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Circular dos Alimentos – São Paulo

Economia circular dos alimentos em São Paulo Atores do setor de alimentos contribuem para cultivar alimentos local e regenerativamente, aproveitar os ingredientes ao máximo e retornar os coprodutos ao solo.

Redação

São Paulo, 21/12/2022.

3 Minutos.

Agricultores familiares da zona rural sul de São Paulo cultivam alimentos saudáveis para os consumidores, para o meio ambiente e para si mesmos. Um chef no agitado centro urbano monta seu cardápio com base nos alimentos frescos que são disponibilizados pelos agricultores a cada semana.

E outro vende refeições orgânicas acessíveis preparadas por mulheres empreendedoras em comunidades da cidade. Estas são apenas algumas faces de uma transformação de economia circular que está remodelando o sistema de alimentos em São Paulo.

Um redesenho da economia circular dos alimentos em São Paulo representa uma oportunidade de US$ 140 milhões com o potencial de reduzir as emissões de CO2 e aumentar a biodiversidade local. Navegando entre seus territórios rurais e urbanos, o documentário Economia Circular dos Alimentos em São Paulo mostra como diferentes atores da cidade estão trabalhando juntos para concretizar essa oportunidade, na construção de um sistema alimentar mais regenerativo, distributivo e inclusivo.

São Paulo tornou-se recentemente a primeira cidade a aderir à rede da Fundação, como parceira estratégia e continuará a aplicar a economia circular como um modelo para soluções sistêmicas e de transformação a fim de resolver desafios prioritários, incluindo desenvolvimento econômico e mudanças climáticas.

Quer saber mais sobre a atividade de economia circular na América Latina? Explore nossa nova playlist do Youtube.

Circular dos Alimentos - São Paulo
Ciclo da produção de alimentos e cuidados. (Img Web)

 

Não é novidade, mas é da maior importância poder lembrar

O grande redesenho de alimentos – novo estudo lançado pela Fundação EM

As marcas de alimentos e os supermercados têm o poder de fazer com que os alimentos que são positivos para a natureza sejam a norma geral. O último estudo da Fundação, O grande redesenho de alimentos: regenerando a natureza com a economia circular, explica como isso pode acontecer.

Tudo o que chega até você é projetado. Desde o seu delivery favorito, o tipo de leguminosa que você compra até no supermercado. As empresas fazem escolhas sobre o que comemos, sua aparência, sabor e a qualidade destes  alimentos. O quanto são bons para nós e para a natureza.

Em toda a Europa e no Reino Unido, as 10 principais empresas de bens de consumo de alto giro (FMCGs, na sigla em inglês) e varejistas influenciam cerca de 40% da terra agrícola. O grande redesenho de alimentos mostra como eles podem, ao repensar os ingredientes usados ​​e como eles são produzidos. ISso inclui as escolhas que são melhores para os clientes, para os agricultores, e para o clima – ao mesmo tempo em que evitam 70% da perda de biodiversidade associada ao setor de alimentos (em comparação com o cenário habitual).

Demonstrar as oportunidades para as empresas irem além de um melhor fornecimento (isto é, provar os mesmos ingredientes cultivados com práticas regenerativas) com design circular para alimentos e redesenhar seus portfólios de produtos. Nosso estudo explora uma combinação de quatro oportunidades de design onde estas empresas podem e devem agir:

Componentes diversos – Utilização de uma maior diversidade de variedades e espécies animais e vegetais como ingredientes.

Ingredientes de menor impacto – Substituições simples que protegem os impactos ambientais, mesmo quando produzidos de forma convencional.

Reciclar ingredientes (ou upcycled ) – Transformando coprodutos de alimentos não comestíveis em novos ingredientes.

Forma regenerativa de produção – Produzindo alimentos de maneiras que geraram resultados positivos para a natureza.

Um novo design

Esses métodos também podem ser aplicados na forma de ingredientes diversos, de menor impacto, e ao serem reciclados tornam-se cultiváveis. Atualmente, a indústria de alimentos é responsável por um terço das emissões globais de gases de efeito estufa e mais de 50% da pressão induzida pelo homem sobre a biodiversidade; mas em vez de pressionar a natureza para produzir alimentos, os alimentos podem ser projetados para que a natureza prospere.

A transição para o design circular de alimentos começou. Por exemplo, a Guima Café, do Brasil, e está colaborando com a Nespresso e a ReNature para a transição para a produção regenerativa. A Danone estabeleceu contratos de longo prazo com produtos de leite, ajudando a aliviar a volatilidade do mercado a curto prazo, permitindo-lhes assim adotar práticas que podem apoiar resultados regenerativos. E a WWF e a Knorr lançaram um livro de culinária com 50 alimentos do futuro.

Leia o resumo executivo em português para conhecer a fundo essa visão.

O relatório completo está disponível aqui

 Fundação Ellen MacArthur – Educação e Treinamento, Negócios e Governo, Insight e Análise, Iniciativas Sistêmicas e Comunicações para acelerar a transição para uma economia circular.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP