Alta de preços mundial dos alimentos incomoda diversos países, e vai muito além das crises deflagradas pela guerra da Ucrânia (OTAN) x Rússia
Redação
São Paulo, 90/03/2024
2,8 Minutos.
Quem disse que nós temos de ser a fazenda-celeiro do resto do mundo? Não que não seja uma boa opção, desde que bem organizada, mas ela deveria ser exclusivamente (existe esta possibilidade?) nossa. Não à imposição – subreptícia ou subliminar – como a que querem nos empurrar goela abaixo a CE, o FMI, a OCDE, BM, USA e OPEP, todos interessados em seus próprios calcanhares. Nós temos os nossos!
Pelo que eu saiba estamos livres da constrição portuguesa, portanto europeia, desde 1882. Ou não? Haja dúvidas! Ok, temos as dívidas e as relações econômicas e comerciais que nos travam certos movimentos, mas há uma OMC para isso (meio sem força, digamos, mas ela existe!)
Há órgãos regulatórios que nem sempre seguem a linha da justiça, sabe-se bem, e obedecem às injunções e os meandros impostos pelas moedas fortes. Contudo, é sempre possível uma pressão e, no limite, levar e elevar o patamar das discussões para fóruns outros capazes de repercutir o assunto e ampliar as perspectivas, consequentemente.
Que repensem os senhores (as cobras) do clube de Parise do Palazzo Mezzanotte di Milano, a NASDAQ e outras bolsas se nossos negócios andam perturbando seu faturamento diário com petróleo, armas, alimentos industrializados, chips e integradores de comunicação, robótica e microeletrônica, etc! Autonomia é isso! Nós a escolhemos enquanto país, democracia e república, sempre abaladas por golpistas e retrógrados oportunistas, agora temos de enfrentar os percalços da liberdade (ou a falta dela) para correr entre os grandes. Acelera Brasil!
A hora de pagar aos explorados
Por que ninguém faz investimentos na África, por exemplo (como o Brasil fez – EMBRAPA) para ampliar a oferta de alimentos e ajudar a desenvolver aqueles povos? Entendem o sentido da lusofonia? Em vez disso foram os europeus que os empurraram mais para baixo na linha perceptível da miséria em que quase já viviam.
Primeira e segunda guerras não foram exercícios de partilha do continentes “negro”? Miséria tida e vista aqui como um dado econômico-social e estatístico dentro de modelos bem acabados patrocinados pelo Ocidente branco e rico da Europa.
Como é que eu defino a minha liberdade de crescer? Ou quem a define? Você? Pode-se fazer combustível de qualquer coisa – tudo o que é alimento é combustível – O2 é combustível (mas os países ricos do Norte desenvolvido estão acabando com ele também). Pode-se usar capim, chocolate, lixo, mamona, coquinho catolé, quase toda a biomassa existente (in natura ou já manipulada). A ciência brasileira já deu mostra inconteste disso!
O problema é que as poderosas montadoras mundiais de automóveis, o império dos transporte sobre rodas, pra ficar apenas no primeiro andar da questão, não quer, pois isso o obrigaria a repensar e a recriar pela engenharia seus modelos de motores à combustão. Estão ligados ao petróleo (corre-lhe as veias), são pai e mãe de muitas guerras. Suaram a camisa para adaptá-la ao etanol (ou álcool combustível vegetal – que nos coube desenvolver e conseguimos mostrar o valor). O que lhes falta então, inteligência, vontade ou competência? Ou nada disso ou tudo isso.
Estamos no momento ideal da revolução (ou evolução) mundial. A partir do aprendizado e do uso de todas as fontes alternativas de combustíveis que não degredem mais a natureza. Não mais do que já o fizemos, (uma autocrítica sempre vai bem!) Aliás, quem foi que disse que o modelito de desenvolvimento preconizado pelas indústrias sobreviventes e renascidas há décadas no pós-guerra é o ideal, o melhor e certo, para o planeta? Só existe este? The american way of life acabou nisso? Pobreza! Fiasco!
Eis aí, no cadinho de natureza que nos resta, a resposta concreta!
O Brasil deve continuar, preservar e investir na sua política de Biocombustíveis (bioetanol) e deveria ampliá-la, com mais pesquisa, mais incentivos em diversas áreas, revelando não apenas a sua capacidade criativa, mas aproveitando para reproduzir em novas cadeias produtivas grandes espaços de assimilação dos enormes contingentes de mão-de-obra.
Ciência, inovação e tecnologia
Estas não são privilégios exclusivos dos grandes capitalistas do Norte, Ocidente ou Oriente. Uma aposta de 10 anos de investimentos em Educação nestas áreas nos daria uma dianteira bastante aceitável. Com respeito e justiça para todos!
Portanto, diminuindo, inclusive, a crise de desemprego que tanto nos incomoda. Eis o momento, passando de novo! Mas seria de bom tom que o Estado (a questão é de Estado) e não apenas os governos (tivemos uns recentemente que só nos trouxeram prejuízos) definissem as áreas e espaços territoriais propícios para o plantio de alimentos e biomassa/combustível e garanti-los sem sobressaltos para todos. Um passo na direção de uma verdadeira reforma agrária. Os governos da França que se virem com seus agricultores, os capitalistas ingleses e norte-americanos que aprendam as lições. São só negócios, certo?!
Deste modo mantemos nossas exportações em alta competitividade e atendemos às demandas internas. Planejamento e respeito aos biomas remanescentes nunca fez mal a ninguém. Dinheiro não nos falta. Falta planejamento. E vontade política. O 3º mandato da gestão Lula tem nos mostrado isto, e indústria do Turismo, entre outras que o diga!
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