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PESQUISA JUVENTUDE: PANDEMIA DO CORONAVÍRUS

A pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus idealizada pelo Conselho Nacional de Juventude, foi conduzida junto a 33.688 jovens, na faixa etária de 15 a 29 anos, de todos os estados do país e do Distrito Federal.

(PROSPED)

São Paulo, 22/08 de 2020.

2 Minutos

Por meio de uma grande mobilização liderada por jovens e instituições parceiras, foi possível alcançar um número expressivo de respostas com grande diversidade e riqueza de dados.

A propagação da COVID-19 tem imposto ao mundo desafios sem precedentes nas áreas de saúde, educação, trabalho e renda. Organismos internacionais do Sistema das Nações Unidas como OMS, UNESCO e OIT alertam sobre consequências severas para os grupos mais vulneráveis, dentre estes os jovens.

Tais consequências perpassam condições de saúde física e mental, riscos relacionados à evasão escolar, perda de trabalho e renda.

Diante dos efeitos da pandemia, com destaque para a população jovem no Brasil, que soma 47,2 milhões (23% da população brasileira), torna-se fundamental instituir um processo pensado e articulado com as juventudes, que seja capaz de capturar a percepção de jovens de diferentes regiões, sobre a pandemia e seus efeitos.

Considerando-se esse cenário, a pesquisa coloca as seguintes perguntas norteadoras:

  1. Quais são os efeitos da pandemia do novo coronavírus para os jovens brasileiros?
  2. Como a pandemia afetou seus hábitos, sua relação com a educação e com o trabalho, sua situação econômica e sua condição de saúde?
  3. De que forma a crise provocada pela COVID-19 influencia suas perspectivas para o futuro?
E são traçados como objetivos:
  • Produzir evidências para pautar e influenciar o debate público e a ação de tomadores de decisão, públicos e privados na construção de políticas e programas voltados para as juventudes;
  • Levantar as percepções sobre a pandemia de jovens de diferentes regiões, suas vivências e realidades sociais, seu contexto, assim como os efeitos em suas vidas e na sociedade;
  • Instituir um processo pensado e articulado com as juventudes e criar mecanismos para ampliar a voz dos jovens e seus anseios.

A pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus lançou mão da metodologia PerguntAção, desenvolvida pela Rede Conhecimento Social.

O método envolve o público pesquisado em todas as etapas do processo: a reflexão a respeito do tema, a concepção do questionário, a mobilização para a coleta de respostas e a análise dos resultados.

A proposta da metodologia é a de fortalecer a articulação de grupos para a investigação de temas de interesse, promovendo ações que transformem seu contexto, por meio de uma produção coletiva de conhecimento.

O questionário reuniu 48 perguntas distribuídas em sete blocos temáticos: Informação; Hábitos; Educação e aprendizagem; Economia, emprego e renda; Saúde e bem-estar; Contexto e expectativas; Perfil socioeconômico.

A síntese dos aprendizados
As principais achados da pesquisa – é apresentada a seguir:
  • Jovens que participaram da pesquisa indicam que a pandemia tem afetado diferentes aspectos de suas vidas, como o condicionamento físico, a qualidade do sono, a disponibilidade de recursos financeiros, os relacionamentos em casa e, principalmente, a saúde emocional.

  • A maior parte desses jovens revela que o maior temor nesse momento é perder familiares e amigos, ser infectado ou infectar alguém. E o tipo de informação que jovens sentem que precisariam de maior aprofundamento é justamente sobre locais e procedimentos para atendimento e tratamento, em caso de infecção pelo Covid-19.

  • O estresse provocado pela pandemia acarreta um conjunto de barreiras para o ensino remoto, como dificuldades para lidar com as emoções e para organizar os estudos. Além disso, leva 28% dos jovens a pensarem em não voltar para a escola. Entre os que farão ou pensam em fazer o Enem, a possibilidade de desistência chega a 49%.

  • O âmbito econômico também causa preocupação para jovens respondentes, sendo que mais da metade deles aponta mudanças em sua carga de trabalho e menciona estar cadastrado para receber a renda emergencial.

Mais de 4 a cada 10 indicam ter perdido renda pessoal e/ou familiar e boa parte menciona ter buscado formas para complementar a renda.

  • Embora 34% dos jovens ouvidos estejam pessimistas em relação ao futuro, eles também têm algumas perspectivas positivas em relação à maneira como a sociedade vai se organizar a partir desta crise.

Quando pensam no futuro pós-pandemia, cerca de metade deles considera que a sociedade em geral vai valorizar mais os educadores, que a ciência e a pesquisa receberão mais investimentos e que as relações humanas e a solidariedade também serão mais valorizadas.

  • Ações relacionadas a ciência e saúde, como acesso a testes e descoberta da vacina, já são reconhecidas e se configuram para quase a totalidade de jovens como as principais soluções para que jovens se sintam mais otimistas em relação ao futuro.

Para acessar o site da pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, clique aqui

Para acessar o relatório completo da pesquisa, clique aqui

Fonte: Pesquisa Juventude e a Pandemia do Coronavírus, lançada pelo Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), em parceria com Fundação Roberto Marinho, Rede Conhecimento Social, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Em Movimento, Visão Mundial, Mapa Educação e Porvir.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP