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Mulheres na Computação I

Por que as mulheres “desapareceram” dos cursos de computação? Na década de 1970, cerca de 70% dos alunos do curso de Ciências da Computação, no IME, eram mulheres; hoje, 15%. Vamos entrar um pouquinho neste universo das Mulheres da Computação I.

Jornal da USP

São Paulo, 21/02 de 2021

1 Minuto

Primeira turma de alunas do curso de Bacharelado em Ciências da Computação do IME, em 1974 – Foto: montagem sobre reprodução de
(foto – Inês Homem de Melo)

Inicialmente, a imagem acima pode parecer simples fotografia antiga de colegas em qualquer curso da USP. Mas ela deixa de ser comum ao descobrir que se trata da primeira turma do Bacharelado em Ciências da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME), em São Paulo. A informação pode causar espanto nos dias de hoje, em que a área de tecnologia é ocupada, majoritariamente, por homens.

No entanto, essa não era a realidade em 1974, quando a turma se formou. Antes de nomes como Alan Turing, Steve Jobs e Bill Gates, a computação era uma área ocupada por mulheres, sendo elas as criadoras de diversas tecnologias e linguagens de programação. Mas, então, o que aconteceu? Para onde foram essas mulheres?

Elas já estavam lá

A primeira turma de Ciências da Computação do IME contava com 20 alunos, sendo 14 mulheres e 6 homens. Ou seja, 70% da turma era composta de mulheres. Já a turma de 2016 contava com 41 alunos, sendo apenas 6 meninas, ou seja, 15%.

A baixa presença feminina também se verifica em cursos de outra unidade da USP. Nos últimos cinco anos, apenas 9% dos alunos formados no curso de Ciências de Computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos eram mulheres; no Bacharelado em Sistemas de Informação, foram 10% e em Engenharia de Computação, 6%.

Intrigante, não? Quais os motivos, quais as razões para esta diminuição drástica da representatividade feminina em cursos de Computação e Ciências Exatas. É quase óbvio que a implantação de uma ditadura militar machista, chauvinista e violenta, anticiência, negacionista e extremamente preconceituosa foi uma das principais razões que levaram a este declínio participativo. Claro que outros motivos concorreram…

Quer saber mais sobre Mulheres na Computação? Leia no site do Jornal da USP.

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Redação

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