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Layers Education o Futuro da Educação?

As pessoas deveriam ter o direito de escolher entre ficar dentro ou fora da bolha digital – ou, pelo menos, ao ter acesso e poder usufruir dela, poder optar por não se submeter por completo às exigências de aprendizados que o mercado, a indústria, os financistas, e portanto, a política apostam e impõem. (Melvor Groë)

Berlitz

São Paulo, 06/03 de 2021.

2 Minutos

O crescimento das EdTechs (Startups de Educação) no mercado tem se consolidado passo a passo, principalmente nos últimos anos, com expressivo impulsionamento durante 2020, após o surgimento do novo coronavírus e as imposições da pandemia do Covid-19, como a interrupção das aulas presenciais, o isolamento social e as altas demandas com ensino online para professores e alunos, escolas e instituições de ensino, pais e sociedade. Tudo isso obrigou a apressar o passo, acelerar a inovação, readequar e ampliar os serviços das Edtechs.

Segundo o Distrito EdTech Report, publicado em dezembro 2020, das 559 EdTechs brasileiras, 22,4% são focadas em ensinos específicos, 22,2% em novas formas de ensino, 20% em plataformas para a educação, 17,5% em ferramentas para instituições, 11,1% em foco no estudante, 4,1% em conteúdo educativo e 2,7% em financiamento do ensino. 

Para o fundador e CEO da, poucos segmentos cresceram tanto nos últimos anos como o das EdTechs, inclusive no Brasil. “O mercado global das Edtechs foi de US$ 186 bilhões em 2019 e pode alcançar US$ 368 bilhões em 2025, mesmo sob os impactos do novo coronavírus. Por isso, a projeção de crescimento para 2021 é muito mais promissora do que imaginávamos”.

Pensar e repensar

No jargão do ecossistema das Startups, pivotar, do inglês to pivot, significa mudar os rumos do negócio. Para as Edtechs, que atendem um segmento delicado, humano e dinâmico, a similaridade é com o aprender e reaprender.

A própria Layers Education, fundada por Danilo Yoneshige e Ivan Seidel, pensou e repensou seu modelo de negócio para atender às novas demandas de escolas e instituições de ensino, visando otimizar as relações entre educadores, gestores, mantenedores, professores, alunos e pais.

Preparada ela não foi surpreendida com a nova dinâmica e necessidades impostas ao segmento educacional já no início do ano letivo de 2020. “A inserção e evolução do uso da tecnologia na educação, seja para o departamento administrativo, seja para professores e alunos em sala de aula, era mais que previsível, era uma urgência. Mesmo escolas particulares com boa estrutura se viram obrigadas a implementar outros serviços essenciais para toda a comunidade escolar”, explica o CEO.

Escolas conectadas e layers de educação anunciam um futuro
(Unsplash)

Combo

Ao contrário da multisegmentação, com diversas plataformas, aplicativos, sistemas, acesso à internet e à intranet, por exemplo, a empresa trilhou por um novo caminho ao agrupar produtos e serviços em um só lugar. A ideia dos sócios foi integrar várias ferramentas em um único ambiente, tornando-a em um app educacional, capaz de unificar todas as soluções da escola em um único ambiente, com um único login, uma única senha, com todas as plataformas na palma da mão.

Além das soluções de integração, ela entrega os chamados APPs by Layers: Agenda Digital, Comunicados, Help Desk Escolar e E-commerce/Market Place Educacional, com possibilidade de venda de produtos e serviços da própria escola ou de fornecedores externos, tornando única a experiência para gestores, administradores, alunos, corpo discente e docente e familiares.

A proposta do Market Place é centralizar na Layers Store um ambiente de escalabilidade tanto de produtos como de soluções digitais para educação. Com isso, o seu objetivo de crescimento não é isolado, mas em conjunto com outras Edtechs parceiras.

“O mercado educacional possui um ambiente tecnológico descentralizado, sem integrações, dificultando a experiência do usuário. A nossa proposta é organizar essas relações entregando um Super App, onde as funcionalidades iniciam com a normalização dos dados, gestão da comunicação, vendas e integrações com soluções dos demais fornecedores” que consumem os dados estruturados, reduzindo custos de implantação e de desenvolvimento, tanto das instituições de ensino quanto das Edtechs”, explica Yoneshige, que complementa que o mais complexo foi compreender alguns gargalos que ainda persistem no segmento educacional brasileiro, e também em muitas EdTechs.

Entre esses gargalos está a dificuldade em olhar a experiência do usuário de forma mais ampla, para as chamadas ‘pontas do tripé’: aluno x família x professor/gestor. No caso do aplicativo desenvolvido pela Layers Education, as ferramentas gerenciam todas as plataformas de educação com comodidade às famílias (na compra de materiais didáticos, uniformes, cursos, sem sair de casa, por exemplo), aos professores e gestores (informações, dados, estatísticas, BI unificados) e aos alunos (recursos, provas, tarefas, plataformas, conteúdos disponibilizados pela escola/professor).

“O mundo inteiro mudou a chave. A educação não será diferente. A adoção do ensino híbrido é apenas o equilíbrio entre o presencial e o online, mas a tendência da aprendizagem constante, em qualquer lugar e a qualquer hora, se dará também por meio digital”, aponta Yoneshige.

Seguindo as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Layers Education garante que a escola faça a gestão do compartilhamento dos dados via single sign-on, seguindo as duas premissas que respaldam a instituição dentro da própria LGPD, que são: legítimo interesse ou consentimento dos responsáveis, o que proporciona maior segurança e confiabilidade, adequação à LGPD e transparência para todos os usuários.

Com o desenvolvimento do Super App, a Layers Education se reposicionou no mercado e já conquista novos clientes, como a Faber-Castell, o Grupo Marista e o Zoom Education. A base de alunos na plataforma passou de 90 mil, em 2020, para 350 mil já a partir de janeiro de 2021 – crescimento de 388%. Para 2022, a previsão é crescer mais 150% e, para 2023, estimativa de 160% de crescimento.

Recentemente, a Faber-Castell anunciou uma área inédita de Corporate Venture Capital no Brasil para apoiar e investir em startups que desenvolvam soluções para o setor de educação. A ideia nasceu após a empresa identificar resultados bem-sucedidos de um aporte feito em 2020 no aplicativo da Layers Education.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP