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A Guerra do Ódio

Há uma escandalosa e criminosa propaganda sendo repetida e implantada nas mentes das pessoas a favor de guerra, ódio e limpeza étnica com propósitos exclusivamente, de início, eleitoreiros. Quem contabiliza os “efeitos colaterais”?

Redação

São Paulo, 28/01/2024

2,8 Minutos.

Nem é preciso ser muito inteligente ou ter uma certificação de Relações Internacionais ou Ciência Política, para perceber o jogo geopolítico (interno e externo) que países de grande porte, ricos e desenvolvidos, praticam ao disputar hegemonia territorial e econômica no planeta.

Vamos ficar com os protagonistas EUA, China, Rússia, e seus satélites em órbita circular. Inglaterra, França e Alemanha, o norte europeu, branco ocidental e possivelmente Japão, Coreias, Vietnam, Índia que podem mudar de lado dependendo, circunstancialmente, de resultados pragmáticos resultantes de conflitos e interesses.

A terra é plana no papel e na cabeça oca de estrategistas atrelados a um modo religioso de entender a existência humana no planeta. O Leste, onde “nasce” o Sol vem em direção ao Oeste, onde ele se põe. É milenar o ciclo de expansão dos povos que coabitam a grande Eurásia.

A História recente (há mais de 800 anos) nos fala de Gengis Khan, de suas lutas para unificar toda a região sob seu tacão mongol e de sua tentativa de esticar-se até a Europa no império romano já fragmentado e faminto, sob o feudalismo.

A China não queria. As experiências históricas anteriores de seus diplomatas e viajantes pelo Oriente Médio, Índia e Pérsia (o que incluiu contatos com gregos e macedônios), não foram das mais agradáveis. Fechada em seu centro imperial dourado sabiam das possibilidades de guerras, mas não tinham intenções de serem atacantes. Preferiam o silêncio e a meditação. Foram dominados.

O grande negócio

Mas, tudo muda. O movimento de várias  etnias, tribos ou culturas, que depois tornaram-se territórios-estados, nações, repúblicas, países (esta ordem importa?) forçaram mudanças e reacomodações durante os diversos ciclos geradores de contradições, forçadas interna e externamente em cada qual.

A falta de tecnologia e o atraso de uns, a qualidade das terras de outros, os recursos exploráveis e as necessidades constantes obrigaram os povos a se moverem em diversas direções e, com isso, provocaram o contato, cada vez mais intenso, uns com os outros. A ideia da miscigenação ganhou tanta força quanto a de pureza de raça. Uma porta aberta para que religiões e credos políticos, ganância, inveja, ódio e outras derivações intestinais se organizassem em torno de ‘inteligência’ e preconceitos.

A moderna ciência genética mostra que não há pureza de raças atualmente. O mais branco dos noruegueses tem um traço hindu, que tem um traço africano, com resquícios persas, e dali vieram os espanhóis, os portugueses, os italianos. Os sapiens tem muito de neanderthal

E todos tem o que vender e o que comprar!

Vendendo a guerra do ódio

Com o globo girando as cabeças ficaram tontas. Fenômenos naturais expulsaram milhões de humanos, sapiens ou não em todas as direções e o choque dos encontros não se deu inicial e necessariamente por diplomacia ou boas intenções. Antes do comércio, das trocas vieram as guerras, o estranhamento, e o fruto da ignorância espalhou sementes ao vento por diversos lados.

Filósofos, pensadores, estudiosos, homens santos se esforçaram muito para provar que a paz era possível. De outra parte generais, militares, ‘empresários’ e políticos de ego pesado e complexo reptiliano avantajado insistem em suas trajetórias de destruição, dominação e conquista a qualquer custo. 

A Guerra do Ódio
Trump sabe que a China é a nova economia mundial. E pretende reverter esta ascensão.  (Img. Web)

O que se conhece hoje por estratégias de guerra é uma deformação do uso da inteligência que afirma ser a melhor defesa o ataque. Primeiro atira, depois pergunta!

Considerar a morte de milhões de pessoas inocentes é a norma de conduta qualificada como efeito colateral e parece satisfazer uma minoria sanguinária e ensandecida pelo cheiro da pólvora e da carne queimada. Adoradores do fogo e dos lucros imediatos.

No bojo do capitalismo

Chegando ao século XXI, pleno de tecnologia e inteligência artificial, guerras tecnológicas e formas de dominação não convencionais, observamos os jogos de dominação e busca pelo poder espalhados entre empresas, governos, partidos, religiões, condomínios. Aquela tradição das feiras, organizadas por setores e utilidades, cada um gritando e fazendo exercícios retóricos nas ruas, para enaltecer suas mercadorias e serviços, se esvaiu e ficou no passado. A competição é plantada, adubada e colhida na cultura sistêmica.

Vemos em casos e fatos recentes, a iminência de uma arrogante propaganda nazifascista tomar conta das mentes através de redes sociais, organizada por sociopsicopatas loucos por poder, com enorme capacidade de disseminação – o vírus da linguagem – e, curiosamente, sempre com centro fixo em dois pontos: EUA e Rússia (e China e países árabes muçulmanos), e como no início desse texto, em torno desse eixo giram,  alimentam e expendem-se o movimento nos países satélites.

Talvez, apenas talvez, para acalmar esta fúria, seja melhor mesmo que estes países entrem em um processo socioantropofágico interno, devorem-se a si mesmos e só depois percebam o quanto estão no caminho errado. Só os fracos percebem e fazem autocrítica suficiente para recobrar a força. A testosterona está na carne que consomem.

O que ajuda na compreensão

Literatura de apoio – Livros e vídeos
A história da riqueza do homem – Leo Huberman

A Era das Revoluções – Eric Hobsbawm

*A Era da Incerteza- John Kenneth Galbraith – Livro e vídeos

*Vídeo1 (https://www.youtube.com/watch?v=6Ou4nN3LiIQ)
*Vídeo 2 (https://www.youtube.com/watch?v=AfFKlwtc9AA)
*Vídeo 3 (https://www.youtube.com/watch?v=8_zeAyiXxv4)
*Vídeo 4 (https://www.youtube.com/watch?v=8VeZzwTNQEc)
*Vídeo 5 (https://www.youtube.com/watch?v=yyzdvgDfmRo)
*Vídeo 6 (https://www.youtube.com/watch?v=FSHoMMQizxE)
* Vídeo 7 (https://www.youtube.com/watch?v=deNxDl7yg2s)
*Video 8 (https://www.youtube.com/watch?v=C0pB0jWChfI)
*Vídeo 9 (https://www.youtube.com/watch?v=u9wSGoEr53s)
*Vídeo 10 (https://www.youtube.com/watch?v=WYRO1DTj6aE)
* Vídeo 11 (https://www.youtube.com/watch?v=SzS7NonEKXA)
* Vídeo 12 (https://www.youtube.com/watch?v=zY-I3kcu01Q)

Sapiens – Yuval Noah Harari

 

 

 

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP