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A Carne Vermelha

A carne vermelha faz parte do cardápio do brasileiro, seja no churrasco ou na panela, no entanto durante um tempo, foi tida como vilã da saúde. Entretanto, como tudo, seu consumo deve ser moderado. 

Redação

São Paulo, 0/07/2023

4.2 Minutos.

Os benefícios da carne inegavelmente foram comprovados através de pesquisas deixando esse mito para trás. Conheça os 7 benefícios da carne vermelha para sua saúde, já que além de saborosa ela também é extremamente nutritiva:

* Proteínas – A carne de boi é rica em proteínas. Elas ajudam a melhorar a massa muscular, além de auxiliar na reparação dos ossos, pele e cartilagem.

* Ferro – Comer carne bovina ajuda a prevenir a anemia por deficiência de ferro. A anemia ferropriva é uma epidemia crescente em todo o mundo.

* Minerais – Rica em minerais: Sabia que um dos benefícios da carne é fornecer mais de metade da quantidade diária recomendada de selênio, zinco e magnésio?

* L-Carnitina – A carne possui L-carnitina, que tem efeito benéfico sobre hipertensão, inflamação e até em pacientes com insuficiência cardíaca.

* Glutationa – O antioxidante glutationa encontrado na carne é associado ao antienvelhecimento, redução de ocorrências de doenças crônicas e ainda fortalece o sistema imunológico.

* Carnosina – Contém carnosina, um dos benefícios da carne, já que ele é um potente aminoácido, que possui propriedades de anti-glicosilação. Em suma, ela ajuda a prevenir a aterosclerose, outras doenças crônicas e reduz a inflamação.

* Creatina – A carne bovina contém a creatina, que melhora o desempenho do exercício. Fornece energia, melhora a resistência, além de favorecer o crescimento e desenvolvimento muscular.

Você viu que benefícios da carne temos aos montes, e ao mesmo tempo, é muito simples de preparar.

Mas, há 10 benefícios de eliminar a carne nas refeições.

1. Auxilia no emagrecimento – Ganhar ou perder peso ocorre por vários motivos e de diversas formas. Podemos emagrecer perdendo gordura ou massa muscular, por exemplo. A obesidade, por sua vez, é uma doença multifatorial, logo, para o tratamento são necessárias abordagens multidisciplinares.

Foi observado em um estudo prospectivo que indivíduos que seguem uma dieta vegana, normalmente apresentam menor índice de massa corporal. Um estudo randomizado que comparou o efeito entre cinco tipos de dietas com carnes e sem carnes, verificou que a dieta vegana baseada em plantas foi a que apresentou maior eficácia na perda de peso em adultos com sobrepeso.

Seguir uma dieta vegana plant based equilibrada em nutrientes e rica em fibras pode aumentar a saciedade, diminuir a ingestão geral de calorias e, consequentemente, auxiliar na perda e manutenção do peso.

2. Aumenta o consumo de alimentos funcionais – Ao retirar a carne e aumentar o consumo de vegetais, legumes, frutas, feijões e grãos integrais, você aumentará a presença de vitaminas, minerais e fibras. Sabe o que estará consumindo junto? Os compostos bioativos! Eles são substâncias presentes principalmente nas plantas, que não se enquadram nas classificações de nutrientes essenciais, mas promovem muitos benefícios à saúde.

3. Melhora a microbiota intestinal – A microbiota intestinal é referente à população de microorganismos que vivem no intestino e exercem grandes influências em todo o organismo. Os cientistas estão desbravando cada vez mais os impactos que eles causam no nosso corpo, tanto os bons quanto os ruins e como melhorar a saúde através da microbiota.

A Carne Vermelha
                                                                                            Gosto não se discute. E a Saúde? (Img. Web – Pixabay)
Pesquisas da USP e UFMG comprovam os perigos.

Um estudo examinou a microbiota intestinal de veganos, vegetarianos e onívoros e descobriu que os veganos tinham níveis menores de microorganismos patogênicos e uma abundância de espécies protetoras. Essa relação dos microorganismos revela uma possível associação entre o alto consumo de fibras e a ausência da carne vermelha na melhora da microbiota intestinal.

4. Diminui fatores de risco para doenças cardiovasculares – De acordo com um estudo, o consumo de carne vermelha está associado a um maior risco de mortalidade causada por doenças cardiovasculares (DCV).

Logo, não consumir carnes e aumentar a ingestão de grãos integrais, vegetais, frutas, legumes e nozes está associado a um menor risco de DCVs. É importante lembrar que as DCVs são multifatoriais e que o estilo de vida e a predisposição hereditária também impactam o risco de desenvolvimento. Seguir uma dieta vegana aliada com estilo de vida saudável, praticando atividades físicas regulares e não consumindo bebidas alcoólicas e tabaco é a melhor maneira de promover saúde.

5. Redução do colesterol – As dietas à base de plantas e grãos integrais estão associadas à diminuição do colesterol total, LDL e HDL, mas não com a redução dos triglicerídeos. Um estudo analisou que a proteína de soja e as nozes foram capazes de reduzir o LDL entre 4 e 7% em indivíduos com ou sem hiperlipidemia. Esse efeito ocorreu por conta da maior presença de fibras e também pela estrutura da proteína vegetal, que é rica em arginina, um aminoácido que auxilia na redução do colesterol.

6. Contribui com a prevenção e controle da diabetes – O risco de desenvolver diabetes do tipo 2 está associado ao maior consumo de carne, principalmente vermelha e processada. Um estudo com mulheres observou que a incidência da diabetes aumentou 9%, consumindo mais 10 g de proteína animal na dieta. Em mulheres obesas, a associação foi maior, chegando a 19% por aumento de 10 g na ingestão de proteína animal.

Cuide-se

7. Redução do risco de câncer – Os vegetais e feijões são alimentos complexos formados por nutrientes, fibras e compostos bioativos que são capazes de auxiliar na prevenção do câncer. A Organização Mundial da Saúde classificou as carnes processadas como cancerígenas e a carne vermelha como provável cancerígena. Consumir 30 g de grãos integrais diariamente reduz o risco de câncer colorretal em 5%, aproximadamente. Já o risco de mortalidade por câncer foi 6% menor a cada 3 porções de grãos integrais diariamente.

Se for carne processada o perigo aumenta muito.

8. Interessante para a longevidade – Dietas baixas em carboidratos e com alto teor de proteína animal estão associadas a uma maior mortalidade no geral, tanto em homens quanto em mulheres. Em contrapartida, dietas baixas em carboidratos e com alto teor de proteínas vegetais foram associadas a menores taxas de mortalidade por todas as causas e doenças cardiovasculares.

9. Ganho de massa corporal magra e força Consumir as necessidades diárias de proteína é muito importante em todas as faixas etárias, mas normalmente os atletas que praticam treinamento de força ou resistência possuem uma maior preocupação. O efeito na alimentação com proteína hidrolisada do soro do leite, da soja e da caseína foram estudados para ver qual seria o desempenho para a síntese máxima de proteína muscular.

Logo após o exercício, o hidrolisado do soro do leite promoveu a síntese máxima de proteína. Contudo, a proteína da soja superou a síntese proteica em comparação a caseína. A comparação em relação a força também foi feita usando a proteína da soja e as proteínas animais. Entre elas não houve diferenças ou melhorias na força do supino, agachamento ou na composição de massa magra corporal.

Descubra também como a suplementação com creatina pode contribuir para o aumento da força e ganho muscular.

10. Dieta antioxidante e anti-inflamatória – Em uma revisão sistemática sobre os efeitos de uma dieta plant-based, todos os estudos apresentaram uma diminuição significativa no marcador bioquímico da proteína C reativa (PCR). O PCR é um marcador muito importante para avaliar o nível de inflamação do indivíduo. Ele é um indicador inflamatório associado à obesidade, síndrome metabólica, infecções, traumas, queimaduras, câncer e alergias.

Ponha mais verde na sua mesa

A dieta vegana rica em frutas, vegetais, grãos inteiros, leguminosas, nozes e sementes melhorou os fatores de risco à saúde e reduziu a inflamação de maneira mais eficiente que a prática de exercícios físicos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), carnes como de boi, porco, cordeiro e bode, possuem grandes quantidades de ferro heme, um nutriente essencial ao organismo, mas que, se consumido em excesso, pode ter efeito tóxico sobre as células.

Leia mais: *https://www.oceandrop.com.br/blog/beneficios-de-nao-comer-carne
*https://www.medicina.ufmg.br/consumo-excessivo-de-carne-vermelha-pode-ser-fator-de-risco-para-o-cancer-de-intestino/
*https://jornal.usp.br/atualidades/consumo-de-carne-e-suas-consequencias/

 

 

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Redação

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