gastos operacionais e o tempo para comercialização no mercado, permitindo que a inovação molde sua infraestrutura de rede à medida que os serviços fiquem disponíveis, ao invés de ter que esperar semanas ou meses para implantá-los.

3. Use soluções eficientes e convergentes de transporte para minimizar os custos de infraestrutura

Operar separadamente redes óticas e de pacotes leva a altos custos de espaço e de energia e gastos operacionais contínuos. Além disso, esses diferentes dispositivos levam a vários pontos de falha e causarão inevitáveis ​​dores de cabeça de manutenção no futuro.

É imperativo reduzir em até 50% o número de dispositivos em sua rede, focando nos princípios da Otimização de Multicamada (MLO), aproveitando a arquitetura convergente de pacote óptico.

O uso dessa estratégia permitirá que sua rede ofereça suporte a vários tipos de serviços, desde banda larga residencial, linha privada e serviços corporativos até serviços móveis 4G/5G, ao mesmo tempo em que traz grande economia de custos para a sua empresa.


4. Simplifique a rede para reduzir os requisitos e custos de gerenciamento

Habilidades de nicho e conhecimento de protocolo são necessários para rodar, manter e solucionar problemas de infraestrutura de uma rede que envelhece, uma prática que se torna cada vez mais insustentável a medida que mais dispositivos e aplicativos são acrescentados à rede.

Migre para uma infraestrutura automatizada, aberta e enxuta construída para um propósito específico, que possa ser orquestrada centralmente por meio de um plano de controle inteligente hospedado em rede.

Você minimizará sua dependência de habilidades especializadas, reduzirá consideravelmente os custos e aumentará a velocidade dos serviços, garantindo a satisfação dos usuários finais.


5. Transfira os serviços legados essenciais para uma rede moderna e eficiente baseada em pacotes

A infraestrutura se deteriora com o tempo e os serviços legados são mais difíceis de se manter atualizados na velocidade vertiginosa com que a tecnologia de redes avança hoje. Isso não significa, no entanto, que os serviços legados perderão espaço na sua rede!

Garantir confiabilidade, qualidade e economia contínuas em redes legadas pode significar simplesmente migrá-las para uma arquitetura de rede moderna, escalável e altamente eficiente.

Essa nova arquitetura pode ser gerenciada e suportada com conjuntos de habilidades prontamente disponíveis de pacotes de redes e TI. Com essa abordagem, você garantirá serviços ininterruptos e conformidade com o SLA, enquanto reduz o custo operacional.

Adote essas cinco práticas e sua rede permanecerá um passo à frente da concorrência, tendo escalabilidade para se adaptar e reagir a novas oportunidades de negócios.

Na América Latina, uma região nos estágios iniciais de experimentos com virtualização e emulação de rede legada e eliminação de processos manuais, essas dicas podem garantir que sua rede esteja configurada para o futuro.

Agir agora significará satisfazer a demanda do usuário final e economizar no futuro tempo e recursos preciosos para os operadores.

Francisco Domínguez Moussier Diretor Sênior de Engenharia de Campo da Ciena

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Redação

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