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A 4ª Revolução industrial – Impactos.

Muito se tem propagado da chegada da 4ª revolução industrial e das alterações dos paradigmas que nortearam nossas vidas até então, em sentido amplo, quando no final dos anos 1990, e a chegada do século XXI, a “guinada” para a cyber tecnologia se deu com efetividade no resto do planeta.

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Porém, os computadores já existiam de forma rudimentar desde os anos de 1950, como equipamento de espionagem dos exércitos norte-americano, inglês, alemão, e talvez russo soviético, envolvidos todos no ‘caldo’ da guerra fria.

Concentrada nos USA, como produto das pesquisas e incursões das forças armadas daquele país em projetos de guerra tecnológica – vide Iraque (já considerado como um teste motivado pelo nebuloso ataque da Al Qaeda às Torres Gêmeas – um “convite” ao Ocidente para dar suporte aos exercícios norte-americanos), as  novidades nos padrões de ataque e defesa em terra, ar e água, revelaram, e não era para se espantar, que outros países considerados rivais e inimigos tenham também se debruçado sobre estas pesquisas, e que os resultados tenham ido bem além dos modelos bélicos.

Há estudos muito bem organizados, feitos pelo historiador egípcio inglês Erich Hobsbawm que deixam claro o funcionamento do binômio guerra x desenvolvimento.

De fato, destas incursões, vieram à tona inúmeros subprodutos movimentando a cadeia produtiva dos principais atores do mundo capitalista, leia-se G8 e, em seguida, na corrida para não ficar muito atrás nos escaninhos da economia global, o G20 (ode se encontram as duas maiores potências econômicas e comerciais do planeta, EUA e China), que recolheram o impulso dado por tais novidades e entenderam as possibilidades a partir dali.

Reunião de Líderes mundiais na ONU debatem Tecnologia, trabalho, Educação, distribuição de riquezas. (Foto Internet)

Comunicações e transmissões por satélites, ondas de rádio, micro-ondas, cabos, fibras óticas, ficção e fantasia, micro, nano tecnologias abrindo as mentes e chegando às pessoas na forma de pequenos objetos, celulares, relógios multifuncionais, tablets, laptops, e derivados ainda mais distantes da ideia da guerra como os brinquedos eletrônicos, os robôs que substituíram o trabalho manual de milhões de pessoas em fábricas, trabalhadores que estavam dentro de um sistema altamente produtivo há apenas 30 anos atrás.  

Dentro desta bolha eletroeletrônica, todos estes equipamentos obedecem às linguagens de programação que se aperfeiçoam e respondem às demandas e necessidades das sociedades (são em si também metalinguagens), das empresas, da indústria e de serviços, a estrutura que se ergueu em tão pouco tempo não apresenta sinais de retorno.

Na Medicina, na Educação, nas Ciência exatas e sociais, na indústria financeira, na engenharia e arquitetura, nos esportes e no lazer do ‘admirável novo mundo’, tudo se encaixa conectado por este intrincado sistema ideias e ações.  

Seria bom, se com ‘tudo isso’ já pudéssemos deixar a natureza em paz! Mas, não é o que acontece – é nela que se processam as maiores experiências e de onde saem todos os recursos para a construção e modelagem deste novo mundo. Desde há muito tempo grandes mineradoras multitransnacionais vêm tirando o material usado para construir casas, computadores, carros, geladeiras, celulares, brinquedos, roupas, alimentos, remédios etc das escavações, das perfurações, do trato e destrato com a superfície e as profundidades do planeta.

A litosfera, que é a crosta, a capa que envolve a Terra varia entre 5 até 70 km de profundidade, e depois dela veem o manto e o núcleo da terra, muito mais profundos, rígidos (e às vezes nem tanto) e quentes. Isso significa que todos os nossos recursos minerais que configuram a riqueza utilizada para a construção de tudo o que utilizamos no dia a dia de nossas vidas são extraídos da superfície.

Somos seres da superfície e vivemos arranhando, picando, furando, cutucando, sujando a pele do planeta! A questão é, deixaremos de fazer isto um dia?

Pelo simples fato de termos todos os alimentos que usamos (cerca de 500 vegetais domesticados e animais de todas as espécies, da terra, do mar), nossa ligação é vital. Em resumo, somos totalmente dependentes dela!

A revolução 4.0, pela qual passa necessariamente a Educação 4.0 (outro processo inexorável, parte integrante da fenomenologia do vivencialismo) vai mudar muito, senão completamente o modo que temos hoje de entender e conviver no tempo e no espaço a nossa volta. Eis uns textos interessantes, selecionados pelos editores da revista AEscolaLegal que podem nos ajudar a pensar acerca de nossa condição neste planeta, onde estamos e até onde poderem os chegar, e uma resenha do livro “A Era da Humanidade” lançado em 2019.

Haverá um futuro após a 4ª Revolução industrial, mas qual e como será este futuro? Um programa de IA diria: “não há como responder a esta pergunta por absoluta ausência de dados significativos!”

Sinopse de A Era da Humanidade (tradução livre)

“Já é comum falar da quarta revolução industrial como o paradigma das grandes transformações. Uma mudança liderada principalmente por seu componente tecnológico: nanotecnologia, drones, impressão 3D, realidade virtual e aumentada e inteligência artificial. Uma revolução que está causando mudanças profundas que percebemos no nosso dia a dia: a economia evolui e as demandas por habilidades mudam, bem como a própria natureza do emprego e das profissões.

Mas essa revolução nada mais é do que o prelúdio de uma transformação cujo escopo será muito maior: a quinta revolução industrial, que será caracterizada, sobretudo, pela expansão da inteligência automatizada, causará distúrbios nos modelos sociais muito maiores do que os atuais. Podemos prever e isso mudará completamente a maneira como as empresas se relacionam com os consumidores.

Com uma visão de longo prazo que evita o catastrofismo, Marc Vidal aposta em um futuro em que o ser humano poderá tirar proveito dessas transformações para viver melhor. E desenha um mapa realista e esperançoso de um amanhã imediato, no qual tudo mudará e para o qual devemos estar preparados.”

O gráfico abaixo mostra a curva da evolução das tecnologias emergentes a partir de 2019 e o tempo em que outras se tornarão obsoletas.

Gráfico mostra o ciclo de duração das tecnologias emergentes. (Fonte: Gartner)


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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP

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