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Analfabetismo Cresce no Brasil

Motivo do aumento é a ausência de políticas públicas na educação; especialistas descrevem desafios e como reverter quadro.
Abandono e corrupção também fazem parte do sistema.

Redação

São Paulo, 20/09/2022.

1 Minuto.

Um estudo divulgado pelo programa Todos pela Educação, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mostra que 41% das crianças de 6 e 7 anos não sabem ler e escrever.  Até aqui esse é o maior índice de analfabetismo registrado no país desde 2012. De acordo com o site, cerca de 2,4 milhões de crianças brasileiras não foram alfabetizadas nesta faixa etária – o que equivale a 40,8% do total de brasileiros com a mesma idade.

Os dados apresentados apontam que o motivo do aumento é a ausência de políticas públicas após a pandemia da covid-19. Outro ponto importante são as famílias, que muitas vezes não possuem recursos – ou preparo cultural – para adquirir livros para os jovens.

A partir disso, a diretora pedagógica da Casa do Zezinho, Ana Beatriz F. Nogueira, diz que para intervir neste cenário, é preciso constituir políticas públicas fortalecidas pelos fundamentos de uma educação sensível aos diferentes contextos, promovendo o desenvolvimento humano e local. “Já há uma grande reformulação no sistema educacional acontecendo, embora os desafios ainda sejam inúmeros, principalmente no período pós-pandêmico”. E reitera: “Temos como premissa a responsabilidade de valorizar os profissionais da educação em todos os sentidos”.

Analfabetismo Cresce no Brasil
Um caminho, um modelo. Um futuro. (Img. Web)
Projetos sociais buscam mudar o ecossistema

Apesar dos números alarmantes, no Brasil existem projetos que buscam aliviar o cenário, dando oportunidade de ensino para crianças e jovens. Um deles é a “Pedagogia do Arco-íris”, técnica socioeducacional realizada por Dagmar Rivieri (Tia Dag), fundadora da Casa do Zezinho.

Assim, a ação tem como objetivo o desenvolvimento da autonomia de pensamento e ação da criança por meio de quatro pilares da educação: Ser (Espiritualidade), Saber (Filosofia), Fazer (Arte) e Conhecer (Ciências).

“A pedagogia tem a possibilidade de propor novos começos e caminhos estratégicos de atuação (considerando os desafios dos profissionais ao desempenhar o seu papel), bem como da família em sua função como primeira instituição”, explica a especialista.

[N.E.: acesse o artigo: https://aescolalegal.com.br/wp-content/uploads/2021/10/Revista_AEscola_Legal_N2_Out19.pdf]

Por esta razão, a organização recebe apoio de institutos, fundações, empresas privadas, e do poder público para a consistência da aplicação dos seus programas e projetos. Entre as atividades estão as oficinas de Filosofia; Gastronomia; Contação de histórias; Educação ambiental e sustentabilidade; Gastronomia: Oficinas de audiovisual; Programação; E-Sports; Cultura maker; Informática; Naturologia; Educação nutricional; Yoga; Oficinas psicoeducacionais: Mosaico; Cerâmica; Bilinguismo; Artes plásticas e atividades esportivas, além da promoção de vivências relacionadas ao mundo do trabalho.

“Lembro de casos aqui na organização onde chegaram crianças que não sabiam ler e escrever, e conseguimos reverter o quadro. Hoje em dia, temos no mercado profissionais em diversas áreas que tiveram passagem na Casa do Zezinho. Para educar, precisamos nos colocar no lugar do outro, sem discurso moral”, finaliza Ana.

Casa do Zezinho: Organização sem fins lucrativos que atende crianças, adolescentes e jovens, com idade entre 6 e 21 anos.
Programas: Aprender Brincando e Educação de Jovens para o Século XXI.

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP