O que são cidades inteligentes – precisamos delas.
Cinco maneiras pelas quais a tecnologia está transformando nossas cidades.
São Paulo, 9/08 de 2020.
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Sua casa é inteligente? Há 10 ou até cinco anos atrás essa pergunta não teria muito sentido. Mas, nossas casas agora são abastecidas com dispositivos inteligentes, como termostatos inteligentes, alto-falantes inteligentes e lâmpadas inteligentes.
A tendência por espaços inteligentes vai muito além de nossas casas. Em todo o mundo, cidades inteiras também estão se tornando inteligentes.
Cidade inteligente é aquela que impulsiona a tecnologia para aumentar a eficiência e melhorar a qualidade dos serviços que uma casa oferece aos seus residentes, facilitando a sua vida.
As iniciativas de cidades inteligentes podem abranger qualquer coisa, desde distribuição de energia, sistemas de transporte, iluminação pública e até mesmo coleta de lixo. A ideia é usar dados e tecnologia para facilitar e melhorar o dia a dia das pessoas que moram e trabalham na cidade, maximizando o uso de recursos.
Cada vez mais pessoas vivem em cidades – a ONU prevê que 68% da população mundial viverá em áreas urbanas até 2050. E isso significa que nossas cidades estão enfrentando crescentes desafios ambientais, sociais e econômicos.
Ao tornar as cidades mais inteligentes, podemos superar alguns desses desafios e torná-las lugares melhores para se viver. O McKinsey Global Institute publicou o relatório de uma pesquisa demonstrando que a tecnologia da cidade inteligente pode melhorar os indicadores-chave de qualidade de vida como deslocamento diário, problemas de saúde ou incidentes de crime – em 10 a 30 por cento.
Graças a uma “tempestade perfeita” de tendências tecnológicas (criação de espaços nos quais humanos e tecnologia interagem de forma mais conectada, inteligente e automatizada.) Pense em inteligência artificial (IA), big data, Internet das coisas (IoT) e veículos autônomos. Combinados, tais avanços mudarão o mundo e a forma como vivemos nele. Nossas cidades não serão exceções.
Como a tecnologia está mudando as cidades
Alguns exemplos, bem básicos, de cidades que estão ficando mais inteligentes:
1 –Manter o tráfego fluindo
O trânsito é a ruína da vida de muitos moradores da cidade, mas a tecnologia promete e oferece algumas soluções. Por exemplo, as rotas de transporte público podem ser ajustadas em tempo real. De acordo com a demanda e sistemas de semáforos inteligentes podem ser usados para melhorar o congestionamento. Na cidade chinesa de Hangzhou, um smart “City Brain” baseado em IA ajudou a reduzir os congestionamentos em 15 por cento.
2 –Usando os recursos da cidade com mais eficiência
A empresa de telefonia móvel e banda larga Telefonica (que atua no Brasil desde a década dos anos 1990) tem investido pesadamente em tecnologia de cidades inteligentes em seu país natal, a Espanha.
Lá, sensores são acoplados a recipientes de lixo para relatar, em tempo real, o quão cheio eles estão – o que significa que os coletores de lixo não precisam perder tempo viajando para lixeiras que estão apenas meio cheias.
Isso também significa que os KPIs podem estar mais intimamente ligados ao impacto final, como quantas caixas estão prestes a transbordar e não serão esvaziadas nas próximas horas. Isso é muito mais significativo do que medir fatores abstratos, como quantos caminhões de coleta de lixo estão na estrada.
3 –Melhorar a eficiência energética
Além de investir em fontes de energia limpa, as cidades inteligentes também usam tecnologia para ajudar a monitorar de perto o uso de energia em tempo real e reduzir o desperdício. Por exemplo, em Amsterdã (na Holanda), as casas estão recebendo medidores de energia inteligentes projetados para incentivar a redução do consumo, e a cidade de Schenectady, em Nova York, está atualizando suas luzes de rua para a tecnologia LED, que permite que as luzes sejam ajustadas ou diminuídas com base em dados em tempo real.
4 –Tornando as cidades mais seguras
Tanto quanto a iluminação pública, a vasta difusão de conectividade Wi-Fi, tecnologias IoT e câmeras CCTV, nas cidades pode-se aproveitar a tecnologia para melhorar a segurança dos residentes e aumentar os tempos de resposta a incidentes.
Em Nova Orleans, por exemplo, os dados de vídeo em tempo real da Bourbon Street são analisados para rastrear e alocar melhor os recursos em campo e melhorar a segurança pública.
Incentivar uma maior colaboração com os cidadãos
Uma das coisas realmente interessantes sobre a tecnologia de cidade inteligente é que os residentes se sentem compelidos a se envolverem mais. Exemplos comuns incluem aplicativos que permitem aos cidadãos relatar, às autoridades e prestadores de serviços com poder de resolução, a cobrança de problemas locais com mais facilidade ou plataformas de rede de comunidades que permitem aos vizinhos conexão e compartilhamento de recursos.
Em outro exemplo, um kit de teste ambiental de baixo custo está encorajando os residentes a coletar dados ambientais locais. O Smart Citizen Kit pode ser colocado em locais como varandas e parapeitos de janelas para coletar dados sobre o ambiente local, incluindo poluição do ar e ruído. Os dados são transmitidos para uma plataforma online, criando efetivamente um mapa de crowdsourcing de dados de todo o mundo.
Bernard Marr para a revista Forbes
