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As Escolas e a Segurança nos Ambientes Virtuais

Escolas não estão preparadas para a segurança de dados do aluno no ambiente virtual. Uso de informações compartilhadas pelas ferramentas digitais utilizadas no ensino pode ser exposto e dar margem a iniciativas fraudulentas ou mesmo ocorrências de sequestro e outros crimes.

Redação

São Paulo, 14/05 de 2021.

1 Minuto

O acesso a notebooks, tablets e celulares utilizados pelas estudantes são a fonte pela qual os hackers podem ter acesso a dados sensíveis, como o nome completo, endereço e horários de frequência da criança na escola. Professores e a família, que compartilham a rede com os alunos, também estão expostos.

O acesso a essas informações compartilhadas pelas ferramentas digitais utilizadas no ensino pode dar margem a iniciativas fraudulentas ou mesmo ocorrências de sequestro e outros crimes.

O uso cada vez mais frequente da tecnologia na educação como forma de viabilizar as aulas virtuais tornou o ambiente escolar um potencial meio de superexposição de dados e da privacidade, particularmente dos alunos. O risco de essas informações sobre menores serem capturadas é grande. Será que as escolas estão preparadas para garantir essa segurança de dados?

Para o especialista Júlio Oliveira, head de tecnologia da Colaborativa, empresa especializada em transformação digital na educação, as instituições de ensino públicas e privadas estão muito distantes dessa condição. “A questão da segurança de dados dos alunos ainda está sendo tratada de forma muito superficial pelas escolas”, confirma Júlio.

A proteção de dados nas escolas é fundamental para a segurança dos alunos.
A proteção de dados nas escolas é fundamental para a segurança dos alunos. (Foto: Internet)

As práticas de Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, conhecida como LGPD é um caminho para as instituições.

Em vigor desde setembro do ano passado, LGPD estabelece os limites dessa exposição e as penalidades para as responsáveis pela guarda dessas informações – no caso, as escolas. Segundo a legislação, é preciso que as escolas tenham algum suporte técnico ou mesmo um profissional contratado para exercer o gerenciamento dessas informações e a observância da LGPD.

“A cultura da proteção de dados é um processo relativamente longo para ser incorporada, pode durar até dois anos para ser implantada. É por isso que existe uma preocupação com esse despreparo das escolas para lidar com o assunto”, explica Júlio.

Como solução, Júlio aponta para a necessidade de as escolas desenvolverem seus sistemas de armazenamento de dados, controles de acessos e protocolos de segurança.

Para os pais, Júlio dá a dica. “Façam três perguntas básicas à direção da escola do seu filho e observe as respostas: Quem acessa os dados dos alunos e professores? Onde esses dados são armazenados? Como é feito o controle de senhas de acesso?”

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ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP