EDUCAÇÃO E Metodologias ativas
A cada página virada uma novidade
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A Educação está passando por uma verdadeira revolução, e este processo turbulento, provocado por uma crise de várias faces tem exposto as diversas contradições e problemas que o sistema brasileiro enfrenta desde há muito. Metodologias ativas são parte da solução.
Não é novidade, e causa muita dor de cabeça, a questão dos ensinamentos remotos, EAD, aulas com ensino híbrido, tecnologias e neologismos modernos dela derivados que confundem muita gente, principalmente os neófitos, ou seja, neste caso emblemático os próprios professores com mais de 45 anos de idade, que experimentam a mesma sensação que os seus alunos sentem ao se depararem, pela primeira vez, com questões para as quais não tem preparo intelectual, emocional suficientes.
Para os mais jovens é uma diversão, embora não possam sair de casa nesta época de pandemia, ver seus professores, aqueles que sempre foram “arrogantes” em cima de seus conhecimentos, enfrentarem pequenos aparelhos eletrônicos com seus truques de linguagem e utilização. Ironia e sarcasmo.
Porém, a dor que não sente hoje não significa que algo não está errado, distorcido e quiçá podre, não só no reino da Dinamarca, mas bem aqui no rincão tropical “ao som do mar e à luz de um céu profundo!” Para professores agora, já carregando outras dores do passado (quem dá aulas no ensino público estadual, por exemplo, as sabem e sofrem), o peso parece ter-se dobrado – e para os alunos que perderam este ano por razões diversas (falta de acesso e de recursos, por exemplo) o custo será apresentado lá na frente. E será alto.
A tendência contudo é que com o passar do tempo, a situação reencontre posições mais confortáveis e ou adequações, e acabem todos recuperando, pela flexibilidade natural do ser humano –o tal do homo brasilis cordialis- não tudo, mas uma parte suficiente de condições para tocarem suas vidas à frente. Claro está, de saída, que certas lacunas jamais serão preenchidas e muito será postergado às próximas gerações, enquanto benefícios originados dos problemas que agora suportamos.
Desta forma o país não precisará passar por uma guerra (mais uma? ele que a vive em permanente estado de tensão) como a secessão dos EUA, nem aqueles espetáculos de horror que varreram a Europa e grande parte do mundo “civilizado” por duas vezes no século XX.
O tempo impõe aprendizados e gera novidades que já foram testadas em outros paralelos sob condições especificas diferentes. Não há, portanto, nada de novo, apenas a necessidade de reincorporar os velhos hábitos antes experimentados e atualmente esquecidos da solidariedade, da curiosidade, da coragem para enfrentar as mudanças que virão e se posicionar concreta e corretamente contra os que querem destruir a liberdade, a beleza do sonhos, as cores vibrantes e criativas de todos que constroem o país!
Para ler: Lilian Bacich – Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (USP), Mestre em Educação: Psicologia da Educação (PUC/SP), Bióloga (Mackenzie) e Pedagoga (USP)
