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Koo – Mastodon ou Twitter?

Um tipo de publicidade bastante agressiva, que se aproxima da mentira, do fake news. Insidiosa, porque abandona o terreno ético é aquela que faz as pessoas serem menores do que os seus interesses. Mesmo que afirmem: “muitos se aproveitam e ganham com isso.” Ou, pelo contrário, muitos vão se dar mal com isso… Ainda assim, de algumas “boas ideias” pode-se rir, e muito.

Redação

São Paulo, 19/12/2022.

2 Minutos.

Os experts que o digam. Esta é só um sensação decantada pelo excesso diluído das especulações, dos comentários e da explosão de “notícias” que abundam as mídias e as redes sociais. É só um jogo de interesses, sob o qual se organiza a tormenta financeira e seus fenômenos resultantes. 

Não se trata de escolher este ou aquele software – ferramenta – mas de perceber que na virtualidade das operações lógicas encadeadas por números transformados em linguagens operacionais, as pessoas, ditas usuários crias do mercado, vão como Gnu (ops!) para onde exista capim verde! Predadores dos sistemas sabem como armar arapucas, e a queda de uns se transforma, rapidamente no prato posto! [N.E.]

 

Com o boom repentino no Brasil, o Koo, (péssima escolha para um nome ?) rede social indiana, voltou os olhos para o mercado brasileiro e, desde então, tem apostado em novos investimentos por aqui. Em apenas nove dias, a rede social passou de 2 mil para mais de 2 milhões de usuários brasileiros e disponibilizou até uma versão em português. Você pode encontrar o Koo no Google.

Para Luciano Mathias, especialista em inovação digital e CCO da TRIO – Hub de Criação e Produção Audiovisual focado em Web3, a nova rede social chega com alguns diferenciais em relação ao principal concorrente e deve conquistar uma fatia maior do mercado, mas a força do Twitter vai continuar.

Koo - Mastodon ou Twitter?
A cada nova temporada, um atrativo. (Img Web)

“Tivemos algo parecido anteriormente com o Clubhouse. Na época do lançamento, foi um hype gigantesco. Mas hoje em dia, quase ninguém mais fala sobre isso. Acredito que o Twitter seja muito forte para perder toda a audiência, mesmo com os “haters” do Elon Musk deixando a plataforma”, afirma.

Pesquisa mostra a preferência. E a reforça (?)

O ‘especialista’ ressalta, no entanto, que o Twitter passa por uma crise desde que o empresário adquiriu a empresa, em outubro. A sucessão de problemas foram muitos: demissões em massa, fuga de celebridades da plataforma, tentativas não tão bem sucedidas de novos modelos de negócio e o fracasso do selo de verificação pago. E quem ganha com isso é o aplicativo Koo.

“Diante da alta demanda de brasileiros se unindo à plataforma, o sucesso da nova rede social no Brasil foi certeiro. O nome gerou muitos memes. Até uma enquete foi publicada para entender se o público gostaria de uma mudança na marca ou não. O resultado de 71,8% foi de manter o original”, explica.

Segundo Luciano Mathias, essa brincadeira com o nome do app foi fundamental para o boom do Koo, já que as redes sociais têm uma necessidade “memética” para crescerem. “Hoje, quando temos moedas digitais e NFTs de memes, eles valem uma boa quantia. Acredito que a estratégia tem a ver com a linguagem da internet. O nome, Koo, acabou gerando piadas de forma natural e o resultado foi genial”.

As marcas também quiseram aproveitar a nova sensação. A Serasa usou o Twitter para avisar que os primeiros usuários que abrissem o novo aplicativo e usassem a hashtag #MeAjudaSerasa iriam ganhar uma pelúcia do seu mascote. O Burger King fez um trocadilho com o próprio nome do app para anunciar um “Koo-pom” de desconto.

Concorrência dupla. De olho em um lugar para explorar

Mas o Koo não é a única plataforma que vem incomodando a hegemonia do Twitter. A rede social Mastodon registrou um crescimento de 157% no número de usuários ativos, principalmente nos Estados Unidos, de acordo com dados divulgados pela própria empresa. A rede, que existe desde 2016, teve um crescimento exponencial no número de usuários, depois que Musk confirmou a aquisição do Twitter. O desenvolvedor do app, Eugen Rochko, divulgou em seu perfil que cerca de 500 mil usuários chegaram à rede social depois da oficialização da compra da concorrente. Hoje, o Mastodon já ultrapassa os dois milhões de usuários ativos mensais.

Koo - Mastodon ou Twitter?
A semelhança dos ícones pode não ser mera semelhança. (Img. Web)

De acordo com o CCO da TRIO, apesar do aplicativo ter um layout bem próximo ao do Twitter, o Mastodon tem uma diferença importante: é uma rede social descentralizada e nativa da Web3. Isso significa que é hospedada em diferentes servidores criados por organizações ou pelos próprios usuários. “O sistema é como um e-mail. Quem tem uma conta no Gmail, pode enviar mensagens para usuários de outros servidores, como o Hotmail.

Em vez de centralizar a hospedagem dos servidores em uma única marca, elas permitem que os provedores estejam em diferentes lugares e possam se conectar entre si”, explica Mathias.

Com todas as polêmicas sobre o Twitter, muitos usuários vêm buscando redes alternativas e, com isso, o Mastodon ganhou destaque, assim como o Koo. Para Mathias a tendência das redes sociais é que os usuários passem a ser detentores da própria informação. “Elon Musk comprou o Twitter com o intuito de transformar a plataforma em uma rede da Web3. Esse é o caminho da internet de maneira geral. E nesse sentido, o Mastodon já sai na frente”, finaliza.

 

 

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Redação

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