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Dengue – Danos e Cuidados

Transmitido pelo Aedes aegipty, a dengue tem histórico milenar, ou pelo menos secular no Brasil. O nome toponímico do mosquito não parece ser apenas uma mera coincidência. Uma das pragas do Egito, resultado da profanação das tumbas dos faraós por ladrões de tesouros, era a dor e a morte por doenças. Pode ser uma das grandes fake news da história humana, mas tem um quê de verdade. Basta levar em conta a capacidade que vírus tem de se adaptar com o tempo às condições do ambiente em que vive e de se transportar de um hospedeiro para outro.

São Paulo, 25/02/2024

3 Minutos.

Profanações são atitudes humanas comuns à espécie, provenientes de defeitos de caráter e desvios de personalidade. Podem, inclusive ser entendidas como a prática sistemática de um conjunto de falhas e irracionalidade ligadas ao DNA com alta doses de (a)moralidade e (a)ética. Pernilongos estão pouco se lixando para isso! Eles chegaram ao Brasil há muito tempo!

Templos, palácios, castelos e ruínas, tumbas, instituições e seus cofres, cercados de mistérios, segredos e tesouros (a entidade humana com medo e a proteger-se de si mesma?), têm sofrido através de milênios descritos pela história oficial do Ocidente, contínuos ataques e invasões à sua privacidade. Em especial a relacionada aos povos antepassados e desconhecidos, dos quais só se têm alguns resquícios que mal traduzem uma parte daquela realidade antiga.

Para muito além da curiosidade, e especulações a parte, como as propaladas por pesquisadores bissextos fuçando locais “proibidos”, pode-se com certo esforço e boa vontade imaginar que, de fato, tais povos queriam apenas proteger seus segredos ou tesouros, obras de arte, joias, conhecimentos (o que pode, dentre muitas outras especulações, também ser traduzido como egoísmo).

E que dentre estas preocupações restava a sabedoria resultante do contato com as doenças e a descoberta das curas, possíveis ou impossíveis.

Dengue e Cuidados
Pesquisadores, arqueólogos na tumba de Tutancâmon. (Img. Web)
Conhecer e prevenir, ou cuidar

Por exemplo, o que o mosquito Aedes do Egito tinha de especial que o tornava tão perigoso para os humanos àquela época e ainda agora?

Possivelmente, eles já o sabiam, assim como sabemos hoje, da febre, da doença e de  sua capacidade de tirar do dia a dia e seus afazeres o paciente infectado, da possibilidade do contágio e da velocidade de sua transmissão, da letalidade da reincidência.

Um país ou uma cidade doente não é economicamente viável. Sequer se garante como uma sociedade organizada.

Será que encontraram a cura? Quem sabe? Preferiram esconder ou encapsular no tempo esta demonstração de incapacidade (informação é moeda forte), a despeito de todo conhecimento possuído-acumulado pelos doutores do templo sagrado? As opções estão em aberto. Sabe-se, sei, ainda não temos a cura, mas a vacina está a caminho. Saúde, política e economia juntas…

Vacina do Butantã – Importante. Mas,  só ela não resolve

Métodos avançados de biotecnologia, muita computação, IA e outras técnicas atuais estão sendo utilizadas para sanar um problema tão antigo. Recentemente, cidades do interior do estado de Minas Gerais, na região Sudeste do país, economicamente a mais rica da América do Sul, iniciaram o experimento (não tão recente) de introduzir na natureza mosquitos machos estéreis, manipulados geneticamente em laboratório para serem incapazes de fecundar uma fêmea.

[N.E.:Entretanto, é preciso, contar com a capacidade de adaptação, evolução e modificações das espécies frente aos novos desafios pela sobrevivência. Um breve, poderemos esperar (?), as fêmeas não precisarão mais de machos para se reproduzirem. Isso é comum em várias espécies na natureza!]

São elas as representantes da espécie que se alimentam de sangue humano e de outros mamíferos. Por conta da quantidade de proteínas nele contida, é o alimento perfeito, capaz de aumentar e garantir a produção e a fertilização dos ovos. Assim, assegurados e fortes, ela os depositará em água parada, ambiente ideal para seu desenvolvimento, especialmente escolhido por força da evolução da espécie, por não conter predadores.

Sem riscos para seus futuros filhotes a escolha de água parada junto a uma grande população de pessoas e outras presas fáceis é mostra inconteste desta capacidade evolutiva do bicho.

Portanto, a necessidade de manter os depósitos de água para bem protegidos e tampados, preferencialmente vazios e limpos. Qualquer recipiente de água parada, de chuva, piscinas abandonadas, água de torneira, mangueira, para molhar vasos e plantas é o berçário perfeito para a fêmea depositar seus ovos. Estes cuidados básicos devem ser seguidos a risca, se quisermos nos proteger melhor dos ataques delas.

Cuidados além da fé

Além disso, o uso de pesticidas, repelentes (a base de substância encontradas em pimenta) e cuidados com a higiene corporal deve ser mantidos e redobrados.  Roupas claras, limpas, mangas compridas e calças também são recomendáveis. O cheiro do suor atrai os pernilongos e outros insetos, que segundo especialistas atacam preferencialmente durante  dia. A época do verão,  calor e umidade com muitas chuvas é outra adaptação da espécie que, a maneira de outras, lutam para sobreviver. E os melhores adaptados conseguem, de acordo com Charles Darwin e os estudiosos do evolucionismo.

Surge aí um ponto interessante e que merece ser revisto para acabar de vez com a arenga dengosa dos contrários aos estudos darwinianos, também conhecidos como negacionistas/criacionistas. Dificilmente orações e dízimos poderão resolver o ataque dos insetos, e embora, não haja um surto epidêmico de acordo com o Ministério da Saúde, diversos cuidados estão sendo tomados, principalmente campanhas de esclarecimentos. Desta forma, prevenir é melhor do que remediar. Sempre foi.

Olha uma lista dos municípios brasileiros onde o Aedes aegypti é encontrado – clique aqui

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Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP